Na paisagem árida e histórica da Romênia, uma descoberta arqueológica extraordinária vem à luz, desvendando segredos enterrados há milênios. Arqueólogos romenos, em uma escavação próxima à cidade de Biharia, revelaram o túmulo de uma mulher da Idade do Cobre, enterrada com uma coleção deslumbrante de 170 joias de ouro, 800 contas de osso e uma pulseira de cobre. Essa revelação fascinante está redefinindo nossa compreensão da cultura Tiszapolgár, que floresceu no sudeste europeu entre 4.500 a.C. e 4.000 a.C.
A escavação, que teve início em 22 de março e concluiu em 25 de junho, revelou um tesouro único na região. O Museu Ţării Crişurilor, da cidade de Oradea, divulgou os detalhes dessa descoberta monumental no último sábado (13). Pela primeira vez na Europa, um túmulo da Idade do Cobre revela uma coleção tão impressionante de ouro. Com 169 anéis de ouro e duas contas feitas do mesmo metal, além de uma pulseira de cobre e 800 contas de osso, essa descoberta desafia nossa compreensão da riqueza e do status social na Europa Antiga.
Os artefatos encontrados estão agora sob escrutínio cuidadoso. Os anéis de ouro, pesando cerca de 200 gramas no total, eram usados nos cabelos da mulher eneolítica. Enquanto isso, as contas de osso, polidas e brilhantes, são descritas como feitas de madrepérola. A pulseira de cobre, dobrada em espiral, adiciona uma camada extra de mistério e intriga a essa descoberta monumental.
Embora os visitantes do museu ansiosamente esperem ver esse tesouro pessoalmente, a exibição está em espera. Os artefatos serão datados por radiocarbono, seguidos por exames de DNA e pesquisa antropológica dos restos da mulher eneolítica. Os anéis de ouro estão passando por um processo de limpeza em laboratório, enquanto os cientistas desvendam os segredos dessas peças antigas.
O diretor do Museu Ţării Crişurilor, Gabriel Moisa, destaca a singularidade dessa descoberta. O ouro, que era escasso na Europa Central e Oriental durante a Idade do Cobre, revela a riqueza extraordinária da mulher enterrada em Biharia. Com apenas 150 peças de ouro catalogadas na Bacia dos Cárpatos, a descoberta de 160 delas em um único túmulo sugere que essa mulher era excepcionalmente rica e possuía um status social elevado.
A descoberta do túmulo da mulher eneolítica em Biharia, Romênia, oferece uma janela fascinante para a sociedade da Idade do Cobre. Além de sua riqueza material, essa descoberta nos desafia a reconsiderar nossas noções de poder, status e valorização na Europa Antiga. À medida que os arqueólogos desvendam os segredos desses artefatos preciosos, podemos esperar aprender muito mais sobre a cultura Tiszapolgár e sua influência na região durante o Eneolítico.