gaby 34

Síndrome de Asperger ou Transtorno do espectro Autista? A mudança da nomenclatura e seus impactos

A terminologia em torno do autismo passou por transformações significativas ao longo dos anos.

Até 2013, a síndrome de Asperger era um termo amplamente utilizado para descrever pessoas com dificuldades na interação social, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos, mas sem atraso cognitivo significativo.

No entanto, essa classificação deixou de existir de forma isolada com a publicação da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), sendo substituída pelo conceito de Transtorno do Espectro Autista (TEA), categorizado por níveis de suporte.

Essa mudança gerou dúvidas e resistências, já que expressões populares como “autismo leve” ou “autismo de alta funcionalidade” continuam a ser amplamente utilizadas, apesar de não serem reconhecidas oficialmente.

Mas o que motivou essa reformulação na classificação do autismo e quais as implicações para o diagnóstico e suporte das pessoas dentro do espectro?

Desde 2013, a síndrome de Asperger foi incorporada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entenda por que a nomenclatura mudou, os impactos no diagnóstico e como isso afeta o suporte às pessoas autistas.

A síndrome de Asperger e sua transição para o TEA

A síndrome de Asperger foi descrita inicialmente pelo pediatra austríaco Hans Asperger em 1944, ao observar crianças com dificuldades de interação social e padrões comportamentais peculiares.

PHILIPS Fone de Ouvido Sem Fio TWS

PHILIPS — Fone de Ouvido Sem Fio (TWS)

Conexão Bluetooth estável para música e podcasts sem interrupções. Autonomia de até 24 horas com o estojo de carga. Som equilibrado para o dia a dia.

  • Emparelhamento rápido
  • Chamadas com microfone integrado
  • Estojo compacto e leve
R$ 111,57 ou 3x de R$ 37,19 sem juros Promoção • Grande desconto
Comprar na Amazon *Preço e condições podem mudar a qualquer momento na Amazon.

Apesar de a classificação ter se consolidado nas décadas seguintes, pesquisadores e especialistas perceberam que a separação entre Asperger e outros tipos de autismo era, na realidade, artificial.

Essa divisão causava barreiras no diagnóstico e na concessão de suporte, pois a linha entre os diferentes subtipos de autismo era muitas vezes subjetiva. Com o DSM-5, o conceito de espectro passou a englobar todos os indivíduos com características autistas, diferenciando-os não por tipos fixos, mas pelo nível de suporte necessário para suas atividades diárias.

Assim, o antigo Asperger passou a ser classificado como TEA de nível 1 de suporte, que engloba pessoas que precisam de pouco suporte para a vida cotidiana, mas ainda enfrentam desafios em interações sociais e flexibilização de rotina.

Mudanças na Classificação Internacional de Doenças (CID)

A Classificação Internacional de Doenças (CID), utilizada mundialmente para padronização de diagnósticos, seguiu uma trajetória semelhante.

Smartphone Xiaomi Redmi Note 14 Midnight Black 8GB RAM 256GB

Smartphone Xiaomi Redmi Note 14 (8GB + 256GB) — Midnight Black

  • Marca: Xiaomi
  • Sistema: Android
  • RAM: 8 GB
  • Armazenamento: 256 GB
  • Tela: 6,67"
R$ 1.018,00 em até 12x de R$ 95,01 com juros Promoção • Grande desconto
Comprar na Amazon *Preço e condições sujeitos a alteração pela Amazon.

Na CID-10, em vigor de 1993 a 2021, o autismo era classificado como um transtorno global do desenvolvimento, e a síndrome de Asperger aparecia como uma categoria separada. Com a adoção da CID-11, em janeiro de 2022, a classificação foi atualizada para alinhar-se ao conceito de espectro, unificando os subtipos em uma só nomenclatura: TEA.

Por que abandonar o termo “autismo leve”?

O termo “autismo leve” ainda é muito utilizado na sociedade, mas especialistas alertam que ele pode ser enganoso. O conceito de leve ou grave depende não apenas das características do indivíduo, mas também do contexto em que ele está inserido.

Uma pessoa com TEA nível 1 de suporte pode não apresentar dificuldades perceptíveis em situações estruturadas, mas enfrentar desafios significativos em ambientes mais dinâmicos e sociais, como no trabalho ou nas relações interpessoais.

Por outro lado, o termo “autismo de alta funcionalidade” também tem limitações, pois foca excessivamente no desempenho cognitivo sem levar em conta os desafios emocionais e sociais que podem ser tão impactantes quanto a capacidade intelectual.

Desde 2013, a síndrome de Asperger foi incorporada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entenda por que a nomenclatura mudou, os impactos no diagnóstico e como isso afeta o suporte às pessoas autistas.

Benefícios da nova abordagem

A unificação dos diagnósticos dentro do espectro autista trouxe diversas vantagens. Entre elas, está a possibilidade de um atendimento mais flexível e individualizado, que leva em consideração as especificidades de cada pessoa, em vez de encaixá-las em categorias fixas.

A nova classificação também facilita o acesso a intervenções, pois, antes, muitas pessoas diagnosticadas com Asperger enfrentavam dificuldades para obter apoio devido à percepção de que suas dificuldades não eram “graves o suficiente”.

Com a compreensão do TEA como um espectro, cada caso é avaliado individualmente, garantindo que o suporte seja adaptado às necessidades reais.

Como lidar com a mudança de terminologia?

Para muitos, a substituição do termo Asperger por TEA nível 1 pode ter sido desconfortável, principalmente para aqueles que se identificavam com a nomenclatura antiga.

No entanto, é importante compreender que a mudança não altera as experiências individuais, mas sim a forma como a condição é compreendida dentro da ciência e da sociedade.

Termos como “autismo leve” e “alta funcionalidade” ainda aparecem com frequência no discurso popular, e é natural que levem tempo para desaparecer. O mais importante é garantir que a abordagem ao TEA continue sendo baseada em compreensão, respeito e suporte adequado para cada indivíduo dentro do espectro.

Rolar para cima
Copyright © Todos os direitos reservados.