STF investe R$ 38 mil em gravatas para presentear visitantes

O Supremo Tribunal Federal (STF) encomendou cem gravatas temáticas com estampas que remetem ao edifício-sede da corte, ao custo unitário de R$ 384, totalizando R$ 38.475. Além das gravatas, lenços também foram adquiridos para compor os presentes institucionais. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, explicou que os itens serão usados como retribuição em visitas oficiais, quando ministros receberem ou oferecerem lembranças.

Barroso destacou que a iniciativa é uma forma “gentil” de retribuir os presentes recebidos durante eventos oficiais. “Nós recebemos muitas visitas ou visitamos lugares em que as pessoas nos dão presentes. E, portanto, foi uma forma que nós encontramos, gentil, de retribuir os eventuais presentes que recebemos com uma gravata que tem o símbolo do Supremo Tribunal Federal e que, se permitirem aí, modéstia à parte, ficou muito bonitinho”, afirmou.

Cada um dos ministros e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, já receberam uma gravata, enquanto a ministra Cármen Lúcia ganhou um lenço. A maioria das peças, no entanto, será colocada à venda na Livraria do STF, e os valores arrecadados retornarão aos cofres da União. A loja do Supremo já comercializa itens como livros, canetas, cadernos e chaveiros, mas as gravatas e lenços ainda não estão disponíveis no site.

Os pagamentos são realizados por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU), um documento instituído pelo Ministério da Fazenda para arrecadações de órgãos públicos. O fornecedor dos acessórios é a empresa Aragem Rio Comércio e Design de Estamparia.

Durante o lançamento dos modelos, na quinta-feira (6), Barroso brincou com o que chamou de “STF Fashion”. Na sessão plenária, todos os ministros usaram as gravatas, enquanto Cármen Lúcia exibiu o lenço. “Faço apenas o registro, porque não passará despercebido, do novo departamento, o STF fashion. Nós lançamos uma gravata do Supremo Tribunal Federal, que todos estamos utilizando, e, para as mulheres, um lenço belíssimo, como o que está com a ministra Cármen Lúcia”, disse, rindo.

Após a aposentadoria de Rosa Weber, em setembro de 2023, Cármen Lúcia é a única mulher entre os 11 integrantes do STF. A compra das gravatas e lenços gerou discussões sobre o uso de recursos públicos, mas o STF reforça que os valores arrecadados com a venda dos itens serão revertidos para a União.