Taxa média do rotativo atingiu 450,5% em dezembro, com alta de 4,6% em relação ao mês anterior; percentual é o maior registrado no rotativo desde maio de 2023
A taxa média de juros do cartão de crédito subiu pelo quarto mês consecutivo e atingiu 450,5% em dezembro. O percentual é o maior registrado no crédito rotativo desde maio de 2023. As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (27).
Em relação a novembro de 2024, o índice teve alta de 4,6 pontos percentuais. Os juros do parcelado caíram de 183,2% para 171,2% ao ano no mesmo período. Ao se considerar o juro total do cartão de crédito, que combina rotativo e parcelado, a taxa recuou de 82,1% para 76,9%.
O consumidor que devia R$ 800 em janeiro do ano passado, por exemplo, precisa desembolsar um adicional de R$ 3.604 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano. A dívida total ficaria em R$ 4.404.
Lei limita cobrança de juros do cartão de crédito
Em dezembro de 2023, o Conselho Monetário Nacional determinou um limite de 100% para as taxas de juros do rotativo. A medida foi implementada após o Congresso Nacional aprovar uma lei com essa regra.
A decisão entrou em vigor no ano passado e vale para as dívidas contraídas a partir de janeiro. Sendo assim, se a dívida for de R$ 200, por exemplo, o valor total com a cobrança de juros e encargos não poderá exceder R$ 400. Para dívidas contraídas antes de 2024, porém, essa limitação não se aplica.
Cheque especial
O cheque especial, segunda linha de crédito mais cara disponível no mercado, teve queda em dezembro.
Os juros médios chegaram a 136% ao ano, 2,2% a menos do que o registrado em novembro. No cheque especial, uma dívida de R$ 800, se mantida por um ano sem pagamento, salta para R$ 1.888.
Crédito consignado
O crédito consignado, utilizado pelos consumidores para “driblar” os índices com maiores taxas de juros, teve alta de 0,4% em dezembro e chegou a 23,9% ao ano. O índice é o maior desde janeiro de 2024, quando esteve em 24,3%.
Dentro do consignado, as taxas variam entre os grupos de profissionais, com a menor delas cobrada aos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), com 21,9% ao ano. Para os servidores públicos, as cobranças ficam em 23,8% ao ano, e para trabalhadores do setor privado chegam a 40,8%.
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Fonte: ND+