Governo divulga lista de cafés torrados impróprios para consumo

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou nesta segunda-feira (1º) uma lista com 14 marcas de café torrado que foram consideradas impróprias para consumo humano após a constatação de impurezas ou de elementos estranhos acima dos limites permitidos pela legislação.

Em nota, a pasta informou que os produtos que integram a lista devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis. “A ação está respaldada pelo artigo 29-A do Decreto 6.268/2007, que prevê a aplicação do recolhimento em casos de risco à saúde pública, adulteração, fraude ou falsificação de produtos”, destacou.

coffee 2540276 1280

No comunicado, o ministério detalhou ainda que o alerta faz parte de desdobramentos da Operação Valoriza, que contou com ações de fiscalização realizadas em todo o país entre os dias 18 e 28 de março, quando foram coletadas 168 amostras de café torrado.

“Aos consumidores que caso tenham adquiridos esses produtos, o ministério orienta que deixem de consumi-los, podendo solicitar sua substituição nos moldes determinados pelo Código de Defesa do Consumidor”.

Para quem encontrar alguma das marcas citadas na lista sendo comercializadas, a pasta pede para ser comunicada imediatamente por meio do canal oficial Fala.BR. É preciso informar o nome do estabelecimento e o endereço onde foi adquirido o produto.

Com apoio da Índia, exportação de açúcar de cana rendeu 21% aos paranaenses em 2023

Os produtores paranaenses de açúcar tiveram um bom ano em 2023. Em valores, a exportação do produto cresceu 21%, ainda que o volume destinado ao Exterior tenha decrescido 3,7%.

Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de janeiro a 1º de fevereiro. O documento, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), toma como base o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio do agronegócio.

Em 2023 os produtores do Paraná exportaram 2,59 milhões de toneladas de açúcar contra 2,69 milhões no ano anterior. No entanto, a melhora nos preços internacionais do produto fez com que entrassem US$ 1,26 bilhão no Estado, ante US$ 1,04 bilhão em 2022.

Uma das razões que influenciaram no valor foi a queda na produção indiana, que levou o país a adquirir o açúcar paranaense, o que não acontecia desde 2020.

Essas compras tiveram importância, mas os principais destinos do açúcar paranaense foram a Argélia, com 352 mil toneladas, e a Malásia, com 324 mil toneladas. Há pelo menos dez anos esses dois mercados mantêm compras regulares, o que supriu a ausência dos russos. Depois de adquirir volume recorde de 1 milhão de toneladas em 2008, a Rússia zerou as compras no ano passado.

A atratividade dos preços do açúcar fez com que o mix de produção paranaense passasse de 45% para 46% o volume direcionado ao adoçante, de acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar Unica. No entanto, com uma safra de 35,2 milhões de toneladas de cana, a produção de etanol também evoluiu, com 1,22 bilhão de litros, ou 12% de crescimento em relação aos 1,09 bilhão de litros de 2022.

Produtividade: IDR-Paraná discutirá manejo de solos compactados no Show Rural
IDR-Paraná leva ao Show Rural agroecologia e ações de conservação do solo e da água

MILHO E SOJA –

O Paraná também fez a melhor exportação de milho na série histórica iniciada em 1997. Foram 4,73 milhões de toneladas em 2023. O recorde anterior tinha sido em 2019, quando foram vendidos 4,7 milhões de toneladas. O cenário nacional também foi de recorde, com 55,8 milhões de toneladas exportados pelo Brasil.

Com o clima favorável na maior parte do tempo, a colheita da soja avançou na última semana. Foram colhidos mais de 400 mil hectares no período, chegando a 19% da área total estimada em 5,8 milhões de hectares. Como ocorreram chuvas, houve uma estabilização em relação a perdas decorrentes da alta temperatura.

BATATA –

O boletim informa que até o momento foram colhidos 12,6 mil hectares de batata da primeira safra, o que representa 86% da superfície de lavoura, restando 2,2 mil hectares. Da área total estimada para a segunda safra, de 11,3 mil hectares, 47% já está semeada, o que representa 5,4 mil hectares. Os núcleos de Guarapuava e Pato Branco estão com 90% das suas expectativas de cultivo no solo.

O preço médio mensal recebido pelos bataticultores em novembro passado foi R$ 52,08 pela saca de 25kg da batata lisa, frente aos R$ 128,90 da semana pretérita de 2024, o acréscimo foi de 147,5%.

CARNE BOVINA –

O preço da arroba do boi gordo vem sendo pressionada nas últimas semanas, fruto do baixo escoamento dos estoques dos abatedouros. No fechamento deste boletim estava cotada a R$ 247,20. No atacado, o dianteiro custava R$ 12,82 o quilo, enquanto o traseiro atingia R$ 20,66.

A vaca mais cara do mundo vendida no Brasil por astronômicos R$ 21 milhões

O mundo dos leilões de gado é repleto de surpresas, e ocasionalmente nos deparamos com momentos que, verdadeiramente, redefinem as expectativas. No coração de São Paulo, uma vaca está fazendo história e chamando a atenção não apenas de fazendeiros e investidores, mas de todos aqueles que apreciam os fascinantes desdobramentos da economia agrícola.

Em um dia aparentemente comum, 21 de junho, Arandú se tornou o centro das atenções de todo o Brasil agrícola. Viatina-19 FIV Mara foi a grande estrela do dia, ao ser arrematada pelo valor inimaginável de R$ 21 milhões. Com esse montante, poderíamos pensar em adquirir uma luxuosa mansão em frente ao icônico Central Park em Nova York ou até mesmo considerar uma aposentadoria precoce, viajando pelos quatro cantos do mundo.

O que torna Viatina-19 tão especial? Nascida em Nova Iguaçu de Goiás, esta vaca de 53 meses já conquistou seu espaço no panteão das mais renomadas vacas Nelore. E não é apenas a qualidade indiscutível da raça que chama atenção, mas também o reflexo de seu valor no mercado global. Agora, sob os cuidados dos renomados criadores Casa Branca Agropastoril, Agropecuária Napemo e Nelore HRO, espera-se que ela continue a elevar o padrão da raça no Brasil e no mundo.

Mas, afinal, o que torna o Nelore tão valioso? Originária da Índia e nomeada em homenagem ao distrito de Nellore, esta raça tem conquistado corações e mercados devido às suas características únicas. Sua pelagem branca e brilhante, pele solta e a icônica corcova são apenas a ponta do iceberg. Adaptados ao calor, os Nelore são dotados de uma pelagem que reflete uma ampla gama de comprimentos de onda de luz e possuem glândulas sudoríparas diferenciadas, tornando-os ideais para climas tropicais como o brasileiro.

A venda recorde de Viatina-19 FIV Mara não é apenas um marco para a raça Nelore, mas também uma representação do potencial e da paixão do Brasil pela agricultura e pecuária. Em um país rico em diversidade e recursos naturais, o gado Nelore prova, mais uma vez, ser uma joia inestimável em nossa coroa agrícola. E, enquanto o mundo observa, o Brasil continua a pavimentar seu caminho como uma potência agrícola, com Viatina-19 liderando o rebanho.

Alunos do Curso Técnico em Agronegócio conhecem agroindústria Queijos Balbinot

Visitas técnicas são oportunidades para os estudantes vivenciarem a realidade do setor agropecuário, conhecerem as diferentes atividades e operações realizadas, e interagirem com profissionais da área, ampliando sua visão e perspectivas.

Para proporcionar maior conhecimento aos alunos do Curso Técnico em Agronegócio do polo de São Miguel do Oeste (SC), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), promoveu juntamente com o Sindicato dos Produtores Rurais de São Miguel do Oeste, uma saída de campo à agroindústria Queijos Balbinot.

A queijaria familiar fica localizada no interior de Guaraciaba (SC) e é administrada pela Técnica em Agroindústria Aline Balbinot e seu esposo Uilian de Valle. “Durante a visita os alunos puderam conhecer a trajetória da agroindústria que, atualmente, produz queijo e doce de leite de maneira artesanal, possuindo inspeção municipal (SIM) e Selo ARTE para todos os produtos. Os estudantes conheceram instalações como o setor de produção, a câmara de estocagem e o setor de embalagem. Também, os proprietários mostraram como todo o leite utilizado na industrialização é proveniente da propriedade”, relatou a coordenadora do polo de SMO Crisline Calasans.

Alunos do curso Técnico em aula pratica

Tanto a agroindústria quanto a produção leiteira da propriedade Balbinot são acompanhadas pelo Programa de Assistência Gerencial (ATeG). No programa voltado à Agroindústria Artesanal, Aline conta com a supervisão da técnica de campo Larissa da Fré. A técnica também é tutora do curso na disciplina de Produção do Agronegócio e Segurança dos Alimentos nas Cadeias Produtivas e esteve acompanhando a visita técnica.

“A Queijos Balbinot conquistou diversas melhorias com o acompanhamento da ATeG. Foi possível aderir o Selo ARTE que permite comercialização nacional, além de reconhecimentos por meio de prêmios nacionais e internacionais. O mais recente foi a participação no Prêmio Nacional ‘ATeG Gestão, Resultado que Alimenta 2023’ na categoria Agroindústria, uma importante demonstração da dedicação e sucesso da família”, frisou a técnica Larissa.

A importância de promover oportunidades aos estudantes foi ressaltada pelo presidente do Sistema Faesc/Senar-SC José Zeferino Pedrozo. “Ao conhecer uma agroindústria próspera como essa os estudantes podem adquirir novas técnicas como produção, manejo e gestão. Importantes habilidades para o bom desenvolvimento da profissão”.

SOBRE O CURSO

“O técnico em Agronegócio formado pelo Senar/SC é um profissional qualificado para a execução de procedimentos de gestão do agronegócio, com competências para o planejamento, organização e controle das atividades de gestão e operação do setor”, explicou a coordenadora da formação técnica do Senar/SC, Kátia Zanela.

O ensino é feito 80% na modalidade online e 20% presencial, totalizando 1.200 horas, ou seja, dois anos. “Sabemos que o agronegócio é um setor dinâmico e em constante evolução, que demanda profissionais qualificados e atualizados.

Por isso, promovemos o ensino gratuito e de qualidade, como forma de contribuir para o desenvolvimento do setor e para a geração de oportunidades”, reforçou o superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi.

Além do Curso Técnico em Agronegócio oferecido em 16 polos catarinenses (Araranguá, Braço do Norte, Campo Alegre, Campos Novos, Canoinhas, Fraiburgo, Joaçaba, Joinville, Lages, Paulo Lopes, Rio do Sul, São Joaquim, São José, São Miguel do Oeste, Seara e Taió).

O estado de Santa Catarina também conta com os seguintes cursos: Técnico em Zootecnia (Braço do Norte, Campo Alegre, Campos Novos, Lages, Rio do Sul e São José); Fruticultura (Fraiburgo e São Joaquim) e Florestas (Polo de Lages).

Sair da versão mobile