Câncer em animais de estimação cresce e alerta tutores

O câncer é uma das principais causas de morte em animais de estimação, afetando milhares de cães e gatos anualmente. Assim como nos humanos, o câncer pode surgir de diversas formas e afetar diferentes partes do corpo dos animais. Reconhecer os sinais precoces e entender as opções de tratamento disponíveis pode fazer uma diferença significativa na qualidade de vida e no prognóstico dos pets. Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos de câncer que afetam cães e gatos, os sinais de alerta a serem observados e as opções de tratamento disponíveis.

Tipos comuns de câncer em cães e gatos

Linfoma: Este é um dos tipos de câncer mais comuns em cães e gatos. O linfoma afeta os linfócitos, que são células do sistema imunológico. Em cães, o linfoma frequentemente se apresenta com linfonodos aumentados (gânglios linfáticos). Em gatos, pode afetar órgãos internos como o trato gastrointestinal, causando vômitos e perda de apetite.

Carcinoma mamário: Comum em fêmeas não castradas, o carcinoma mamário é um tipo de câncer que afeta as glândulas mamárias. Em gatos, a maioria dos tumores mamários são malignos. Em cães, a taxa de malignidade é menor, mas ainda preocupante.

Mastocitoma: Este tipo de câncer de pele é comum em cães e pode se apresentar como uma massa na pele ou sob a pele. Em gatos, o mastocitoma também pode ocorrer, embora seja menos comum.

Osteossarcoma: Este é um câncer ósseo agressivo mais comum em cães de raças grandes e gigantes. Afeta principalmente os ossos das pernas e pode levar à claudicação (manqueira) e dor intensa. Em gatos, é menos frequente, mas ainda pode ocorrer.

Melanoma: Melanomas são cânceres que surgem das células produtoras de pigmento (melanócitos). Em cães, são frequentemente encontrados na boca e nas patas. Em gatos, são raros, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo.

    Sinais de alerta

    Massas ou caroços: Qualquer massa ou caroço que aparece no corpo do animal e não desaparece deve ser avaliado por um veterinário.

    Perda de peso inexplicável: Perder peso sem uma mudança na dieta ou na rotina de exercícios pode ser um sinal de câncer.

    Fadiga ou letargia: Se o animal está menos ativo e parece cansado sem motivo aparente, isso pode ser um sinal de alerta.

    Dificuldade para comer ou engolir: Problemas para comer ou engolir podem indicar câncer na boca ou no esôfago.

    Sangramentos anormais: Sangramentos nas gengivas, nariz ou outras partes do corpo sem uma causa aparente podem ser sinais de câncer.

    Feridas que não cicatrizam: Feridas que não cicatrizam dentro de um tempo razoável devem ser examinadas.

      Opções de tratamento

      Cirurgia: A remoção cirúrgica do tumor é uma das opções mais comuns, especialmente se o câncer for detectado em estágio inicial.

      Quimioterapia: Utilizada para tratar diversos tipos de câncer, a quimioterapia pode ajudar a reduzir tumores e controlar a propagação da doença. Os efeitos colaterais variam, mas os veterinários ajustam as doses para minimizar o desconforto do animal.

      Radioterapia: Esse tratamento utiliza radiação para matar células cancerígenas e é frequentemente utilizado em tumores que são difíceis de remover cirurgicamente ou que estão localizados em áreas sensíveis.

      Imunoterapia: Uma área emergente no tratamento do câncer em pets, a imunoterapia envolve estimular o sistema imunológico do animal para combater o câncer.

      Cuidados paliativos: Quando o câncer está em estágio avançado e não é mais possível curar, os cuidados paliativos focam em proporcionar conforto e qualidade de vida ao animal.

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        Prevenção e detecção precoce

        A prevenção e a detecção precoce são fundamentais para melhorar as chances de sucesso no tratamento do câncer em animais de estimação. Aqui estão algumas dicas para ajudar a manter seu pet saudável e detectar problemas cedo:

        Exames veterinários regulares: Consultas regulares com o veterinário são essenciais para monitorar a saúde do seu pet e identificar qualquer anomalia o mais cedo possível.

        Manter um estilo de vida saudável: Uma dieta equilibrada, exercícios regulares e controle de peso são fundamentais para a saúde geral do seu pet e podem ajudar a prevenir o câncer.

        Vacinação e controle de parasitas: Manter as vacinas em dia e controlar parasitas como pulgas e carrapatos pode reduzir o risco de certas doenças que podem predispor ao câncer.

        Cuidado com exposição ao sol: Para animais com pele clara ou áreas sem pelo, a exposição prolongada ao sol pode aumentar o risco de câncer de pele. Use protetor solar específico para pets e evite a exposição excessiva.

        Observação atenta: Esteja sempre atento a mudanças no comportamento, aparência e saúde do seu pet. Qualquer alteração deve ser comunicada ao veterinário imediatamente.

        Conclusão

        O diagnóstico de câncer em um animal de estimação é sempre uma notícia difícil de receber, mas com o avanço das opções de tratamento, há mais esperança do que nunca para prolongar a vida dos nossos queridos companheiros com qualidade. A detecção precoce e a intervenção rápida são importantes nesse momento. Donos de pets devem estar atentos aos sinais de alerta e buscar imediatamente a ajuda de um veterinário ao notar qualquer anomalia. Com a abordagem correta, é possível oferecer aos nossos amigos de quatro patas uma vida mais longa e saudável, mesmo diante de um diagnóstico de câncer.

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        Brasil implementa esquema de dose única contra o HPV

        A vacinação contra o HPV no Brasil agora é realizada em dose única, conforme anunciado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite de segunda-feira (1º). Anteriormente, o país adotava um esquema de duas doses para combater a infecção, que é a principal causa do câncer de colo de útero.

        Nísia Trindade enfatizou que uma única vacina oferece proteção vitalícia contra vários tipos de doenças e cânceres associados ao HPV, incluindo o câncer de colo de útero. Ela também solicitou que estados e municípios realizem uma busca ativa por jovens de até 19 anos que ainda não foram vacinados, citando que em 2023 foram administradas 5,6 milhões de doses do imunizante, representando um aumento de 42% em relação a 2022.

        A ministra destacou que a decisão de utilizar apenas uma dose de vacina foi baseada em estudos científicos e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

        A imunização no Brasil é direcionada a meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não foram previamente imunizados, pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos de 9 a 45 anos.

        Em março, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste inovador para detecção de HPV em mulheres, utilizando testagem molecular para detecção do vírus e rastreamento do câncer do colo do útero.

        O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. Estima-se que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil anualmente. Apesar de prevenível, o câncer de colo de útero ainda é uma das principais causas de morte por câncer em mulheres, especialmente entre aquelas de origem negra, com baixo status socioeconômico e baixa escolaridade.

        Mamografias aos 40 e não aos 50 pode salvar vidas

        O câncer de mama continua sendo uma das principais preocupações em saúde para mulheres em todo o mundo. A detecção precoce desempenha um papel fundamental na redução do risco de morte pela doença. Diante disso, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) está propondo novas recomendações que podem salvar a vida de mulheres em risco.

        De acordo com o rascunho da declaração da USPSTF, todas as mulheres com risco médio de câncer de mama devem começar a fazer mamografia aos 40 anos, em contraste com a recomendação anterior de início aos 50 anos. Essa atualização é uma medida significativa que reflete a importância da triagem mais precoce para garantir melhores resultados na luta contra o câncer de mama.

        A proposta da USPSTF alinha-se à recomendação atual da American Câncer Society, que já aconselha as mulheres a iniciar a mamografia aos 40 anos. A vice-presidente da USPSTF, Dra. Wanda Nicholson, destaca que essa atualização salvará mais vidas, enfatizando especialmente a importância da triagem para mulheres negras, que enfrentam um risco 40% maior de morrer de câncer de mama em comparação com suas contrapartes brancas.

        Embora essa proposta seja um passo importante, ainda há muito a ser feito para combater a epidemia de câncer de mama. A Dra. Nicholson enfatiza a necessidade de mais pesquisas para compreender as causas e os mecanismos que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, particularmente entre as mulheres negras, que tendem a ter tumores mais agressivos.

        É essencial ressaltar que a atualização proposta pela USPSTF se aplica a todas as pessoas designadas como mulheres ao nascer, incluindo mulheres cisgênero, homens trans e pessoas não binárias, que estão em risco médio de câncer de mama. Mulheres com histórico familiar de câncer e aquelas com mamas densas geralmente se enquadram nessa categoria. Porém, é importante destacar que mulheres com histórico pessoal de câncer de mama ou histórico familiar de mutações genéticas, como as mutações no gene BRCA, são consideradas de alto risco e não se beneficiarão da nova recomendação.

        O rascunho da declaração de recomendação do USPSTF está disponível em seu site para comentários públicos até 5 de junho, juntamente com um rascunho da revisão de evidências e um rascunho do relatório de modelagem. A força-tarefa solicita uma maior ênfase em pesquisas sobre as desigualdades raciais no câncer de mama e enfatiza a importância de avaliações de acompanhamento equitativas, testes adicionais, biópsias e tratamento para todas as mulheres que recebem resultados anormais de mamografia.

        Em conclusão, a atualização proposta pela USPSTF para iniciar a triagem mamográfica aos 40 anos é um passo bem-vindo na luta contra o câncer de mama. Essa recomendação tem o potencial de salvar vidas e ampliar o acesso à detecção precoce da doença. No entanto, é necessário continuar a pressionar por mais pesquisas e garantir acesso equitativo ao tratamento, a fim de erradicar de uma vez por todas essa doença devastadora que afeta tantas mulheres ao redor do mundo.

        Cientistas descobrem nova técnica para destruir células cancerosas em laboratório

        Pesquisadores descobriram uma maneira inovadora de destruir células cancerosas em laboratório. A técnica envolve a estimulação das moléculas de aminocianina com luz infravermelha próxima, fazendo com que as moléculas vibrem em uníssono e rompam efetivamente as membranas das células cancerosas.

        As aminocianinas são corantes sintéticos comumente usados em bioimagem para detectar câncer e demonstraram estabilidade na água e uma forte afinidade para se ligarem às superfícies das células. Anteriormente utilizadas em baixas doses, essas moléculas estão agora na vanguarda de uma nova e poderosa técnica.

        O estudo, detalhado por Ciceron Ayala-Orozco da Rice University e publicado na Nature Chemistry, explica como o mecanismo de vibração funciona. As vibrações criam plasmons, que são movimentos coletivos de elétrons através da molécula, resultando em ação mecânica que pode romper a membrana das células cancerosas.

        James Tour, químico da Rice University, descreveu essa inovação como “uma geração totalmente nova de máquinas moleculares que chamamos de martelos pneumáticos moleculares”.

        Ele enfatiza sua velocidade, sendo “mais de um milhão de vezes mais rápido em seu movimento mecânico do que os antigos motores do tipo Feringa”, e o fato de que eles são ativados com luz infravermelha próxima, o que permite uma penetração mais profunda no corpo sem cirurgia.

        O método do martelo pneumático molecular tem sido altamente eficaz em testes de laboratório com células cancerosas cultivadas e foi testado em camundongos com tumores de melanoma com resultados notáveis.

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