Com 90 anos Nona Irene Reineri relembra sua história e religiosidade

Nona Irene chegou ao município de Barracão em 1960, quando a cidade ainda dava seus primeiros passos. De origem humilde, ela e seu marido enfrentaram inúmeros desafios ao deixar o Rio Grande do Sul, em busca de melhores oportunidades. A mudança não foi fácil.

Inicialmente, a família se estabeleceu em São José do Cedro, onde o marido de Irene tentava erguer um negócio em sociedade com seu tio, mas os planos não saíram como esperado.

Após enfrentar dificuldades financeiras e de saúde — o marido de Irene havia perdido parte dos dedos em um acidente — eles decidiram se mudar para Barracão, onde novas oportunidades surgiram.
Em Barracão, a vida também não foi fácil. Irene lembra com detalhes as dificuldades enfrentadas para sustentar a família. Com três filhos pequenos e um marido que lutava para manter o negócio da família, Irene não se permitiu desanimar.

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“Enquanto meu marido trabalhava na serraria e depois na oficina mecânica, eu me desdobrava entre os afazeres domésticos e o trabalho no campo. Eu trabalhava na roça, cuidava das crianças, e ainda ajudava na fábrica quando precisava”, conta.

A produção da família era diversificada: criavam porcos, galinhas, vacas, e até plantavam mandioca para vender. Tudo era aproveitado para garantir que nada faltasse em casa.
Mesmo com tantas dificuldades, Irene e sua família conseguiram se estabelecer, comprando uma casa e, mais tarde, investindo na fábrica que se tornou o sustento da família.

“A minha Fé foi crucial para superar os momentos mais difíceis da minha vida. Sempre coloquei Deus em primeiro lugar. Mesmo diante das adversidades, nunca deixei de acreditar que com a ajuda divina, tudo seria resolvido”, afirma.

Essa Fé se refletiu em sua vida pessoal e comunitária. Irene foi catequista por 30 anos e também atuou como ministra na igreja matriz de Barracão. Ela ajudou na construção da comunidade, seja através de suas orações ou de suas ações concretas, como na organização de eventos para arrecadar fundos para a igreja.

“Sempre ajudei no que pude, porque acredito que devemos fazer o bem sem olhar a quem”, destaca.
Irene ainda se lembra dos tempos em que fabricavam carrocerias, janelas e até caixões para a comunidade, demonstrando que o espírito empreendedor e o desejo de ajudar o próximo sempre estiveram presentes.
Com cinco filhos, vários netos e bisnetos, Nona Irene não esconde o orgulho que sente da família que construiu.

“Mesmo que a maioria dos filhos não siga religião com o mesmo fervor que eu, acredito que o exemplo ao longo dos anos é um legado muito importante”, destaca.
A família Reineri, hoje, é parte da história de Barracão. A antiga fábrica, que por anos foi o sustento da família, deu lugar a uma academia administrada por sua neta Jéssica.

Frio intenso e chuvas desafiam produtores de leite no RS

A Emater/RS-Ascar divulgou recentemente o Informativo Conjuntural, revelando um cenário desafiador para os produtores de leite no Rio Grande do Sul. O frio intenso das últimas semanas afetou significativamente a oferta de pastagens, aumentando a dependência de suplementação com rações, silagens e fenos.

Além disso, o grande volume de chuvas comprometeu o manejo dos animais em sistemas a pasto, prejudicando a qualidade do leite e elevando os casos de mastite devido à sujidade nos úberes.

O frio rigoroso das últimas semanas no Rio Grande do Sul afetou diretamente a disponibilidade de pastagens, essenciais para a alimentação do gado leiteiro. Com a diminuição da oferta de forragem, os produtores tiveram que recorrer mais intensamente à suplementação alimentar com rações, silagens e fenos.

Essa dependência aumentada sobre os volumosos conservados está colocando pressão sobre os estoques, que estão sendo rapidamente consumidos. Há uma preocupação crescente de que algumas propriedades possam enfrentar desabastecimento durante o inverno.

Além disso, o excesso de chuvas criou condições desfavoráveis para o manejo dos animais em sistemas a pasto. A formação de barro nas áreas de pastagem prejudica a qualidade do leite, elevando os casos de mastite, uma inflamação das glândulas mamárias das vacas, causada pela sujidade nos úberes. Esse problema de higiene aumenta os custos de produção e compromete a saúde do rebanho.

Bagé

Na região administrativa de Bagé, os preços do leite estão em patamares satisfatórios, incentivando os produtores a utilizarem intensivamente concentrados para manter a produção. A remuneração favorável oferece um alívio em meio aos desafios climáticos, permitindo a manutenção da produtividade e da qualidade do leite.

Caxias do Sul

Em Caxias do Sul, o estado corporal das matrizes se manteve estável graças à suplementação com forragem conservada, como pré-secados, silagem de milho e cereais de inverno. A estratégia de suplementação tem sido eficaz para enfrentar as adversidades climáticas, garantindo a saúde e a produtividade do rebanho.

Erechim

Na região de Erechim, o rebanho leiteiro mantém uma boa condição nutricional, apesar dos custos de produção terem aumentado devido à intensificação do uso de concentrados e volumosos conservados. A eficiência na gestão dos recursos alimentares tem sido crucial para sustentar a produção.

Ijuí

Em Ijuí, a produção de leite segue estável, embora tenha havido uma redução de volume nas propriedades de sistema a pasto devido à baixa produção das forrageiras. Em contrapartida, nos sistemas confinados, o volume de produção aumentou, mostrando que a adaptação dos sistemas de manejo pode mitigar parcialmente os impactos do clima.

Passo Fundo

Os produtores de Passo Fundo conseguiram manter os animais em adequado estado nutricional graças à suplementação alimentar, mesmo com a redução dos estoques de silagem e pré-secados. A gestão eficiente dos recursos alimentares tem sido fundamental para enfrentar o período crítico.

Eldorado do Sul

Na região de Porto Alegre, especificamente em Eldorado do Sul, foi relatado o retorno do funcionamento de linhas de leite que haviam sido interrompidas pela enchente. Esse restabelecimento é um sinal positivo de recuperação, permitindo a continuidade da produção e distribuição de leite.

Pelotas

Em Pelotas, as estradas ainda apresentam problemas de trafegabilidade, afetando a coleta de leite, embora sem interrupções na produção. As águas permanecem altas nas propriedades ao redor do Canal de São Gonçalo e da Lagoa dos Patos, exigindo estratégias adaptativas dos produtores para manter a produção.

Santa Maria

A intensa pressão sobre as áreas disponíveis em Santa Maria tem levado ao sobrepastejo, comprometendo a qualidade do pasto. A gestão adequada das áreas de pastagem é essencial para evitar a degradação do solo e garantir a saúde do rebanho.

Santa Rosa

Em Santa Rosa, os produtores relataram uma considerável redução nas infestações de ectoparasitas e nas patologias parasitárias, com a qualidade do leite se mantendo adequada devido às boas condições corporais das vacas. A melhoria nas condições de saúde animal contribui para a manutenção da qualidade do leite.

Soledade

O período chuvoso e úmido em Soledade tem favorecido o surgimento de mastites, especialmente devido ao excesso de umidade nas pastagens e nas proximidades das instalações. A gestão da higiene e a implementação de medidas preventivas são essenciais para minimizar os impactos da mastite.

Preços e mercado do leite

O levantamento de preços realizado pela Emater/RS-Ascar indicou um aumento de 2,45% no preço médio mensal do litro do leite no estado, comparado ao mês anterior, atingindo R$ 2,51. A variação nos preços recebidos pelos produtores deve-se a diferentes fatores, incluindo o volume comercializado e as bonificações por quantidade e qualidade do leite, conforme os parâmetros normatizados para o produto.

Esse aumento no preço do leite oferece algum alívio financeiro para os produtores, permitindo que eles invistam em medidas para enfrentar os desafios climáticos e manter a produção. No entanto, os custos de produção elevados, devido à necessidade de suplementação alimentar, continuam a pressionar as margens de lucro.

Medidas para mitigar os impactos climáticos

Os produtores de leite do Rio Grande do Sul estão adotando diversas estratégias para mitigar os impactos do frio intenso e das chuvas excessivas. Entre as medidas destacam-se:

  • Suplementação Alimentar: O uso de rações, silagens e fenos para complementar a alimentação dos animais tem sido essencial para garantir a saúde e a produtividade do rebanho.
  • Gestão das Pastagens: A rotação de pastagens e a proteção de áreas vulneráveis ao pisoteio são práticas que ajudam a preservar a qualidade do pasto e evitar a degradação do solo.
  • Higiene e Saúde Animal: A implementação de medidas de higiene rigorosas, como a limpeza dos úberes antes da ordenha, é crucial para prevenir a mastite e manter a qualidade do leite.
  • Monitoramento Climático: O acompanhamento das condições climáticas permite que os produtores tomem decisões informadas sobre o manejo do gado e das pastagens.
  • Infraestrutura: Investir em infraestrutura, como estradas e sistemas de drenagem, é fundamental para garantir a acessibilidade e a coleta eficiente do leite, mesmo em condições adversas

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Auxílio Reconstrução: governo suspeita de 300 mil fraudes em pedidos

Indícios de fraudes em pedidos de recebimento do Auxílio Reconstrução do governo federal foram detectados pela Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. O benefício e destinado a moradores desabrigados em municípios em situação de calamidade ou emergência, devido aos temporais que afetaram a maior parte do estado nos meses de abril e maio. Do total de 629.611 pedidos, quase a metade caiu na malha fina (300.660 cadastros), conforme levantamento da secretaria.

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O relatório aponta que 1.262 cadastros foram feitos pelas prefeituras em nome de pessoas já falecidas, na tentativa de receber a parcela única, no valor de R$ 5.100. De acordo com o documento, outras 150.638 pessoas cadastradas não moram em áreas atingidas pelas chuvas volumosas. Outra inconsistência verificada nas informações é a de 152.780 famílias que não tiveram o endereço confirmado.

O cadastro duplo também configura irregularidade. Este é o caso de 2.721 pessoas com solicitação do auxílio feita por mais de uma prefeitura, o que é vedado, pela Medida Provisória nº 1.228/2024 que criou o Auxílio Reconstrução do governo federal.

O ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse, neste sábado (13), que o Poder Executivo vai investigar as situações suspeitas.

Pimenta afirmou que governo federal tem um sistema rigoroso de checagem para impedir tentativas de fraudes e que haverá responsabilização de quem fizer uso incorreto do dinheiro público. “Se efetivamente algum caso desse for confirmado, nós vamos determinar os órgãos de controle e até mesmo a Polícia Federal, se houver dolo, para que os fraudadores sejam responsabilizados.”

Medida Provisória nº 1.228/2024 que criou o Auxílio Reconstrução estabelece que o responsável familiar que prestar informação falsa deverá ressarcir à União o valor do apoio financeiro recebido e está sujeito às sanções penais e cíveis cabíveis.

O ministro apontou que as prefeituras têm a atribuição de cadastrar os responsáveis pelas famílias desabrigadas ou desalojadas pelas chuvas e que receberão o benefício em parcela única de R$ 5,1 mil. “A fé pública da informação é dos prefeitos”.

Por fim, Paulo Pimenta lamentou as tentativas de fraude neste momento de retomada de atividades no estado, após os desastres climáticos.

Auxílio Reconstrução

O Auxílio Reconstrução é um apoio financeiro do governo federal no valor de R$ 5,1 mil para que as famílias possam repor itens perdidos nos desastres climáticos, como móveis, eletrodomésticos e utensílios; ou em pequenas reformas no imóvel residencial danificado pelas águas. As vítimas estão livres para usar o recurso da forma que achar mais adequada.

Até esta sexta-feira (12), cerca de 323,1 mil famílias de 125 municípios foram aprovadas no auxílio para recebimento do benefício, o que resultou no repasse feito pela União no valor de R$ 1,4 bilhão, nas contas dos responsáveis familiares da Caixa Econômica Federal.

O recurso financeiro está limitado a um recebimento por famílias afetadas e, devidamente cadastrada.

Ao todo, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) prevê o pagamento do Auxílio Reconstrução a 375 mil famílias, o que representa o investimento de R$ 1,9 bilhão.

Nesta sexta-feira, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional prorrogou até 26 de julho o prazo para as prefeituras gaúchas cadastrarem novas famílias no Auxílio Reconstrução.

Fonte: Agência Brasil

IBGE ajusta coleta de preços no RS e impacta inflação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já normalizou seus procedimentos de coleta de preços no Rio Grande do Sul. O levantamento de preços é usado para calcular as taxas de inflação, entre elas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial do país.

Segundo o responsável pela equipe que calcula o IPCA, o pesquisador André Almeida, a normalização ocorreu na segunda quinzena de junho.

A coleta de preços envolve levantamentos presenciais e remotos de valores cobrados pelos varejistas e pelos prestadores de serviços nas principais regiões metropolitanas e capitais do país, entre elas a região metropolitana de Porto Alegre.

A maior parte dos preços, cerca de 80% a 85%, é coletada com visitas presenciais dos pesquisadores aos estabelecimentos comerciais, enquanto a coleta remota (internet ou telefone) responde por apenas 15% a 20% da amostra.

Devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, a partir do fim de abril, o IBGE teve que reduzir suas coletas presenciais. “Em maio, a gente teve que intensificar a coleta remota por conta da situação de calamidade vivida no estado. Na região metropolitana de Porto Alegre, a modalidade remota chegou a 65%”, destacou Almeida.

Segundo ele, no início de junho, a coleta remota voltou a ser reduzida, situando-se em torno de 30% do levantamento. Na segunda quinzena do mês, a coleta já havia voltado aos 20%, percentual considerado normal.

Além de ter normalizado a coleta, Porto Alegre registrou deflação (queda de preços) em junho: -0,14%. Esse foi o menor índice entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. No mês, o IPCA registrou, em média, uma inflação de 0,21%.

Em maio, a região metropolitana da capital gaúcha, havia registrado inflação de 0,87%, a maior entre as 16 áreas pesquisadas e quase o dobro da média do IPCA nacional (0,46%).

Os alimentos, que em maio, haviam aumentado 2,63%, em junho, tiveram queda de preços de 0,52%. “Os preços continuam mais altos do que aqueles antes da calamidade, porém a gente teve uma leve redução desses preços.”

Rio Grande do Sul: Um guia completo de turismo ecológico

O Rio Grande do Sul é um estado brasileiro repleto de belezas naturais, e o turismo ecológico na região tem ganhado destaque entre os viajantes que buscam contato direto com a natureza. Entre cânions, grutas e cascatas, cada local oferece uma experiência única e inesquecível.

Vamos explorar alguns dos destinos mais incríveis que o estado tem a oferecer, incluindo o Cânion Fortaleza, o Complexo Belvedere A Mina, o Viaduto 13, a Cascata das Andorinhas e o Salto Ventoso.

Cânion Fortaleza

A jóia de Cambará do Sul

Localizado em Cambará do Sul, o Cânion Fortaleza é considerado um dos cânions mais impressionantes do Brasil. Com uma profundidade de cerca de 900 metros e uma extensão de 7,5 quilômetros, suas paredes escarpadas e a vegetação exuberante criam uma paisagem de tirar o fôlego.

A trilha até o topo do Cânion Fortaleza oferece vistas panorâmicas espetaculares. No caminho, é comum avistar diversas espécies de aves e, se tiver sorte, até alguns animais silvestres. A formação rochosa permite uma vista de 360 graus do horizonte, onde se pode ver até o litoral em dias claros.

Complexo Belvedere A Mina

A gruta de água aquecida

Em Ametista do Sul, o Complexo Belvedere A Mina é um local fascinante que combina beleza natural e curiosidades geológicas. Uma das atrações mais interessantes é a gruta de água aquecida, localizada dentro de uma mina de ametista.

A visita à gruta é uma experiência inesquecível. A água aquecida da gruta proporciona um banho relaxante em um ambiente natural e inusitado. Além disso, os visitantes podem explorar a mina e aprender sobre a extração de ametistas, tornando o passeio educativo e emocionante.

Viaduto 13

Engenharia e natureza em harmonia

O Viaduto 13, localizado em Vespasiano Corrêa, é uma obra-prima da engenharia e um local de grande beleza natural. Conhecido como o viaduto ferroviário mais alto da América Latina, com 143 metros de altura e 509 metros de extensão, oferece vistas deslumbrantes e uma conexão única com a natureza.

Foto: Prefeitura de Vespasiano Correia/RS

A entrada é gratuita, o que torna o Viaduto 13 um destino acessível para todos. Ao caminhar sobre o viaduto, os visitantes podem admirar a vista panorâmica dos vales e rios abaixo. Para os mais aventureiros, é possível praticar rapel e tirolesa na área.

Cascata das Andorinhas

Um refúgio natural

A Cascata das Andorinhas, localizada em Farroupilha, é uma verdadeira joia escondida. A queda d’água, que se assemelha a uma caverna, cria um ambiente sereno e mágico. A entrada gratuita faz deste um destino imperdível para os amantes da natureza.

Foto do site Tripadvisor

A trilha até a cascata é de fácil acesso e proporciona um passeio agradável. A cachoeira deságua em um pequeno lago, onde os visitantes podem se refrescar e apreciar a beleza natural ao seu redor. A vegetação ao redor é densa e exuberante, proporcionando sombra e frescor.

Salto Ventoso

O tesouro de Farroupilha

O Salto Ventoso, localizado também em Farroupilha, é um dos lugares mais bonitos do Rio Grande do Sul. Com uma queda d’água de 56 metros, o Salto Ventoso oferece uma visão impressionante e é um local perfeito para fotografias. A entrada custa 20 reais, mas a experiência vale cada centavo.

Foto do site do Parque Salto Ventoso, de Farroupilha/RS

O Salto Ventoso é ideal para quem busca um lugar para relaxar e se conectar com a natureza. Há trilhas ao redor da cachoeira que permitem diferentes perspectivas da queda d’água. A área é bem equipada com infraestrutura para visitantes, incluindo áreas para piquenique e banheiros.

O Rio Grande do Sul oferece uma variedade de destinos para os entusiastas do turismo ecológico, cada um com suas próprias características e belezas únicas. Desde os impressionantes cânions de Cambará do Sul até as tranquilas cascatas de Farroupilha, passando pelas fascinantes grutas de Ametista do Sul e a grandiosidade do Viaduto 13, há algo para todos os gostos.

Esses locais não apenas proporcionam experiências inesquecíveis, mas também destacam a importância de preservar nosso meio ambiente para as futuras gerações.

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Famílias do RS podem se cadastrar no Auxílio Reconstrução até amanhã

Termina nesta terça-feira (25) o prazo para prefeituras gaúchas cadastrarem famílias residentes em áreas afetadas pelas enchentes. Elas vão receber o Auxílio Reconstrução. Ele é válido para cidades com decreto de estado de calamidade ou de situação de emergência.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, 444 municípios do Rio Grande do Sul estão com reconhecimento federal vigente e podem solicitar R$ 5,1 mil para cada família. Até o último sábado (22), 182 cidades ainda não haviam pedido o benefício.

“As prefeituras devem cadastrar os dados das famílias na página do Auxílio Reconstrução. Após a análise no sistema, o responsável familiar precisa confirmar as informações no mesmo site. Na sequência, a Caixa Econômica Federal realiza o depósito em conta”, informou a Secom.

Números

Dados do governo indicam que 256,7 mil famílias de 115 municípios gaúchos já foram aprovadas para receber o benefício, sendo que 208 mil encaminharam a confirmação dos dados. Entre as que confirmaram as informações, 202 mil já estão com os R$ 5,1 mil em conta, o que totaliza pouco mais de R$ 1 bilhão.

A expectativa do governo federal é atender 375 mil famílias gaúchas, representando R$ 1,9 bilhão em benefícios. O valor destinado ao Auxílio Reconstrução, inicialmente, era de R$ 1,23 bilhão para 240 mil famílias. Na última quarta-feira (19), entretanto, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional anunciou crédito extraordinário de R$ 689,6 milhões.

Entenda sobre o Auxílio Reconstrução

O Auxílio Reconstrução foi criado pela Medida Provisória nº 1.219/2024. Por meio do benefício, famílias desalojadas ou desabrigadas do Rio Grande do Sul podem receber R$ 5,1 mil em parcela única para ajudar na recuperação de bens perdidos nas enchentes.

“Não há critério definido para a utilização do recurso: o valor pode ser aplicado onde as vítimas avaliarem melhor”, destacou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Fonte: Agência Brasil

Rio Grande do Sul contabiliza perda de 17 mil colmeias desde enchentes

O estado do Rio Grande do Sul já contabiliza a perda de pelo menos 16,9 mil colmeias desde o início das enchentes ocorridas nos primeiros dias de maio – em média, cada colmeia tem de 50 mil a 80 mil abelhas. Os dados levam em conta apenas as mortes da espécie Apis mellifera e de abelhas-sem-ferrão, ocorridas até o último dia 20.

O levantamento, feito pela Federação Agrícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul, em parceria com o Observatório das Abelhas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura e Pecuária, registrou perda de colmeias em, pelo menos, 66 municípios do estado, principalmente em Palmares do Sul (RS), que computou a destruição de mais de duas mil colmeias.

“As colmeias ficaram submersas ou foram carregadas [pela água]. Muitas áreas foram inundadas pelas águas que escorreram das partes mais altas, levaram as colmeias ou inundaram os locais, deixaram as colmeias realmente submersas e as abelhas morreram”, destacou em entrevista a coordenadora executiva do Programa Observatório de Abelhas do Brasil, a bióloga Betina Blochtein.

Os dados do levantamento não consideraram as colmeias que foram parcialmente atingidas pela água e nem aquelas que estão em risco em razão da falta de alimentos para as abelhas. No total, segundo a Associação Brasileira de Estudo das Abelhas, o estado gaúcho tem 486 mil colmeias.

“A gente não está computando as colmeias que estão agora em alto risco, por exemplo, que foram parcialmente afetadas. As paisagens foram muito lavadas, em muitos casos elas estão com uma camada de lodo, de terra por cima, não têm vegetação com flores, então, não têm alimentação para as abelhas”, disse Blochtein. 

A quantidade de abelhas mortas no estado em razão da tragédia climática pode ser muito maior, segundo a bióloga. Isso porque apenas a espécie Apis mellifera e abelhas-sem-ferrão foram monitoradas. As abelhas que não vivem em colmeia, não sociais, por exemplo, não têm como ser computadas no levantamento.  

“Temos na natureza centenas, milhares de espécies de abelhas que a gente não consegue monitorar, e que ninguém viu onde elas estavam quando começou a chuva e ninguém consegue contá-las”. 

Blochtein ressalta que essas abelhas, não sociais, são mais frágeis, têm menos capacidade de se defender de alterações climáticas bruscas e, provavelmente, foram ainda mais impactadas pelas chuvas e enchentes.  

“O que acontece é que as abelhas não sociais não têm reservas de alimento, elas são mais sensíveis e  tendem a perecer mais facilmente. O triste disso tudo é que se a gente tomar a Apis mellifera, ou mesmo as abelhas-sem-ferrão, como as espécies que indicam o que está acontecendo com os polinizadores, então vamos ter um cenário bem trágico, que nem conseguimos enxergar”. 

Culturas mais atingidas

Segundo o Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil, da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, e da Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador, 76% das plantas para consumo humano no Brasil são polinizadas por abelhas. A ação de polinização do inseto tem importância variada, a depender de cada planta.

Além de aumentar a produtividade dos cultivos, a polinização feita pelas abelhas produz frutos e sementes de melhor aparência, qualidade e dá mais valor de mercado aos produtos. De acordo com o relatório, em 2018, o valor econômico da polinização para a produção de alimentos no Brasil era estimado em R$ 43 bilhões. A valoração monetária considerou o valor da produção e o incremento de produtividade associado aos polinizadores.

“A gente sabe que o grau de dependência de polinização das culturas não é sempre o mesmo. Tem culturas que dependem mais de abelhas. Por exemplo, a maçã, que tem uma dependência de mais de 90% da presença de abelhas. Se não tem abelhas ou tem poucas abelhas, as maçãs ficam pequenininhas e ficam muito irregulares”, destaca Blochtein. 

O Rio Grande do Sul é responsável por 45% da produção de maçãs brasileiras, segundo a Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi). A área de cultivo é de 14 mil hectares, distribuídos em 26 municípios. As macieiras são a principal fonte de renda para 550 pequenos, médios e grandes produtores.

Além da maçã, o estado também tem outras culturas que são dependentes, em diferentes níveis, da polinização das abelhas. “Temos também a soja, que não tem uma dependência tão elevada de abelhas, entre 12% e 20%. Mas imagina 15% de aumento da soja, 15% a mais no peso em grãos é muita coisa. Realmente, a perda de abelhas repercute”. 

A bióloga Vera Lucia Imperatriz Fonseca, referência em pesquisa com abelhas nativas, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) frisa que as mudanças climáticas não vão arrefecer e ressalta que o país precisa se preparar para enfrentar a situação. 

“A mudança climática está andando e não vai mudar. Ela vai aumentar, não vai diminuir. Não tem volta para esse assunto. É um processo contínuo. No entanto, a agricultura ainda não se conscientizou disso e nem o mercado. Não vai melhorar amanhã ou ano que vem, não vai. Então, as chuvas vão continuar. E não há uma política de lidar com isso, uma política de restauração”.

Fonte: Agencia Brasil

Facebook é forçado a remover anúncios ilícitos sobre RS

A Secretária Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, determinou que o Facebook deve moderar e remover “anúncios com indícios de conteúdo ilícito, destinados a golpes e fraudes contra os consumidores, no contexto da calamidade no Estado do Rio Grande do Sul”.

Facebook

Esta medida cautelar foi publicada nesta segunda-feira, dia 17, no Diário Oficial da União (DOU). A determinação exige também a preservação de dados, registros e mecanismos de transparência. Além disso, o Facebook precisa apresentar um relatório de transparência detalhado, especificando as ações tomadas, os procedimentos de análise realizados antes da veiculação dos anúncios e as punições aplicadas aos usuários que descumprirem a legislação.

A decisão enfatiza que “o descumprimento de quaisquer das medidas elencadas resultará na imposição de multa diária de R$ 150 mil, até que a medida seja cumprida integralmente”.

Cartilha que garante moradia digna a todos os paranaenses é lançada na Assembleia Legislativa

Facilitar o processo de regularização de imóveis urbanos, garantindo o acesso à moradia digna para toda a população do Paraná, o desenvolvimento social e econômico, evitando a ocupação irregular. Com esses objetivos foi lançada na noite desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa do Estado, a Cartilha REURB – Regularização Fundiária Urbana, iniciativa pioneira, que vai auxiliar os 399 municípios paranaenses e os 200 cartórios de registro de imóveis a trabalharem em conjunto, num grande mutirão.

“Moradia digna é um dos direitos fundamentais assegurados a cada cidadão brasileiro pela nossa Constituição Federal. E a moradia só é digna, se está regular”, afirmou o deputado Alexandre Curi (PSD), 1º secretário da Assembleia, que presidiu a cerimônia de apresentação da cartilha, realizada no Plenário. Na avaliação dele, essa medida “garante, não só a titularidade (o direito à propriedade) do imóvel, como também toda a infraestrutura urbana necessária para as condições de habitação, como o acesso ao sistema viário, saneamento básico, energia elétrica, entre outros, além do correto tratamento ambiental da localização, a integração social dos cidadãos e oportunidades de emprego e renda”, frisou.

O lançamento aconteceu por iniciativa de Curi e dos deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD) e Luis Corti (PSB), membros da Frente Parlamentar de Habitação e Regularização Fundiária (instalada ontem), em parceria com a Associação dos Registradores de Imóveis do Paraná (ARIPAR) e Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (ANOREG – PR). Segundo Curi, o Paraná enfrenta um grande desafio na questão da ocupação dos centros urbanos: seja nas grandes regiões metropolitanas, com a aglomeração de famílias em ocupações irregulares, ou mesmo em cidades menores, com municípios muito novos, alguns com menos de 30 anos, que surgiram a partir de povoados em áreas nem sempre regulamentadas. “Num momento em que o país ainda conta as perdas e prepara-se para a reconstrução após a tragédia climática do Rio Grande do Sul, discutir as ocupações irregulares torna-se ainda mais urgente, pois, na maioria das vezes, as áreas ‘disponíveis’ que acabam sendo irregularmente ocupadas são justamente as áreas ambientalmente sensíveis, como as faixas de preservação permanente nas margens de rios”, alertou. O 1º secretário observou que a ocupação destas áreas, geralmente dentro das cotas de inundação dos rios, expõe as famílias ao risco iminente, além de reduzir a capilaridade do solo, por conta do desmatamento, aumentando significativamente o risco de enchentes.

De acordo com Mariana Carvalho Pozenato Martins, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (ANOREG-PR), esse é um problema nacional e a intenção, com a cartilha, é facilitar o registro com propriedade definitiva. Ela assegurou que os 200 cartórios de registros de imóveis participam dessa ação. Explicou que a cartilha oferece ferramentas e informações essenciais, buscando facilitar o processo de regularização de imóveis urbanos, bem como, garantindo o acesso à moradia digna para a população e o desenvolvimento social e econômico.

Para ela, esse “é mais um momento histórico, ligado a função social dos cartórios”. Luis Flávio Fidelis Gonçalves, presidente da Associação dos Registradores de Imóveis do Paraná (ARIPAR), lembrou que 50% dos imóveis do país estão irregulares, segundo estimativas do segmento. “Estamos apresentando a Cartilha REURB, voltada para o Poder Público, elaborada para fornecer um recurso abrangente e acessível no universo da regularização fundiária”, informou.  Gonçalves falou ainda do incansável trabalho para elaboração do documento, lembrando que é gratuito o primeiro registro de um imóvel, e que a cartilha representa um compromisso com a justiça social e com a excelência. “Hoje é um marco significativo na história fundiária do Paraná. É o início de uma jornada de transformação para o Paraná”, reforçou.

O deputado Luis Corti, coordenador da Frente Parlamentar, mostrou todo o seu entusiasmo com o momento, ao enaltecer a iniciativa dos envolvidos, e defender também que a regularização fundiária assegura o direito social à moradia, diminuindo as desigualdades e promovendo a construção de uma sociedade democrática. Para ele, o assunto está presente na vida de todos. Na opinião de Corti, todos os municípios precisam regularizar imóveis ou que novas habitações. Ele lembrou ainda que o Governo do Estado toca uma série de programas robustos envolvendo o tema. “A regularização fundiária tem interferência nas três esferas do Governo – federal, estadual e municipal”, observou o deputado Luiz Claudio Romanelli, vice-coordenador da Frente Parlamentar. O deputado estima que mais da metade dos imóveis do Paraná precisam ser regularizados. “Por conta de diversos fatores, e embora a pessoa tenha a escritura do imóvel, muitos não conseguem fazer o registro da propriedade. Um dos problemas é porque a área do loteamento não está legalizada. Mais de 50% dos imóveis no Paraná são clandestinos ou estão irregulares”, considerou. Ele acredita que as medidas, as orientações, estabelecidas na cartilha lançada hoje vão trazer muitos benefícios aos moradores dos municípios paranaenses. “Isso resolve o problema de muitas famílias que tem uma casa, mas não tem direitos sobre a propriedade. A iniciativa facilita e simplifica, até por conta do custo, a regularização fundiária”, afirmou Romanelli.

Em mais de 50 páginas, a cartilha REURB, voltada para o Poder Público, elaborada pela ARIPAR em conjunto com a ANOREG-PR, apresenta as bases da regularização fundiária urbana, a REURB, de acordo com o estabelecido pela Lei federal n.º 13.465, de 2017. Ela também está em consonância com o ato normativo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que fomenta o processo. Através de um passo a passo, com gráficos, linguagem simples e objetiva, permite que os municípios e quaisquer interessados consigam realizar a regularização fundiária urbana. O documento divulga os novos instrumentos e desburocratiza os procedimentos de regularização, ampliando as possibilidades e a escala de atuação das prefeituras e dos cartórios de registro de imóveis. Define que os núcleos urbanos informais são aqueles núcleos clandestinos, irregulares ou nos quais não foi possível realizar a titulação de seus ocupantes, ainda que atendida a legislação vigente à época de sua implantação ou regularização. Titulação é o processo de reconhecimento dos direitos dos ocupantes de, dentre outros, permanecer com sua edificação no local ocupado. Mas, para que estes títulos tenham validade no mundo das leis (gozem de segurança jurídica), é preciso que sejam registrados no cartório de registro de imóveis, conforme determina o Código Civil brasileiro.

O procedimento de regularização fundiária urbana depende, basicamente, da definição de uma entre duas modalidades possíveis:  REURB-S – Regularização fundiária de Interesse Social, que se aplica aos núcleos urbanos informais ocupados predominantemente por população de baixa renda, assim declarados em ato do Poder Executivo municipal; e o REURB-E – Regularização Fundiária de Interesse Específico, aplicando-se aos demais casos. O Decreto n° 9310, de 2018, que regulamentou a Lei n° 13.465, de 2017, estabelece o máximo de cinco salários mínimos, como renda da família a ser beneficiada pela REURB-S. No entanto, diz que consideradas as peculiaridades locais e regionais de cada ente federativo, ato do Poder Público municipal ou distrital pode diminuir este teto.

A Frente Parlamentar de Habitação e Regularização Fundiária instalada na segunda-feira (10), na Assembleia Legislativa do Paraná, pretende acompanhar a formulação, o planejamento, a coordenação e as articulações políticas de habitação de interesse social, além de promover o debate e o incentivo ao desenvolvimento de projetos. O grupo de trabalho vai ainda discutir e dar publicidade a iniciativas como o programa Escritura na Mão, desenvolvido pela COHAPAR para ampliar a efetividade da regularização fundiária no estado. Por meio deste programa, os municípios interessados indicam áreas que pretendem regularizar. Os parlamentares também querem acompanhar programas como o Casa Fácil Paraná, da COHAPAR, que financia diretamente a construção de casas para famílias com renda de um a seis salários mínimos. Já anunciaram que integram a Frente, os deputados Alexandre Curi (PSD), Cristina Silvestri (PSDB), Douglas Fabrício (CDN), Flávia Francischini (União), Gilberto Ribeiro (PL), Delegado Jacovós (PL), Luiz Claudio Romanelli (PSD), Nelson Justus (União), Pedro Paulo Bazana (PSD) e Professor Lemos (PT).

Marcaram presença também do evento de lançamento da cartilha, transmitido ao vivo pela TV Assembleia, YouTube e redes sociais oficiais, os deputados Artagão Júnior (PSD), Fabio Oliveira (PODE) e Professor Lemos (PT); o desembargador Octávio Campos Fischer, do Tribunal de Justiça do Paraná; Ítalo Conti Júnior, vice-presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná; representantes do Poder Judiciário, prefeitos, vereadores e diversas outras autoridades do setor.

Projeções da ONU-Habitat 2022, apontam que cerca de um bilhão de pessoas vivem, atualmente, em favelas e assentamentos informais, em todo o mundo. Esse número pode estar subestimado, conforme os especialistas, frente às dificuldades de captação dos dados em diversos países e à dinamicidade de formação e dispersão desses territórios. De acordo com a ONU-Habitat, em 2021, cerca de 56% da população do planeta vivia em áreas urbanas, e essa taxa deve subir para 68% em 2050.

O déficit habitacional do Brasil totalizou 6 milhões de domicílios em 2022, o que representa 8,3% do total de habitações ocupadas no país. Em termos absolutos, na comparação com 2019 (5.964.993), houve um aumento de cerca de 4,2% no total de déficit de domicílios. Os dados foram divulgados em abril deste ano pela Fundação João Pinheiro (FJP), instituição responsável pelo cálculo do déficit habitacional do Brasil em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades. A predominância do déficit habitacional no país é em famílias com até dois salários mínimos de renda domiciliar (cerca de R$ 2.640). A atualização dos dados para o ano de 2022 teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

No país, em 2022, havia 59,6 milhões de casas ocupadas, nas quais residiam 171,3 milhões de pessoas. Ou seja, a maioria da população (84,8%) morava nesse tipo de residência. O segundo tipo mais encontrado foi apartamento, categoria de domicílio na qual residiam 12,5% da população. As informações foram publicadas em fevereiro deste ano pelo IBGE durante a divulgação do “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo”. O levantamento mostrava ainda que um grupo de 494 mil pessoas (0,2% da população) residia em domicílios do tipo “habitação em casa de cômodos ou cortiço”. E, outras duas categorias abrigavam menos de 0,1% da população: “habitação indígena sem paredes ou maloca”, com 52 mil pessoas, e “estrutura residencial permanente degradada ou inacabada”, com 81 mil pessoas.

O Paraná e a Assembleia Legislativa já foram pioneiros ao aprovar o maior plano de desfavelização do Brasil no ano passado.  Nesse momento, os deputados discutem um projeto de lei (916/2023) que trata do assunto, de autoria do Poder Executivo, e cria o Programa Regulariza Paraná. A proposição foi aprovada no início da tarde desta terça-feira (11) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta visa proceder a regularização fundiária das ocupações de imóveis urbanos e das ilhas de domínio do Estado afetados ao Poder Executivo estadual, suas autarquias e fundações, nos termos da Lei Federal n° 13.465/2017.

Santa Catarina terá voo direto para a Europa três vezes por semana

Após a retomada da negociação entre o Governo de Santa Catarina e TAP Air Portugal, a empresa aérea e o Estado entraram em acordo para a realização de voos entre Lisboa e Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. A partir de setembro deste ano, a companhia aérea irá oferecer três voos semanais, com pousos e decolagens a partir do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, o Floripa Airport.

A TAP vai operar de Florianópolis, em Santa Catarina, às terças, quintas e sábados, utilizando a aeronave Airbus A330-200 que transporta 269 passageiros, 244 em classe Econômica e 25 em Executiva. Os voos começam a partir do dia 3 de setembro.

“Esta nova fase que estamos vivendo em Santa Catarina reflete em boas notícias como a de hoje. Isso é uma conquista para Santa Catarina e para os catarinenses, que possuem relações importantes com a Europa. Receber um voo da TAP é sinal de prestígio e confiança neste novo momento que vive o estado. Além disso, iremos potencializar ainda mais a experiência turística, recebendo portugueses e todo povo europeu em nossa terra. Também vamos ampliar as oportunidades de negócios em nossa relação comercial que pode crescer ainda mais”, comemora o governador do Estado.

Ainda de acordo com Jorginho Mello, haverá um importante intercâmbio de ideias e conhecimentos para levar e atrair negócios, através de feiras, congressos e parcerias. “Não tenho dúvida de que é um grande acerto da TAP, mas também é um divisor de águas na história de Santa Catarina”, acrescenta o governador.

A escolha de Florianópolis como o 12º destino da TAP no Brasil, vai permitir continuar a desenvolver a estratégia de diversificação no mercado mais importante da TAP, reforçando junto dos brasileiros a conveniência geográfica de Portugal como porta de entrada para mais de 50 destinos na Europa.

Para Luis Rodrigues, CEO da TAP, “o lançamento do voo para o Estado de Santa Catarina já estava sendo avaliado e estudado há algum tempo. Para a TAP é muito importante termos conseguido antecipar o lançamento desta nova rota para um período em que, devido ao estado de calamidade no Rio Grande do Sul e encerramento do aeroporto de Porto Alegre, o Sul do Brasil tanto precisa. Um aumento de oferta para o nosso maior mercado, que é o Brasil, é algo normal e desejado por nós”, assinala Luis Rodrigues.

A nova rota para Florianópolis permite à TAP manter o nível de oferta de voos recorde durante o verão europeu, apesar da suspensão dos voos para Porto Alegre. Nesse período, a TAP oferece 95 voos semanais, uma média de mais de 13 voos por dia, com saídas de 11 capitais de estados brasileiros.

“Temos conversas constantes com a TAP e estamos honrados em sermos o aeroporto escolhido pela cia aérea para conectar o Sul do Brasil. O Floripa Airport está pronto para atender com qualidade essa nova operação, que já vinha sendo planejada dada a força da demanda de passageiros para este voo. Uma parceria que tem tudo para ser forte e duradoura” observa Ricardo Gesse, CEO da Zurich Airport Brasil.

“É com imensa felicidade que anunciamos a nova rota aérea Florianópolis-Lisboa. Esta conquista é fruto de um forte trabalho do governo do Estado de Santa Catarina, capitaneado pelo governador Jorginho Mello e os parceiros Floripa Airport e TAP Portugal. Esse voo foi muito ansiado pela população, pois ele proporciona uma conexão direta que facilita o fluxo de turistas entre os dois destinos. Para Santa Catarina, essa ligação direta com a capital portuguesa traz o desafio de promovermos nossas belezas naturais, cultura rica e hospitalidade ao mercado europeu. Chegou a vez da Europa viver um estado de alegria. TAP Portugal, bem-vindos a Santa Catarina”, afirma Catiane Seif, secretária de Estado adjunta do Turismo.

“Feliz em poder participar e contribuir com este projeto que será um marco para o desenvolvimento turístico e econômico de Santa Catarina. O ano de 2024 entrará para história como o período em que nos conectamos diretamente com América do Norte e Europa. Serão outros tempos e devemos todos nos preparar para fazer deste momento algo perene e exitoso”, diz o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins.

A TAP foi eleita, por 10 anos consecutivos, a Companhia Aérea Líder da Europa para a América do Sul pelos World Travel Awards em reconhecimento ao seu serviço de excelência. Além disso, recebeu o MICE Award como Melhor Companhia Europeia. A Companhia voa diretamente de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Maceió, Recife, Salvador e Florianópolis, para Lisboa, além de ligar o Porto a São Paulo e ao Rio de Janeiro. No total, são 11 cidades do Brasil (13 rotas, de Lisboa e Porto) que a TAP liga diretamente a Portugal.

Catarinense Gustavo Batista se consagra tricampeão mundial de jiu-jítsu na Califórnia

O atleta catarinense, Gustavo Batista, se consagrou campeão mundial de jiu-jítsu na competição que foi realizada no último fim de semana na cidade de Long Beach na Califórnia.  Este foi o terceiro título mundial do atleta que é uma das referências do jiu-jítsu brasileiro e internacional com diversas conquistas importantes na carreira representando o estado de Santa Catarina.

Logo após a conquista do título, Gustavo falou sobre como foi o seu desempenho no evento e de que forma técnica evoluiu luta após luta para chegar à vitória na grande decisão final.

“Estou muito feliz com a conquista do meu terceiro título mundial, e neste dia da realização das finais, tive um desempenho bem positivo porque consegui duas finalizações e esta conquista foi extremamente importante para mim. Obrigado a todo mundo que ficou na torcida, estamos juntos”.

No mês de maio, Gustavo já havia conquistado outro expressivo resultado em sua carreira quando chegou até as semifinais do BJJ Stars, evento internacional da modalidade que foi realizado na cidade de São Paulo (SP).

Outro resultado de destaque para o jiu-jítsu de Santa Catarina, foi com o atleta, Harryson Pereira que representando o estado de Santa Catarina ficou com a medalha de bronze na sua respectiva categoria.

Residente da cidade de San Diego na Califórnia, Gustavo Batista passou boa parte do primeiro semestre de 2024 treinando no Brasil. Na última ação do atleta em solo brasileiro semanas antes de embarcar para os Estados Unidos, Gustavo organizou um seminário beneficente em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A ação foi realizada na Academia Star Doing, em Florianópolis (SC) e contou com a participação de centenas de praticantes da modalidade.

No dia seguinte, Gustavo embarcou para os Estados Unidos e finalizou a sua preparação para o campeonato mundial que terminou da melhor forma possível para o atleta catarinense.

Auxílio Reconstrução começa a ser pago hoje a famílias afetadas no RS

O governo federal começa a pagar o Auxílio Reconstrução às pessoas afetadas pela tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, com fortes chuvas e enchentes que desalojaram mais de 580 mil pessoas.

O benefício é pago em parcela única, no valor de R$ 5,1 mil. O primeiro lote, no valor total de R$ 174 milhões, é destinado às 34.196 famílias que primeiro se cadastraram junto às prefeituras gaúchas e tiveram as informações validadas.

Assim como em auxílios emergenciais anteriores, a responsável por processar os pagamentos é a Caixa Econômica Federal, que disponibiliza o dinheiro por meio de uma conta poupança social aberta automaticamente em nome do beneficiário.

De acordo com o ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, o governo trabalha com a expectativa de contemplar duas listas semanais de famílias afetadas, à medida que as informações vão sendo validadas pelos órgãos responsáveis. O município que mais cadastrou famílias até o momento é Canoas.

Para a liberação do benefício, é necessário cumprir três fases:

1) Prefeituras: as prefeituras dos municípios afetados devem enviar ao governo federal dados sobre as localidades atingidas e as famílias desalojadas ou desabrigadas no site do Auxílio Reconstrução.

2) Famílias: a pessoa identificada como responsável pela família beneficiada precisa confirmar, desde o dia 27 de maio, o cadastro no site. É preciso acessar o botão Sou Cidadão pela conta registrada no site Gov.br, com o login e senha cadastrados. Caso haja erro de cadastro, as prefeituras deverão receber os cidadãos para corrigir dados, como CPF, endereço ou nome.

3) Pagamento: a Caixa Econômica Federal receberá a lista dos nomes aptos e fará o depósito na conta.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou na manhã desta ultima quinta-feira (30) o balanço mais recente sobre o impacto da tragédia climática no estado. O órgão manteve o número de mortos em 169, enquanto 44 pessoas seguem desaparecidas. Confira os dados abaixo:

Municípios afetados: 473

Pessoas em abrigos: 45.126

Desalojados: 581.638

Afetados: 2.347.664

Feridos: 806

Desaparecidos: 44

Óbitos confirmados: 169

Pessoas resgatadas: 77.729

Animais resgatados: 12.527

Efetivo: 28.153

Viaturas: 4.046

Aeronaves: 12

Embarcações: 143

RS, número de mortes por leptospirose aumenta para 5 após enchentes

O número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul subiu para cinco, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do estado divulgado nesta segunda-feira (27). Os casos estão diretamente ligados às enchentes que afetam diversas cidades gaúchas. Além disso, o governo está investigando mais nove óbitos para confirmar se também foram causados pela doença.

As vítimas são dois homens, de 56 e 50 anos, residentes de Cachoeirinha e Porto Alegre, respectivamente. Outros dois são das cidades de Venâncio Aires e Travesseiro, enquanto o último era morador de Viamão.Até o momento, foram notificados 1.588 casos de leptospirose no estado. Desses, 124 foram confirmados, 542 descartados e 922 ainda estão em processo de investigação.

A doença

A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente através da pele, especialmente quando esta apresenta lesões abertas, após exposição direta ou indireta à urina de ratos ou outros animais contaminados.

Em áreas atingidas por enchentes, a urina pode se misturar à água, aumentando o risco de contaminação humana. A doença é caracterizada por febre alta e pode ter um risco de letalidade de até 40% nos casos mais graves, de acordo com o Ministério da Saúde.Além da febre, os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, dor muscular, falta de apetite, náuseas e vômitos. Nos casos mais graves, pode ocorrer a síndrome de Weil, síndrome de hemorragia pulmonar, comprometimento pulmonar, entre outros.

Para prevenir, é fundamental e inclui evitar o contato com água ou lama de enchentes. Caso seja inevitável, é recomendado o uso de equipamentos de proteção, como botas e luvas de borracha. Após o período de enchentes, é importante retirar a lama com cautela, utilizando luvas e botas de proteção, e desinfetar o local corretamente conforme orientação do Ministério da Saúde.

Rio Grande do Sul tem alerta de perigo para chuvas e ciclone

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, na madrugada desta segunda-feira (27), em Brasília, um alerta de perigo para chuvas na Região Sul do país, incluindo o Rio Grande do Sul, já fortemente afetado por enchentes. O alerta vale da 0h01 até as 21h e cita chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora ou entre 50 e 100 milímetros por dia, além de ventos intensos que devem variar de 60 a 100 quilômetros por hora.

Índice de assunto

De acordo com o Inmet, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. As áreas afetadas incluem o sudoeste rio-grandense, área metropolitana de Curitiba, Vale do Itajaí, grande Florianópolis, região metropolitana de Porto Alegre, sudeste rio-grandense, nordeste rio-grandense, centro oriental paranaense, norte catarinense, sul catarinense, norte pioneiro paranaense e região serrana.

Ciclone

Nas redes sociais, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, alertou para um ciclone que também deve repercutir na região. “Esta segunda-feira deve ser uma segunda-feira difícil para alguns municípios aqui no estado. Tem um ciclone se formando no mar e que vai trazer ventos fortes e chuva para os municípios da região leste do estado”, disse, em vídeo postado no Instagram.

“Essa região deve ter um volume de chuvas que, segundo a sala de situação, não vai ser responsável por forte elevação do nível dos rios ou do Guaíba, por exemplo. Mas são municípios que já estão com os seus sistemas de drenagem muito impactados, como é o caso aqui da capital, Porto Alegre, e de municípios da região. Podem ter transtornos significativos por conta da chuva que vamos ter nesta sexta-feira e também em uma parte da terça-feira”, argumentou.

Transtornos

Segundo o governador, municípios gaúchos incluindo Pelotas, São José do Norte, São Lourenço e Rio Grande, que já têm trechos tomados por água da Lagoa dos Patos, também podem registrar “transtorno um pouco maior nesta segunda-feira”.

“Por isso, a gente pede a todos que, podendo evitar se deslocar, evitem deslocamentos na cidade por conta dos transtornos que poderão acontecer”, observou.

“A gente está com equipes nas ruas, segurança pública, bombeiros, defesa civil e brigada militar buscando dar contribuições aos municípios para manter as coisas sob controle, atender às pessoas que mais necessitam. Mas é importante contar com o alerta de todos e evitar se expor a riscos desnecessários”, concluiu o governador.

Fotos: Cristiano Veroneze

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