Profissional de saúde foi atacada com seringa por mãe de bebê em hospital de Belo Horizonte e precisará tomar coquetel contra HIV.
Uma técnica de enfermagem de 53 anos foi atacada com uma seringa pela mãe de um bebê de três meses no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, na madrugada desta segunda-feira (29). A agressão aconteceu durante a coleta de sangue da criança, quando a profissional reposicionava a agulha. Nesse momento, a mãe tomou a seringa já com sangue e perfurou a mão da enfermeira. A mulher, de 25 anos, também arremessou um objeto contra a vítima e a chamou de “louca” e “incompetente”. O caso gera preocupação porque a agulha pode estar contaminada com o vírus HIV.
Segundo relato da profissional à Rádio Itatiaia, após o ataque, ela procurou o médico de plantão e soube que a mãe é soropositiva e que o bebê também faz acompanhamento médico em razão da doença. Por isso, a servidora precisará tomar um coquetel de medicamentos por 29 dias para reduzir o risco de infecção.
A enfermeira contou que passou por um momento de desespero e pediu mais segurança para trabalhadores da saúde. Ela ressaltou que agressões contra profissionais não são incomuns, mas muitas vezes ficam sem visibilidade. Uma colega de 38 anos reforçou que situações semelhantes têm se repetido na unidade e que a sensação de insegurança aumentou após o fechamento do posto da Polícia Civil que funcionava dentro do hospital.
Em nota, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) lamentou o ocorrido, informou que a servidora foi acolhida e orientada conforme os protocolos para exposição a material biológico e destacou que repudia atos de violência contra profissionais de saúde. A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante da agressora pelo crime de tentativa de transmissão de doença grave, previsto no Código Penal. A mulher foi levada para a Central de Plantão Digital e segue à disposição da Justiça.
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