Corinthians na ausência de treinador desafia Santos líder e em boa fase no campeonato

Santos x Corinthians: as equipes entram em campo com objetivos diferentes (Raul Baretta/ Santos FC/Flickr)

Após o doloroso rebaixamento pela primeira vez em sua história, o time do litoral se reergue e lidera com destaque o Campeonato Paulista. Enquanto isso, o rival da capital atravessa uma fase tumultuada, marcada pela demissão do técnico Mano Menezes após uma série de derrotas consecutivas. O embate entre Corinthians e Santos, marcado para as 19h30 desta quarta-feira, na Vila Belmiro, pela sexta rodada do Estadual, promete agitar o cenário futebolístico.

O Corinthians chega ao confronto sem treinador titular, com Thiago Kosloski, auxiliar fixo do clube, assumindo interinamente o comando. A equipe da capital enfrenta uma crise de resultados, refletindo um desempenho aquém do esperado em campo. A demissão de Mano Menezes evidenciou a urgência de mudanças e a pressão intensa sobre os jogadores.

A reunião entre a diretoria do clube e representantes das torcidas organizadas sinaliza um momento de reflexão e busca por soluções para reverter o quadro atual. O alívio para os torcedores corintianos veio com a regularização do meia Rodrigo Garro, principal reforço para a temporada. Após um imbróglio com o Talleres, da Argentina, Garro está disponível para estrear, trazendo expectativas de melhorias no meio de campo.

Por outro lado, o Santos se destaca no Paulistão, liderando o Grupo A com uma campanha sólida. No entanto, o time enfrenta desfalques importantes, como o meio-campista Giuliano, lesionado, que não poderá enfrentar seu antigo clube. A ausência de Giuliano representa uma perda significativa para o técnico Fábio Carille, que tem apostado em alternativas como Cazares para manter o equilíbrio no meio de campo.

O confronto entre Corinthians e Santos não se resume apenas à disputa entre duas equipes em momentos distintos. É também um reencontro para alguns jogadores, como o zagueiro Gil, que defendeu o Corinthians em temporadas anteriores. O jogo promete emoções e reviravoltas, com ambos os times buscando afirmação e reabilitação no cenário estadual.

Santos x Corinthians

Santos: João Paulo; Aderlan, Joaquim, Gil e Hayner; João Schmidt, Diego Pituca, Cazares e Otero; Guilherme e João Furch. Técnico: Fábio Carille.

Corinthians: Cássio; Fagner, Félix Torres, Caetano e Hugo; Raniele, Maycon e Rodrigo Garro; Wesley (Yuri Alberto), Pedro Raul e Romero. Técnico: Thiago Kosloski.

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza.

Local: Vila Belmiro, em São Paulo.

O clássico entre Santos e Corinthians promete muita emoção e rivalidade, em um duelo que vai além das quatro linhas e representa o orgulho e a paixão dos torcedores de ambos os clubes.

Corinthians conquista seu 11º título na Copa São Paulo de Juniores

Imagem: Fabio Giannelli/Agência Estado

No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, a Neo Química Arena testemunhou mais um emocionante capítulo da Copa São Paulo de Juniores, a tradicional Copinha. O Corinthians escreveu seu nome na história ao conquistar o 11º título da competição, derrotando o Cruzeiro por 1 a 0 em uma partida memorável. Com essa vitória, o clube do Parque São Jorge amplia ainda mais sua hegemonia na Copinha, consolidando-se como um dos maiores campeões da competição.

A História de Supremacia na Copinha

Desde 1969, o Corinthians tem sido uma força incontestável na Copa São Paulo de Juniores. O clube já ergueu o troféu em 11 ocasiões, estabelecendo-se como o time a ser batido no torneio. Além do título deste ano, os outros triunfos ocorreram em 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015 e 2017. Essa longa lista de conquistas destaca a tradição e o sucesso do Corinthians na formação de jovens talentos.

Perseguição ao Líder

Fluminense e Internacional são os clubes mais próximos de alcançar o Corinthians em termos de títulos na Copinha. Ambos têm cinco títulos em sua história no torneio. O Fluminense conquistou o troféu nas edições de 1971, 1973, 1977, 1986 e 1989, enquanto o Internacional o fez em 1974, 1978, 1980, 1998 e 2020. Essa rivalidade entre os clubes adiciona emoção à competição e promete mais disputas acirradas no futuro.

Paulistas Dominam a Copinha

Os clubes paulistas têm uma presença dominante na Copa São Paulo de Juniores. Ao longo das 54 edições do torneio, as equipes do estado de São Paulo venceram a competição em 32 ou 33 ocasiões, mostrando a força do futebol de base na região. O São Paulo, por exemplo, já conquistou o título quatro vezes, enquanto o Santos levantou o troféu em três ocasiões. O Palmeiras, que finalmente quebrou o jejum em 2022, vencendo novamente em 2023, agora possui dois títulos na Copinha, consolidando-se como mais um protagonista dessa rica história.

Outros Campeões Paulistas

Além dos gigantes Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, outros dez clubes paulistas também saborearam a glória na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Nacional (1972 e 1988), Ponte Preta (1981 e 1982) e a Portuguesa (1991 e 2002) são destaques, com dois títulos cada. América (2006), Guarani (1994), Juventus (1985), Marília (1979), Paulista (1997), Roma Barueri (2001) e Santo André (2003) também têm um título cada, contribuindo para a rica diversidade de campeões ao longo dos anos.

Ranking dos Maiores Campeões da Copinha

  1. Corinthians – 11 títulos (1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015, 2017 e 2024)
  2. Fluminense – 5 títulos (1971, 1973, 1977, 1986 e 1989)
  3. Internacional – 5 títulos (1974, 1978, 1980, 1998 e 2020)
  4. Flamengo – 4 títulos (1990, 2011, 2016 e 2018)
  5. São Paulo – 4 títulos (1993, 2000, 2010 e 2019)

A Copa São Paulo de Juniores continua a ser uma competição emocionante e vital para a formação de jovens talentos no futebol brasileiro. Com o Corinthians liderando o ranking de títulos, a próxima edição promete mais ação e emoção nas quadras, à medida que os clubes buscam criar as estrelas do futuro.

Estudo alerta para possível submersão de cidades costeiras do Brasil

A preocupante aceleração do aquecimento global e o aumento das emissões de gases de efeito estufa trazem consigo ameaças reais para as cidades costeiras do Brasil. Um recente estudo desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com a agência Climate Impact Lab revelou que cidades emblemáticas como Santos e Rio de Janeiro podem enfrentar a submersão de mais de 7% de seus territórios até o final do século, caso não sejam tomadas medidas urgentes.

A Ascensão das Águas e os Impactos Previstos

O estudo, baseado em imagens de satélite, mareógrafos e modelos do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), projeta três cenários distintos. Sob a perspectiva de emissões elevadas, Santos poderia sofrer um aumento de 27,74 cm do nível do mar até 2050 e 72,85 cm até 2100, enquanto o Rio de Janeiro, menos impactado, ainda enfrentaria números preocupantes de 23,84 cm e 65,67 cm, respectivamente.

No âmbito nacional, o Brasil enfrenta uma elevação média do nível do mar entre 20,9 cm a 24,27 cm até 2050 e de 40,5 cm a 65,6 cm até 2100. O estudo ressalta que, mesmo no cenário de emissões intermediárias, o país está acima da média global, indicando a urgência de medidas para conter essa ameaça iminente.

Riscos para o Desenvolvimento Humano:

O Diretor do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD, Pedro Conceição, destaca que a subida do nível do mar coloca em risco décadas de progresso nas zonas costeiras densamente povoadas, onde reside uma em cada sete pessoas no mundo. Cidades como Santos e Rio de Janeiro estão no epicentro dessa ameaça, mas não estão sozinhas. Outras áreas, como Guayaquil, Barranquilla, Kingston, Cotonou, Calcutá, Perth, Newcastle e Sydney, também enfrentam riscos significativos.

Impactos Além das Fronteiras

O estudo não se limita ao território brasileiro. Alerta para o risco de inundações permanentes em diversas regiões baixas ao longo das costas da América Latina, África e Sudeste Asiático. Projeções indicam uma tendência alarmante, com potencial para reverter o desenvolvimento humano nas comunidades costeiras em todo o mundo.

A divulgação desses dados não apenas serve como um alerta urgente, mas também destaca a necessidade de ações imediatas. Com a COP-28 se aproximando, as autoridades globais têm a responsabilidade de enfrentar a crise climática. A redução das emissões não só mitiga os riscos iminentes, mas também oferece às comunidades costeiras mais tempo para se prepararem e responderem proativamente à ameaça iminente da subida do nível do mar. O momento de agir é agora, como reforça Pedro Conceição do PNUD. A Cúpula do Clima é a plataforma crucial para transformar esses alertas em ações concretas, garantindo um futuro mais sustentável para as cidades costeiras e, por extensão, para o planeta como um todo.

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