Brasil faz história com medalha de bronze por equipes na ginástica artística em Paris

A seleção brasileira de ginástica artística atingiu um feito inédito nas Olimpíadas de Paris ao conquistar a medalha de bronze na final por equipes, marcando o primeiro pódio olímpico coletivo da história do país na modalidade. Este triunfo histórico reflete o amadurecimento e a evolução da ginástica artística no Brasil, além de destacar a importância do investimento contínuo no esporte.

Na terça-feira, 30 de julho, a equipe composta por Júlia Soares, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira alcançou a pontuação total de 164.497, garantindo o bronze. As norte-americanas ficaram com o ouro, somando 171.296 pontos, e as italianas levaram a prata com 165.494 pontos. Esta medalha não apenas simboliza um marco histórico, mas também reforça o potencial e o talento das ginastas brasileiras no cenário internacional.

Júlia Soares, uma das principais atletas do Centro de Excelência em Ginástica do Paraná (Cegin), teve um papel crucial na conquista. Bolsista do programa estadual Geração Olímpica e Paralímpica desde 2017, Júlia brilhou nos exercícios na trave e no solo, obtendo notas de 12.400 e 13.233, respectivamente. Seu desempenho é resultado de anos de dedicação e do apoio contínuo proporcionado pelo programa, patrocinado pela Copel.

A medalha de bronze em Paris é um reflexo do crescimento e amadurecimento da ginástica artística no Brasil. A trajetória recente de pódios individuais, iniciada com Arthur Zanetti nas argolas em Londres 2012, estabeleceu uma base sólida para conquistas futuras. Nos Jogos Rio 2016, o Brasil alcançou três medalhas: duas pratas (Zanetti nas argolas e Diego Hypolito no solo masculino) e um bronze (Artur Nory no solo masculino). Em Tóquio 2020, Rebeca Andrade fez história ao conquistar ouro no salto e prata no individual geral.

O programa Geração Olímpica e Paralímpica tem sido fundamental para o desenvolvimento de atletas e técnicos no Paraná. Desde sua criação em 2011, mais de R$ 55 milhões foram investidos em bolsas, fomentando o crescimento e excelência no esporte. Atualmente, a delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris conta com 63 representantes do Paraná, dos quais 40 recebem apoio do programa.

As ginastas brasileiras ainda têm chances de aumentar o número de medalhas em Paris. Júlia Soares e Rebeca Andrade estão classificadas para a final individual da trave, enquanto Rebeca e Flávia Saraiva competem na final individual geral. Rebeca também defenderá seu título no salto e disputará a final do solo. No masculino, Diogo Soares compete na final do individual geral.

O sucesso da seleção brasileira de ginástica artística em Paris é um testemunho do impacto positivo do programa Geração Olímpica e Paralímpica. Com investimentos significativos e apoio contínuo, o programa tem sido essencial para o desenvolvimento de atletas de elite. A presença expressiva de atletas do Paraná nas Olimpíadas de Paris destaca a eficácia do programa em fomentar talentos e proporcionar oportunidades para conquistas internacionais.

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PR é um dos destinos das 20 milhões de estrangeiros para atendimento médico

Valdenise Rodrigues saiu do Paraguai e veio para o Brasil tratar doença rara (Foto: Valdenise Rodrigues)

Estimativa é de que o movimento cresça até 25% ao ano

Fronteiras são rompidas para que pessoas tenham acesso a saúde de qualidade, e muitas vezes, tratamentos e cirurgias mais acessíveis. Segundo o guia especializado Patients Beyond Borders, 20 milhões de pessoas viajam para outros países para receber atendimento médico, ao ano. Entre as principais características dos países que recebem os pacientes, de acordo com o guia, estão: investimento do governo e do setor privado em infraestrutura de saúde; compromisso com a acreditação internacional, garantia de qualidade e transparência de resultados; potencial de redução de custos em procedimentos médicos e reputação sustentada de excelência clínica.

A expectativa, segundo a Patients Beyond Borders, é de que esse movimento cresça entre 15% e 25%. Um reflexo disso pode ser observado no Brasil. O neurocirurgião pediátrico Dr. Alexandre Canheu relata que a demanda por atendimento a pacientes paraguaios, por exemplo, em seu consultório em Londrina, no Paraná, é crescente ao longo dos últimos 2 anos, quando ainda não havia atendido nenhum paraguaio, e neste ano já soma 4 cirurgias feitas em pessoas vindas do país vizinho. Tendo também pacientes dos EUA, Inglaterra e Austrália. O atendimento é focado em doenças raras e malformações, como cranioestenoses, hidrocefalia, complicações provocadas pela prematuridade e outras condições que afetam o sistema nervoso principalmente de bebês e crianças.

“Um fator que tem contribuído para o aumento de pacientes de fora do Brasil no meu consultório é a facilidade que as redes sociais proporcionam para difundir informação de qualidade a respeito das doenças. No meu Instagram produzo conteúdos tirando dúvidas e disponibilizo esclarecimentos sobre os procedimentos realizados na clínica. Isso tudo aproxima quem busca por atendimento especializado e, muitas vezes, não encontra na cidade ou país em que mora. A consulta online é uma forma de estabelecer o primeiro contato com o paciente e, em seguida, encaminhar para exames e consultas presenciais, possibilitando o diagnóstico e a facilidade para quem vive longe de um centro especializado, como temos em Londrina”, explica Canheu.

Nos últimos anos o número de médicos no estado paranaense dobrou. São 37.144 segundo o levantamento Demografia Médica 2024. A média de profissionais no estado é de 3,2 para cada mil habitantes, posicionada como maior que a nacional, de 2,81.

Valdenise Rodrigues, de 34 anos, é moradora de Encarnación, no Paraguai, e viveu durante oito anos com dores crônicas em todo o corpo. Após passar por vários médicos de diferentes especialidades e cinco neurologistas, a consultora de imagem foi diagnosticada com siringomielia. Ela veio para o Brasil e realizou uma cirurgia no Hospital Evangélico de Londrina que, em poucos dias, devolveu a ela qualidade de vida.

A siringomielia é caracterizada por uma cavidade cheia de líquido que se forma na medula espinhal, causando dores e perda de sensibilidade. No caso de Valdenise, a dor sentida por muitos anos chegou a afetar o humor e sua relação com familiares e amigos, “chegou a um ponto em que todos diziam que eu estava insuportável, porque eu ficava o tempo todo à flor da pele”, ressalta. A paciente encontrou o neurocirurgião em Londrina por meio da indicação de uma amiga, Bianca Webber, que conheceu o especialista por meio da Internet.



Bianca é outro exemplo, a moradora de uma comunidade rural em Naranjito, no Paraguai, enfrentou uma jornada para conseguir tratamento para o filho, Ícaro Ezequiel Wolfart , de cinco meses. O pequeno nasceu sem espaço suficiente no crânio para o cérebro se desenvolver, condição diagnosticada como trigonocefalia, um tipo de cranioestenose, caracterizada pelo fechamento das suturas cranianas de forma precoce. Após consultas online com o neurocirurgião pediátrico Alexandre Canheu, o pequeno veio com a família para o Brasil, foi examinado e passou por uma cirurgia de correção, que possibilitou que ele pudesse ter espaço suficiente e evitar danos neurológicos.

“A distância não é mais um obstáculo tão grande por conta da internet possibilitar que pacientes e familiares encontrem especialistas pelo google e redes sociais. É comum que, inicialmente, façamos uma consulta online para entendermos o caso, e em seguida partimos para consultas presenciais, a realização de exames e cirurgias. Isso facilita a vida de quem vem de longe e não encontrou o atendimento que precisava no país natal, seja pela ausência de especialistas ou pela preferência do tratamento médico no Brasil”, conclui Canheu.

Campanha do Estado chega a 13,2 mil toneladas de doações enviadas ao Rio Grande do Sul

A campanha de arrecadação de donativos organizada pelo Gabinete da Primeira-Dama e a Defesa Civil do Paraná em prol do Rio Grande do Sul alcançou a marca de 13,2 mil toneladas. Toda essa ajuda humanitária foi organizada com o apoio de voluntários e servidores do Estado e foi enviada ao estado gaúcho em 557 caminhões. Esse volume foi reunido nas sedes do Corpo de Bombeiros e demais instituições do Estado que participaram da campanha entre os dias 02 e 22 de maio. 

De acordo com um balanço divulgado nesta quinta-feira (23), foram pelo menos 3 mil toneladas de alimentos, 4 mil toneladas de fardos de água mineral e 4,7 mil toneladas de materiais de limpeza e higiene. Os outros itens arrecadados foram roupas, cobertores e ração. Eles foram distribuídos a 64 cidades que sofreram com os impactos severos das enchentes e que estão em estado de calamidade pública. 

Além disso, durante esse período de apoio foi sancionada a lei que criou a Rede Estadual de Ajuda Humanitária, a primeira do País com abrangência nacional, o que permitirá, daqui em diante, auxílio mais célere do Estado em situações extremas. Ela deverá promover ações de respostas rápidas e de caráter humanitário, tanto no Paraná, como em qualquer outro estado da Federação. Ela deve ser um caminho mais fácil para ações de caráter social, podendo contar inclusive com participação de organizações da sociedade civil na execução das medidas.

“Foram mais de 13 mil toneladas arrecadadas. A gente precisava ajudar de alguma forma. Decidimos começar a campanha SOS RS para que o Paraná inteiro se solidarizasse e ajudasse os irmãos gaúchos”, disse a primeira-dama Luciana Saito Massa.

“Os paranaenses foram muito solidários nessa campanha. Tudo foi encaminhado ao posto que estabelecemos em Santa Cruz do Sul (a cerca de 150 km de Porto Alegre) e distribuído aos municípios que estavam nessa área de abrangência”, complementou o coronel Fernando Schunig, coordenador da Defesa Civil.

Ajuda ao RS 

Além da campanha, o Paraná organizou várias frentes de ajuda simultâneas do Rio Grande do Sul: forças policiais estão ajudando nos patrulhamentos, bombeiros estão trabalhando nos resgates, técnicos e caminhões do Instituto Água e Terra estão colaborando na limpeza e abastecimento, técnicos da Sanepar estão auxiliando na retomada do funcionamento das estações e caminhões do DER/PR estão colaborando com a desobstrução de rodovias estaduais e federais. O Estado também disponibilizou veterinários, bolsas de sangue e helicópteros ao estado.

Rio Grande do Sul campanha de arrecadação

De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira (23) pela Defesa Civil gaúcha, são 468 municípios afetados, 65 mil pessoas em abrigos, 72 desaparecidos e 163 óbitos confirmados. Mais de 82 mil pessoas e 12 mil animais já foram resgatados.

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Chuvas já mataram 163 pessoas no Rio Grande do Sul

O governo do Rio Grande do Sul confirmou mais uma morte em decorrência das fortes chuvas que atingem o estado desde o fim de abril. Com isso, o número de óbitos subiu para 163. A informação consta na atualização do boletim da Defesa Civil gaúcha, divulgado na manhã desta quinta-feira-feira (22). Neste momento, 72 pessoas continuam desaparecidas e a tragédia deixou feridas 806 pessoas.

No maior desastre climático do estado, mais de 647 mil gaúchos ainda estão fora de suas residências, vivendo em abrigos, na casa de amigos e parentes ou  em acampamentos à beira de rodovias do estado. Apesar do número de pessoas em abrigos estar diminuindo, ainda são 65.762 desabrigados nesses 805 locais, como quadras, salões e abrigos. O estado também registra 581.643 desalojados.

Comitiva de Portugal visita a Alep

A Assembleia Legislativa do Paraná recebeu na tarde desta terça-feira (16) a visita de uma comitiva de prefeitos e lideranças de Portugal, que representam as cidades da Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM), localizada no Norte do país.

“É uma honra receber uma comitiva tão importante, de um país que nós admiramos tanto e que faz parte da nossa história”, afirmou a deputada Maria Victoria (PP), 2ª secretária, ao dar as boas-vindas a comitiva, durante a abertura da sessão plenária.

O 1ª vice-presidente da Assembleia, deputado Marcel Micheletto (PL), que presidiu a sessão ordinária nesta tarde, também enalteceu a importância da presença da missão internacional. “Ficamos felizes por essa troca de experiências”, declarou. Ele disse confiar que essa aproximação poderá contribuir para levar cada vez mais qualidade de vida ao povo português. “E, lógico, aos paranaenses”, pontuou. “É um privilégio para todos nós poder conhecer e conhecer as experiências dos paranaenses”, afirmou o prefeito da cidade de Barcelos, Mário Constantino Lopes, que falou em Plenário, e apresentou as seis cidades da região.

O prefeito Constantino Lopes explicou que a finalidade da missão internacional é aprender, compartilhar e aproximar investidores europeus das inovações implementadas no Paraná. “É uma oportunidade única para a troca de experiências”, frisou. Para ele, esse aprofundamento das parcerias internacionais, configuram oportunidades de futuros entendimentos e projetos, na constituição de novas sinergias. “Queremos trabalhar lado a lado para um futuro mais próspero”, acrescentou.

https://storage.assembleia.pr.leg.br/noticias/audios-publicador/43692/prefeito%20portugal.mp3Durante uma reunião, que antecedeu a participação em Plenário, com a deputada Maria Victoria e o deputado Requião Filho (PT), presidente da Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais, a comitiva detalhou alguns encontros já realizados com autoridades do estado. Também externou o propósito de conhecer de perto o ecossistema do Paraná e a infraestrutura que conduziu Curitiba, a Capital paranaense, a conquistar o título de “Cidade Mais Inteligente do Mundo”.

Elogiaram iniciativas que resultaram na implantação de projetos com energia limpa e demonstraram interesse especial em conhecer mais sobre o Plano Estadual de Hidrogênio Renovável. A Política Estadual do Hidrogênio Renovável (Lei 21.454/2023) foi proposta pelos deputados Maria Victoria, Alexandre Curi (PSD) e Luis Corti (PSB).

O texto teve contribuições da sociedade, de especialistas, do setor produtivo e do Governo do Estado. Os participantes da comitiva reconheceram ainda a importância dos Estados frente aos impactos econômicos, ambientais, tecnológicos, tanto quanto a sua relevância para o desenvolvimento sustentável da região Sul do Brasil.

Participaram também do encontro o cônsul André bandeira, da República Portuguesa no Paraná e em Portugal; Marcus Von Bostel, diretor de inovação e desenvolvimento, da Secretaria Estadual de Inovação do Paraná (SEI); Rodolfo Zanin Feijó, assessor especial de assuntos internacionais da Prefeitura de Curitiba; Alexandre Teixeira, conselheiro consular da Câmara Paranaense de Comércio e Indústria Brasil-Portugal; e Antônio Francisco Corrêa Athayde e Adriano Greco da Fonseca, ambos também da Câmara de Comércio e representantes da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil.

Missão Paraná

A Comunidade Intermunicipal do Cávado engloba as cidades de Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde. Constituída por escritura pública, em 2008, a CIM é estruturada pela bacia do Rio Cávado e desenvolve-se no sentido Sudoeste e Nordeste. Em 2021, a população da região contava com cerca de 416.652 mil pessoas.

O Cávado foi uma das regiões portuguesas escolhidas pela União Europeia para o combate às alterações climáticas, de acordo com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu e da Estratégia para a adaptação às alterações climáticas.

A comitiva portuguesa, que integra a Missão Paraná 2024, é formada por  Rafael Amorim, primeiro-secretário executivo intermunicipal da Região do Cávado (Norte de Portugal ); Manuel Rocha Moreira, prefeito de Amares; Ricardo Rio, prefeito do Distrito de Braga; Dr. Manuel Tibo, do município de Terras do Bouro, onde está localizado o Parque Nacional do Gerês, que deseja manter um protocolo de germinação com o Parque Nacional de Foz do Iguaçu; Benjamim Pereira, presidente da Câmara Municipal Esposende; Drª Júlia Maria C. Rodrigues Fernandes, prefeita do município de Vila Verde; Rita Silva, assessora de comunicação e mídias da Região do Cávado; Adriano Fidalgo, diretor-executivo do Astrolábio S.A.; Angela de Paula, consultora de negócios internacionais; e Joshua Moreira, da Founder FollowUp Global & CSO InternacionalEASY, além do Mário Constantino Lopes.  Eles permanecem na Capital do Estado até quarta-feira (17) e depois seguem para a cidade de Foz do Iguaçu.

O projeto InternacionalEASY é um programa idealizado por Follow-Up Global sob orientação estratégica de Astrolábio S.A., e que tem por objeto estreitar relações de parceria e transações econômicas entre comunidades de governança, do sistema cientifico e tecnológico, do tecido empresarial e investidores da sociedade civil num contexto de quíntupla hélice entre a Região Norte de Portugal e o Estado do Paraná.

Semana de luta pelos direitos dos povos indígenas no Paraná

“Nesta primeira semana do mês de abril celebramos a Semana Ângelo Kretã de luta pelos direitos dos povos indígenas no Paraná e homenageamos a memória de uma das mais importantes lideranças indígenas do país, que dedicou sua vida à luta pelos direitos dos povos indígenas do nosso estado e do país”, disse o deputado Goura (PDT), nesta terça-feira (2), ao fazer uso da tribuna no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.

Goura lembrou que a Semana Ângelo Kretã foi instituída pela Lei n. º 20.359 de 27 de outubro de 2020. “Essa lei é resultado da aprovação, por unanimidade, do Projeto de Lei 403 de junho de 2020 de nossa autoria, que teve por objetivo reconhecer a importância da luta dos povos indígenas”, lembrou ele.

“Esse também é um período para debates, palestras, cursos e outras atividades culturais e de comunicação social para resgatar a história de luta pelos direitos indígenas no Paraná. Todas essas atividades devem ter como objetivo valorizar a presença e a importância dos povos indígenas na formação do Paraná”, destacou.

O deputado disse que essa Lei é uma forma de reconhecer a importância da luta dos povos indígenas. “Uma das lutas políticas mais legítimas do país. Devemos lembrar que a vida de Ângelo Kretã não foi em vão. Que ele segue inspirando a luta pelo direito à terra e ao respeito aos povos da floresta.”

“Somos contra o Marco Temporal e apoiamos a luta dos povos indígenas”, declarou da tribuna.

Líder Político

Ângelo Kretã é considerado a maior liderança indígena do Sul do país. Vivia na Aldeia Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná. Foi eleito em 1976, em plena ditadura, o primeiro vereador indígena pelo movimento democrático brasileiro (MDB), o que lhe garantiu projeção nacional.

Em 1980, Kretã sofreu um “acidente de carro” em uma estrada perto de sua aldeia. Sua morte causou comoção nacional e a convicção das lideranças indígenas de que ele foi vítima de uma emboscada.

“Kretã se tornou conhecido em todo o Brasil por contrariar muitos interesses ao defender, como parlamentar, o que é de direito aos povos originários do Brasil, especialmente a demarcação de suas terras”, enfatizou goura.

Aliado

Goura lembrou que o seu mandato tem sido aliado desde a primeira hora das lutas dos povos indígenas do Paraná. “Fomos nós, que proporcionamos que pela primeira vez na história dessa Assembleia uma liderança indígena fizesse o uso da palavra durante uma sessão e da tribuna do Plenário. Isso aconteceu no dia 27 de março de 2019”, lembrou.

O deputado recordou que o mandato fez duas audiências públicas para tratar da questão indígena no Paraná e que defendeu a criação do Conselho Estadual dos Povos Indígenas desde o início do mandato. “Conselho esse que teve a posse dos seus integrantes na semana passada”, disse.

“Nós sugerimos ao TRE-PR fazer atendimento presencial nas comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras em 2022, ano eleitoral e também exigimos que a Convenção 169 da OIT seja respeitada e que governos, empresas façam as necessárias oitivas das comunidades indígenas e de pescadores artesanais do Litoral do Paraná no processo de licenciamento de grandes empreendimentos”, destacou.

Projetos

O deputado Goura lembrou que dois projetos de lei de sua autoria tramitam na Assembleia com temas relacionados aos povos indígenas.

O primeiro é o PL 665/2021 que garante cota para indígenas em concursos públicos no Paraná e altera a Lei 14.274/2003. “Este projeto garante 10% das vagas dos concursos para afrodescendentes. Com o novo texto, o projeto vai garantir também 1% das vagas dos concursos para os indígenas”, disse.

E segundo é o PL 418/2022, que estabelece a oferta de ensino de idiomas indígenas nas escolas estaduais do Paraná. “As escolas estaduais ofertarão, como disciplinas facultativas ou cursos no contraturno, o ensino do idioma guarani, nos municípios que fazem fronteira com o Paraguai e os idiomas guarani, kaingang e xetá nos municípios onde residirem grupos de indígenas aldeados que falem estes idiomas e naquelas escolas onde houver interesse no ensino desses idiomas”, completou Goura.

População Indígena

Segundo o Censo 2022, o Paraná tem 30.460 indígenas em 345 cidades, sendo que 13.887 deles moram em terras de demarcação. Os outros 16.573 indígenas do estado moram fora das regiões demarcadas. O Paraná tem a 14º maior população indígena do País e a segunda maior a região Sul, atrás de Rio Grande do Sul, com 36.096 e à frente de Santa Catarina, que tem 21.541 indígenas.

Excesso de chuvas no Sul provoca queda na produção do milho

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a safra de milho 2023/2024 no Brasil em 117 milhões de toneladas, refletindo uma redução de 10,9% ou 14,3 milhões de toneladas em comparação com a temporada anterior. No Paraná, a semeadura da segunda safra do cereal teve início neste mês de janeiro, tradição na região Sul devido às temperaturas rigorosas no inverno.

A primeira safra de milho, representando 20,7% da produção total do cereal, enfrenta desafios como precipitações elevadas no Sul e baixa pluviosidade no Centro-Oeste, associadas a temperaturas altas durante o plantio, impactando negativamente a área e produtividade.

Em Santa Catarina, a  cultura foi prejudicada pelas chuvas intensas que ocorreram desde o plantio até a colheita, ainda em andamento.

“A planta não teve a luminosidade adequada para se desenvolver, pois choveu durante semanas seguidas. Agora, os produtores enfrentam dificuldades para colher o cereal, pois o grão está muito úmido, chegando a 35% de umidade”, afirma a responsável pelo setor de beneficiamento da empresa Turamix Beneficiamento de Cereais, de Maracajá (SC), Géssica Medeiros.

Segundo ela, estimativas apontam quebra de 40% a  50% na produção do cereal no estado catarinense. “Em algumas regiões, os produtores têm que aguardar a melhora do tempo, pois as chuvas não dão trégua. Esse excesso de umidade faz com que milho tenha falhas no desenvolvimento, como doenças no pé da planta e grãos falhados e verdes”, explica Géssica.

A empresa Turamix auxilia os produtores com um aparelho portátil para medir a umidade dos grãos no campo. “O aparelho é útil para orientar os produtores sobre o melhor momento de colher”, afirma.

Diante desse cenário desafiador, a Loc Solution, empresa paranaense detentora da marca Motomco de equipamentos para controle de umidade de grãos, destaca seu compromisso em apoiar os produtores, oferecendo soluções para minimizar os danos causados por condições climáticas adversas.

Fernanda Rodrigues da Silva, gerente de Relacionamento com o Cliente da Loc Solution, ressalta a importância da adoção de tecnologias para aprimorar a colheita e garantir a qualidade dos grãos.

 “Monitorar o grão em condições adversas é fundamental para reduzir os impactos negativos de secolher com umidade excessiva. Com o medidor de umidade é possível saber a quantidade exata de água contida no grão. O percentual de umidade é que determina o valor do grão”, afirma Fernanda.

O engenheiro agrônomo, também  da Loc Solution, Roney Smolareck, reforça que o problema de umidade, principalmente na região Sul do país, poderá ser um grande desafio a ser enfrentado pelos produtores este ano. Ele recomenda monitorar os grãos, com muita antecedência.

“Quanto menor a umidade durante a colheita, menores serão os gastos com a secagem do grão. Os índices para armazenagem, por exemplo, devem ficar entre em 14%,  conforme determina o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, afirma o engenheiro agrônomo.

Ele ressalta que, se o agricultor possuir secadores para o processo de secagem artificial,  é possível realizar a colheita com até 25% de umidade. Caso ele não tenha essa tecnologia na propriedade, a secagem será feita pelo armazém comprador até chegar a 14%. Esse custo com a secagem é descontado pelo comprador”, explica Smolarek.

Governo inicia testes para levar conexão de internet via satélite a áreas rurais do Paraná

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), iniciou testes com equipamentos para conexão de internet via satélite para auxiliar no atendimento de áreas rurais com baixa conectividade. Inicialmente, os testes ocorrem em dois locais urbanos para avaliar a funcionalidade do equipamento. Trata-se de uma ação conjunta com a Telecomunicações Brasileiras S.A. – Telebras, vinculada ao Ministério das Comunicações, que fornece soluções de conexão.

O aparelho que compõe a solução de Terminais Transportáveis Telebras por Satélite – (T3SAT) foi instalado no quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Paraná, em Curitiba, nesta quinta-feira (18). Na sexta-feira (19), as atividades ocorrerão na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais. O objetivo também é promover capacitação de policiais do setor de Desenvolvimento Tecnológico e Qualidade para manuseio e uso do equipamento, aproveitando a capilaridade da corporação para auxiliar na expansão.

Nas próximas semanas os testes se intensificarão através de uma operação com drones da PM na região rural de Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, e com uma unidade fixa na Ilha de Medeiros, em Guaraqueçaba, no Litoral, em uma ação conjunta com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). Estão programados mais testes em áreas rurais entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, inclusive em regiões de serra ou de campo, para manuseio do equipamento e análise de resposta.

O T3SAT é utilizado para levar internet para as Terras Indígenas Yanomami nos estados do Amazonas e Roraima. O equipamento tem uma antena e possibilita uma conexão com taxa de transmissão de download de 20 Mbps e de upload de 2 Mbps. Em caso de falta de energia, o dispositivo tem bateria com duração de até oito horas. O modem também possui Wi-Fi embarcado para conexão de aparelhos celulares e computadores.

Os testes são realizados com drones conectados a essa rede para mensurar impacto da velocidade da internet e alcance da conectividade. O objetivo é entender as demandas específicas, que englobam desde o pequeno produtor rural até as empresas com tecnologias mais avançadas em seu maquinário, que necessitam de conectividade maior para a produção.

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“Iniciamos nesta semana os testes com equipamentos para conexão de internet via satélite para suprir a necessidade de áreas onde a conexão por fibra óptica, banda larga e dados móveis é mais difícil. Com o início na área urbana e expansão para regiões rurais vamos entender melhor as diferenças e mapear as possibilidades de avanços”, explicou o secretário da Inovação, Marcelo Rangel.

“Essa avaliação de cobertura do sinal em áreas específicas foi escolhida a partir de um mapa de calor de conectividade. Além disso, a estratégia satelital busca gerar dados públicos para fortalecer estudos em outras regiões”, complementou o diretor de Ecossistemas de Inovação da SEI, Giles Balbinotti.

O major Eduil Nascimento Junior, da Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Qualidade da PM, afirma que a internet nas áreas rurais vai ajudar também as forças de segurança, que executam os trabalhos de Patrulha Rural. “Nós temos um aplicativo da PM que registra boletins de ocorrência, mas nas áreas rurais ainda temos dificuldade de cobertura. É um projeto fantástico para levar internet mais longe”, complementou.

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Comerciantes de Matinhos celebram aumento nas vendas com a revitalização da orla
CONEXÃO NO CAMPO – O projeto-piloto integra o Plano de Conectividade Rural do Paraná, uma ação liderada pela SEI e desenvolvida em conjunto com 17 órgãos públicos, entre secretarias estaduais, estatais e institutos, 15 players do setor privado, como operadoras e empresas de tecnologia, e mais seis entidades representantes da sociedade civil. O objetivo é entender as necessidades específicas de conectividade em áreas de difícil acesso e desenvolver soluções eficazes que supram as demandas dessas comunidades.

No ano passado, a SEI iniciou o processo de estudos e mapeamento para ampliação da conectividade em áreas rurais e remotas de baixo acesso à internet. Foram promovidos mais de 40 encontros e reuniões com os setores envolvidos, finalizados com um workshop validação de estudos e propostas.

Com 154 mil carteiras assinadas, Paraná teve melhor ano da história na Rede Sine em 2023

O Paraná fechou 2023 com o melhor desempenho do País no número de trabalhadores colocados no mercado formal de trabalho pele Rede Sine, que congrega as Agências do Trabalhador de todo o País: 154.584 pessoas conseguiram emprego com carteira assinada no ano passado, o que representa 35% dos 515.181 trabalhadores encaminhados a vagas em todo o Brasil e 78% das 198.065 colocação dos três estados do Sul.

O resultado também representa o melhor desempenho do Estado na história recente. O recorde anterior tinha sido as 122.083 vagas em 2022, o que representa um avanço de 27% no ano passado. Em sete anos da última década o Paraná ultrapassou a marca de 100 mil empregos, colaborando para a redução da taxa de desemprego, que está no menor patamar da história recente.

São Paulo, que registrou 53.667 encaixes pela Rede Sine, aparece em segundo, seguido do Ceará, que encerrou o ano com 51.446 novos empregos, e o Rio Grande do Sul, com 33.313. Na região Sul, Santa Catarina encerrou o ano na décima posição no ranking nacional, com 9.954 pessoas encaixadas em vagas de emprego nesse sistema.

O Paraná liderou o ranking nacional de intermediação de mão de obra nos 12 meses do ano passado. Foram colocados via Rede Sine 8.689 pessoas em empregos em janeiro, 11.152 em fevereiro, 13.363 em março, 12.079 em abril, 12.297 em maio, 11.822 em junho, 12.440 em julho, 14.705 em agosto, 12.480 em setembro, 12.567 em outubro, 15.064 em novembro e 17.926 em dezembro, o melhor desempenho do ano.

Paraná gera 122 mil empregos em 2023 e tem melhor resultado da Região Sul
Atividade industrial do Paraná alcançou em 2023 o maior patamar desde janeiro de 2012
O secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, destaca que em 2023 a Pasta promoveu 27 mutirões de emprego na Capital, dirigidos a grupos específicos de trabalhadores.

Também foram realizadas ações de empregabilidade em diversas regiões do Estado. “Com o crescimento econômico do Paraná, que resultou na abertura de muitas vagas de emprego, a nossa Secretaria, criada em janeiro de 2023, intensificou o trabalho nas Agências do Trabalhador para a disponibilização do maior número possível de vagas”, diz.

“Os resultados obtidos na área do trabalho confirmam que o Paraná vive atualmente o pleno emprego, com muitas oportunidades para trabalhadoras e trabalhadores. Paralelamente à criação de vagas, abrimos mais de 11 mil oportunidades em cursos gratuitos de qualificação, permitindo a um número significativo de pessoas pudessem obter formação profissional adequada nas áreas em que há maior oferta de emprego, como a indústria e o comércio”, enfatiza.

Nas Agências do Trabalhador, além da possibilidade de inclusão formal no mercado de trabalho, os paranaenses também podem se inscrever em cursos gratuitos de qualificação profissional, atualizar currículos, deixar os nomes em bancos de reserva de vagas, além de adquirir microcrédito, numa ação executada em parceria com a Fomento Paraná, incentivando o empreendedorismo regional.

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