A instabilidade voltou a marcar a fronteira entre Tailândia e Camboja. Após a morte de um militar tailandês atingido por tiros que, segundo Bangcoc, partiram do lado cambojano, a Tailândia realizou bombardeios na região de divisa entre os dois países, nesta segunda-feira (8). O episódio reacendeu um clima de hostilidade que já vinha sendo monitorado por autoridades locais.
Segundo comunicado das Forças Armadas da Tailândia, além do militar morto, outros quatro soldados ficaram feridos. O governo afirma que os ataques aéreos foram direcionados a estruturas militares cambojanas consideradas uma ameaça ao território tailandês. Entre os alvos estariam depósitos de armamentos, rotas de apoio logístico e centros de comando.
O governo do Camboja nega responsabilidade pelos disparos que teriam atingido o grupo de soldados tailandeses. Em nota, Phnom Penh classificou as acusações como “infundadas” e afirmou que não ordenou qualquer ofensiva contra o país vizinho, reiterando que suas tropas não teriam reagido aos ataques.
Enquanto os dois lados trocam acusações, relatórios militares apontam uma escalada de confrontos ao longo da extensa fronteira de aproximadamente 820 quilômetros. Ambos os países iniciaram operações de evacuação de moradores das áreas de risco e reforçaram a presença de tropas e equipamentos pesados na região.
Autoridades cambojanas voltaram a acusar a Tailândia de agir com provocação e de intensificar, de forma unilateral, o nível de tensão militar. A comunidade internacional acompanha o avanço dos acontecimentos, diante do risco de uma crise maior entre os dois países do Sudeste Asiático.
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