Telescópio Nancy Grace Roman: o novo “olho gigante” da NASA prestes a revelar 100 mil mundos

Telescópio Nancy Grace Roman: o novo “olho gigante” da NASA prestes a revelar 100 mil mundos

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No ritmo acelerado das grandes descobertas científicas, a NASA acaba de completar um marco que pode transformar tudo o que sabemos sobre o universo. A construção do Telescópio Espacial Nancy Grace Roman foi oficialmente concluída, abrindo caminho para uma nova era de observações cosmológicas. Programado para ser lançado entre 2026 e 2027, o observatório promete revelar mais de 100 mil mundos desconhecidos, além de bilhões de estrelas e galáxias nos primeiros cinco anos de missão. O impacto esperado é tão grande que especialistas já o chamam de sucessor científico do Hubble.

Um gigante sensível à luz invisível

O Roman observará o cosmos com uma precisão excepcional em luz infravermelha — uma faixa invisível aos olhos humanos, mas fundamental para rastrear planetas, matéria escura, poeira cósmica e galáxias distantes. Graças a essa visão ampla e sensível, ele será capaz de realizar pesquisas que levariam séculos para serem feitas com outros telescópios. Para a NASA, ele é a chance de investigar o enigma que redefine a cosmologia moderna: a misteriosa aceleração da expansão do universo.

Segundo Nicky Fox, da Diretoria de Missões Científicas da agência, o telescópio foi projetado para desvendar um dos maiores questionamentos contemporâneos. “Por que o universo está se expandindo cada vez mais rápido? Há algo sobre o espaço e o tempo que ainda não entendemos. O Roman foi construído para encontrar essas respostas.”

Coronógrafo: caçador de exoplanetas

Um dos grandes destaques do telescópio é o Instrumento Coronógrafo, criado para capturar imagens diretas de planetas fora do Sistema Solar. Ele bloqueará o brilho das estrelas, permitindo que a luz de mundos menores e mais antigos finalmente seja observada. Essa tecnologia inédita pode aproximar a humanidade de respostas para uma pergunta que atravessa gerações: estamos sozinhos?

“O coronógrafo nos coloca um passo mais próximo disso”, afirmou Feng Zhao, gestor do equipamento. A intenção é mapear exoplanetas em órbitas mais próximas e com características até hoje invisíveis, além de capturar discos de poeira que podem conter pistas sobre o nascimento de novos sistemas planetários.

Outro elemento crucial da missão é o poderoso Instrumento de Campo Amplo, uma câmera de 288 megapixels que produzirá imagens enormes — maiores que o tamanho de uma Lua cheia no céu — e com velocidade surpreendente. O Roman coletará dados centenas de vezes mais rápido que o Hubble, permitindo analisar desde objetos no Sistema Solar até galáxias na borda do universo observável.

Homenagem à “mãe do Hubble”

O nome do telescópio homenageia Nancy Grace Roman, primeira chefe astrônoma da NASA e uma defensora incansável da popularização das ferramentas de observação espacial. Reconhecida como “mãe do Hubble”, ela foi responsável por impulsionar o desenvolvimento de telescópios espaciais e tornar a astronomia moderna possível enquanto campo de pesquisa avançada.

Jackie Townsend, vice-gerente do projeto, resumiu o significado da homenagem: “A missão Roman permitirá descobertas inovadoras por décadas, honrando o legado da Dra. Roman. Gostamos de imaginar que ela estaria orgulhosa de ver o que esse observatório revelará.”

Telescópio Nancy Grace Roman: o novo “olho gigante” da NASA prestes a revelar 100 mil mundos
Foto: NASA

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