Um dos terremotos mais fortes dos últimos anos abalou o sudeste asiático nesta sexta-feira (28/03), com magnitude 7,7 e epicentro em Mianmar. O tremor foi sentido em vários países, incluindo Tailândia, China e Índia, provocando cenas de pânico, desabamentos e mortes. Enquanto as equipes de resgate trabalham contra o tempo para salvar vidas, autoridades alertam para réplicas e dificuldades logísticas, especialmente em áreas rurais de Mianmar.
Segundo as primeiras informações oficiais, o balanço já contabiliza mais de 20 mortos em Mianmar, a maioria na região de Mandalay, onde estruturas históricas como parte do Palácio Real foram severamente danificadas. Na Tailândia, o desabamento de um edifício em construção em Bangkok deixou pelo menos três vítimas fatais e dezenas de feridos, com equipes de resgate trabalhando freneticamente para encontrar sobreviventes sob os escombros.
As autoridades locais enfrentam enormes desafios para prestar assistência, especialmente em Mianmar, onde a infraestrutura precária e os conflitos internos dificultam os esforços de socorro. O governo militar birmanês declarou estado de emergência em seis regiões, enquanto na Tailândia o primeiro-ministro Paetongtarn Shinawatra classificou Bangkok como “área de desastre” para agilizar a ajuda.
Relatos de sobreviventes pintam um quadro dramático da situação. Em Mandalay, uma mãe descreveu o momento em que tentou proteger a filha de três anos enquanto tijolos desabavam sobre elas. Em Bangkok, trabalhadores da construção civil ficaram presos nos escombros de um prédio de 30 andares que ruiu em questão de segundos, levantando uma densa nuvem de poeira que cobriu toda a área.
A comunidade internacional já começou a se mobilizar, com a ONU enviando equipes de avaliação e organizações como a Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras preparando o envio de suprimentos médicos urgentes. Geólogos alertam que réplicas acima de 6,0 graus podem ocorrer nas próximas 48 horas, aumentando os riscos para estruturas já danificadas e para as equipes de resgate.
Enquanto o número de vítimas ainda pode aumentar, o foco imediato está no resgate de sobreviventes e na assistência às comunidades mais isoladas. A tragédia expõe mais uma vez a vulnerabilidade da região a desastres naturais e a importância da solidariedade global em momentos como este. Para quem deseja ajudar, doações podem ser feitas através de organizações humanitárias reconhecidas internacionalmente.