Sol entra em fase crítica e registra nova erupção extrema

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Os últimos dias têm revelado uma atividade solar fora do comum. Em menos de uma semana, o astro registrou três erupções de classe X — o nível mais intenso na escala de radiação — e, agora, uma nova explosão voltou a chamar a atenção da comunidade científica. A erupção desta sexta-feira, classificada como X4, ocorreu apenas 72 horas após um evento ainda maior, o X5.2, o mais forte registrado em 2025 até o momento. Essa sequência reforça um comportamento típico dos picos do ciclo solar, mas com intensidade capaz de gerar impactos perceptíveis na Terra.

A explosão mais recente partiu da mesma região turbulenta que vem protagonizando a semana, o grupo de manchas solares AR4274. A atividade tem sido acompanhada de perto por instituições internacionais devido ao potencial de interferência em comunicações, sistemas de navegação e no campo magnético terrestre.

Por que o Sol está tão ativo?

Para entender o fenômeno, é preciso lembrar que o Sol segue um ciclo de aproximadamente 11 anos. Atualmente, vivemos o chamado Ciclo Solar 25, período em que a atividade magnética tende a atingir seu auge, com aumento das manchas solares e maior probabilidade de erupções.

Essas manchas representam áreas de intensa concentração de energia. Quando as linhas magnéticas se torcem e rompem, ocorre a liberação abrupta de plasma, campos magnéticos e radiação — as chamadas erupções solares. A NASA classifica esses eventos usando uma escala baseada na intensidade dos raios-X emitidos: A, B, C, M e X. Cada categoria é dez vezes mais forte que a anterior, e, dentro delas, os números indicam o grau adicional de potência. Assim, um X4 é quatro vezes mais intenso que um X1.

A cada 27 dias, aproximadamente, o Sol completa sua rotação, fazendo com que determinadas manchas desapareçam temporariamente da vista da Terra para depois retornarem.

Sol entra em fase crítica e registra nova erupção extrema
Foto: NOAA/GOES

A erupção desta madrugada ocorreu às 4h30 (horário de Brasília) e rapidamente provocou efeitos no lado iluminado da Terra. Segundo o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC), houve apagões de rádio classificados como R3 — considerados fortes — especialmente na África central e oriental. Essas interrupções acontecem quando a radiação solar ioniza camadas da atmosfera, prejudicando sinais de alta frequência, essenciais para comunicações aéreas e marítimas.

O evento também lançou uma ejeção de massa coronal (CME), uma nuvem de plasma que se desloca pelo espaço. Como a região ativa está prestes a girar para a face oculta do Sol, a CME deve atingir a Terra apenas de forma tangencial. Modelos da NASA indicam que o choque pode ocorrer no domingo (16), com chance de tempestades geomagnéticas leves a moderadas (G1 a G2). Esses fenômenos podem afetar redes elétricas, sistemas de GPS e até gerar auroras em latitudes mais elevadas.

Regiões solares que exigem monitoramento

O grupo AR4274 segue como o principal foco de atenção. Apesar de ter perdido parte de suas manchas periféricas, o núcleo da região continua crescendo e pode gerar novas explosões moderadas ou até intensas. Outras áreas também despertam interesse dos pesquisadores: a AR4276, que mesmo menos complexa registrou sete pequenas erupções em 24 horas, e a AR4280, que apresentou leve expansão.

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