Nesta manhã, os preços da soja apresentam uma leve queda, com a cotação para março na CBOT sendo de US$ 1.073,75, uma redução de 1,25 ponto, conforme informou a TF Agroeconômica. Essa tendência de baixa é influenciada pela queda nos preços do óleo de soja, em razão da expectativa de aumento nas importações de óleo de canola do Canadá para os Estados Unidos.
Além disso, o impacto contínuo das tarifas sobre as importações chinesas e a leve recuperação das chuvas nas regiões produtoras da Argentina também contribuem para essa movimentação no mercado.
A queda no preço é atribuída a uma série de elementos interligados, sendo o principal a baixa nos preços do óleo de soja, devido à expectativa de um aumento nas importações de óleo de canola canadense pelos Estados Unidos. Essa movimentação no mercado de óleos tem gerado um efeito direto sobre a soja, pressionando para baixo os seus preços.
Além disso, a continuidade das tarifas sobre as importações chinesas e a leve recuperação das chuvas nas áreas produtoras da Argentina, que são cruciais para a safra da soja, também contribuem para esse cenário de baixa. De acordo com a TF Agroeconômica, o atraso na colheita no Brasil e a valorização do real frente ao dólar também desempenham papel importante, uma vez que esses fatores aumentam a competitividade das exportações norte-americanas em detrimento das brasileiras, o que impacta diretamente as cotações globais.
Enquanto isso, o mercado do milho apresenta uma leve alta, com o contrato de março da CBOT alcançando US$ 496,50, uma variação positiva de 2,0 pontos. A elevação nos preços do milho está sendo impulsionada por fatores como o adiamento das tarifas impostas pela Casa Branca aos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, como o México e o Canadá, além do atraso na semeadura da safrinha de milho no Brasil, que deve afetar a oferta da commodity.
“Esses fatores têm ajudado a impulsionar o preço do milho, que, apesar das incertezas, ainda se beneficia de uma conjuntura favorável”, afirma a análise. No entanto, a previsão de uma onda de calor na Argentina, que deve atingir as áreas agrícolas do país no fim de semana, coloca em risco o desenvolvimento das lavouras de milho. Como muitas dessas regiões estão na fase crucial de crescimento, qualquer impacto climático pode prejudicar a qualidade e a quantidade da produção, afetando o rendimento futuro das safras.
No que diz respeito ao trigo, o mercado também apresenta uma tendência de alta, com os preços em Chicago e Kansas atingindo US$ 581,25 para o contrato de março, uma elevação de 4,25 pontos. Esse aumento nos preços do trigo está sendo impulsionado principalmente pelo adiamento das tarifas contra o México, que é um mercado essencial para as exportações de trigo dos Estados Unidos. A desaceleração das exportações da região do Mar Negro, um importante produtor de trigo, também contribui para o aumento nos preços, criando um ambiente mais favorável para os produtores norte-americanos.
Outro fator que tem impactado positivamente os preços do trigo é a desvalorização do dólar frente ao euro, o que melhora a competitividade das exportações americanas, tornando o trigo dos EUA mais atrativo no mercado internacional. Essa dinâmica também reforça a alta nos preços, que podem continuar a subir, à medida que os produtores buscam aproveitar as oportunidades geradas pela demanda externa.
Esse cenário de flutuação nas commodities agrícolas evidencia como os fatores internacionais, como políticas tarifárias, clima e variações cambiais, influenciam diretamente os preços e a competitividade dos produtos nos mercados globais. A soja, o milho e o trigo, embora apresentem movimentos distintos, são produtos que estão profundamente interligados com o contexto econômico global, e qualquer alteração no equilíbrio de oferta e demanda pode impactar significativamente os produtores e consumidores.
Com isso, o mercado agrícola se mantém atento às próximas movimentações, especialmente em relação ao clima nas principais regiões produtoras e às decisões políticas que possam afetar o comércio internacional. O ano de 2025 promete ser um período de desafios e oportunidades para os produtores de commodities agrícolas, que precisam se adaptar a um ambiente econômico dinâmico e em constante mudança.