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Mergulhadores resgatam mais de 1.000 moedas de ouro e prata 310 anos após naufrágio de frota espanhola; VEJA FOTOS

Fonte: https://1715fleetsociety.com/

A maré trouxe história. Ao longo da chamada “Costa do Tesouro”, no litoral leste da Flórida, uma equipe de mergulhadores localizou um lote extraordinário de moedas coloniais espanholas que ficou sepultado sob areia e correntes por mais de três séculos.

O achado soma mais de 1.000 reais de prata, cinco escudos de ouro e alguns artefatos raros — um recorte precioso do que ia a bordo da lendária Frota do Tesouro de 1715.

A descoberta foi anunciada pela 1715 Fleet – Queens Jewels, LLC, operação que detém os direitos de salvamento sobre os destroços. Pelas estimativas iniciais, o conjunto alcança cerca de US$ 1 milhão em valor de mercado; mas, para arqueólogos e curadores, o valor que realmente importa é o histórico: marcas de cunhagem, datas e ligas revelam rotas, oficinas e prioridades da economia ibérica no alvorecer do século XVIII.

A frota, a tempestade e a trilha de prata

Em julho de 1715, doze navios espanhóis deixaram Havana abarrotados de metais e joias trazidos das colônias do México, Peru e Bolívia. Nos primeiros dias de viagem, um furacão varreu a costa da Flórida e afundou 11 embarcações, espalhando a carga por dezenas de quilômetros de praia e fundos rasos — um desastre humano e econômico que batizou a região de “Costa do Tesouro”.

Partes do tesouro foram resgatadas nos meses e anos seguintes ao naufrágio, mas grande parcela permaneceu soterrada e móvel, guiada por correntes, ressacas e eventos climáticos. O resultado é um campo arqueológico dinâmico, onde a cada temporada a areia muda de lugar — e, às vezes, abre janelas para objetos intactos, preservados como cápsulas do tempo. AP News

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Os reais de prata e escudos de ouro levam punções que remetem a oficinas coloniais — como Cidade do México, Potosí e Lima — e a mestres de cunho responsáveis por qualidade e padrão. A leitura dessas marcas, quando legíveis, permite mapear fluxos, checar pesos e aferir a resposta da Coroa a crises de abastecimento, guerras e reformas monetárias. É por isso que museus e laboratórios competem por acesso às peças recém-recuperadas, antes de qualquer atribuição de preço.

As moedas de oito reales, famosas no imaginário dos piratas, eram a linguagem do comércio atlântico. Padrão de confiabilidade, tornaram-se meio de troca do Caribe à Ásia. Quando um lote volumoso e bem preservado volta à luz, como o de 2025, ele acrescenta nuance a séries conhecidas e oferece comparações raras entre lotes de diferentes naufrágios.

O achado de 2025

Na temporada de verão de 2025, a equipe capitaneada por Levin Shavers, a bordo do M/V Just Right, encontrou mais de 1.000 reais de prata, cinco escudos de ouro e alguns artefatos raros de ouro. Muitas moedas exibem datas e marcas de oficina visíveis — uma bonança para conservadores e numismatas. As estimativas iniciais apontam avaliação agregada próxima a US$ 1 milhão, sempre sujeita a revisão conforme estado de conservação e raridade.

Encontrar um “bolso” tão denso de itens em um único ponto é incomum. A hipótese de trabalho é que um baú — ou porção de um carregamento — tenha se rompido quando o casco cedeu no impacto da tempestade. A coesão e a qualidade do material sugerem que as moedas ficaram encapsuladas em ambiente estável, o que explica o estado notável de preservação.

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Após a recuperação, as peças passam por documentação, dessalinização, estabilização eletroquímica e limpeza controlada; só então seguem para análise metalográfica e fotogrametria, etapas fundamentais para assegurar identificação confiável e metadata científica. Parte do conjunto será exibida em museus da Flórida, aproximando o público de um capítulo crucial da história marítima.

O mercado reage a três fatores: raridade (inclusive erros de cunhagem), legibilidade de marca e contexto de naufrágio. Em 2015, por exemplo, um conjunto de moedas raras relacionado à mesma frota ganhou manchetes com valores por peça em patamares elevados — um lembrete de que a precificação desses achados oscila conforme demanda, novidade e documentação.

Para dimensionar a desproporção entre prata e ouro nesta recuperação, o gráfico acima compara quantidades estimadas: ~1.000 reais de prata, 5 escudos de ouro e alguns artefatos. Em escala linear, a barra da prata domina, o que não diminui o peso histórico do ouro: os escudos oferecem dados finos sobre padrões de liga e circulação oficial. (Fonte: comunicados e reportagens de 2025.)

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Caça ao tesouro

Na Flórida, operações de salvamento atuam com permissão e supervisão do Estado, seguindo diretrizes arqueológicas e de documentação. Em achados dessa natureza, parte do material é destinada à preservação pública e exibição; o restante pode ser retido pelo concessionário conforme regras contratuais. O objetivo é equilibrar pesquisa, conservação e acesso ao patrimônio.

A arqueologia subaquática lida com sítios que se movem. Correntes e tempestades expõem e voltam a soterrar camadas; um verão fraco pode virar um inverno fértil. Isso exige planejamento de longo prazo, diários de mergulho rigorosos e correlação com dados ambientais para decidir onde e quando vasculhar. A temporada de 2025 mostra como janelas curtas podem produzir resultados excepcionais.

Ferramentas como magnetômetros de alta resolução, imageamento acústico e modelos de correntes combinados a aprendizado de máquina tornam o rastreio mais inteligente, diminuindo impactos no leito marinho. Paralelamente, bancos de dados numismáticos permitem cruzar punções, datas e pesos, reconstruindo cadeias de produção e até anomalias de metalurgia nas oficinas coloniais. Essa convergência eleva o padrão científico de cada achado.

Museus e centros interpretativos locais organizam exposições temporárias assim que as peças são estabilizadas. Isso atrai visitantes, educa novas gerações e gera receita para programas de conservação. A narrativa é poderosa: tempestade, perda, busca e — por fim — reencontro com fragmentos que contam a história do Atlântico ibérico.

Perguntas que a descoberta de 2025 ajuda a responder

De onde vieram as moedas? Muitas saíram das casas da moeda de México, Lima e Potosí, o que explica punções e estilos distintos; a leitura desses sinais amarra origem, circulação e política fiscal.

Por que há muito mais prata que ouro? Porque a prata era a espinha dorsal do sistema monetário; o ouro, embora valioso, circulava em volumes menores e mais controlados, refletidos aqui pelos cinco escudos.

O que pode aumentar o valor de uma peça? Raridade de cunho, excelente estado, marcas de oficina legíveis, data incomum e o vínculo a um naufrágio icônico certificado por documentação.

As peças vão para venda imediata? Primeiro, passam por conservação e estudo; parte costuma integrar coleções públicas. A destinação segue acordos legais e técnicos firmados pelas autoridades e pelo concessionário.

Por que o anúncio é importante para a pesquisa? Porque um lote coeso, com datações e marcas legíveis, permite testar hipóteses sobre rotas, padrões de liga e cronologias de oficina — e isso impacta interpretações sobre o comércio colonial.

Há precedentes recentes que ajudem a comparar? Sim. Descobertas de 2015 ligadas à mesma frota ilustram como raridade e contexto podem alavancar valor e interesse público, reafirmando a relevância histórica do sítio.

A recuperação de 2025 não é apenas mais um número em dólares: é um feixe de histórias que volta a respirar — sobre quem cunhava, quem carregava, quem perdeu e quem tenta entender. Entre prata e ouro, o que brilha mesmo é o conhecimento que salta da areia para o laboratório e, de lá, para o público.

Se você curte mergulhar em arqueologia, naufrágios e objetos que contam história, acompanhe as próximas reportagens do Jornal da Fronteira — aqui, a gente separa o mito do metal e entrega contexto com rigor e boas fontes.

FAQs

O que é a “Frota do Tesouro de 1715”?
Um comboio de 12 navios espanhóis que, ao sair de Havana rumo à Espanha, foi atingido por um furacão e naufragou na costa da Flórida, espalhando um enorme volume de moedas e joias.

O que foi encontrado em 2025?
Mais de 1.000 reais de prata, cinco escudos de ouro e artefatos raros, em excelente estado de conservação, com avaliação preliminar em torno de US$ 1 milhão.

Essas moedas podem ser vendidas?
Operações licenciadas atuam sob regras do Estado da Flórida; parte do material é destinada a preservação pública e parte pode ser retida pelo concessionário, sempre após documentação e conservação.

De onde eram as casas da moeda?
Dos domínios coloniais espanhóis, notadamente México, Peru (Lima) e Bolívia (Potosí), cujas marcas aparecem em várias peças recuperadas.

Por que a descoberta é relevante para a ciência?
Porque amplia o corpus de moedas com data e oficina legíveis, permitindo estudos de metalurgia, circulação e política monetária do início do século XVIII.

Há quanto tempo se busca esse tesouro?
Desde o próprio naufrágio houve tentativas de resgate; na era moderna, operações com tecnologia avançada e protocolos arqueológicos vêm recuperando peças de forma contínua.

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