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Santa Catarina debate neutralidade política na educação

O Projeto de Lei 0216/2024, de autoria da deputada Ana Campagnolo (PL), está avançando nas comissões da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e provocando intensos debates.

A proposta prevê a implementação do “Programa de Conscientização sobre Ética Profissional para Servidores da Educação do Estado de Santa Catarina”, que estabelece diretrizes de neutralidade política, ideológica e religiosa no ensino público estadual.

O que prevê o projeto de lei?

A proposta tem como um de seus princípios a “Neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado” e impõe a realização de um curso semestral obrigatório para professores da rede estadual catarinense, baseado em um Código de Ética Docente específico.

Os princípios orientadores do programa incluem:

  • Neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado;
  • Reconhecimento da vulnerabilidade do educando como parte mais fraca na relação de aprendizado;
  • Direito dos pais de garantir que seus filhos recebam educação moral conforme suas convicções;
  • Liberdade de crença;
  • Garantia de imparcialidade no tratamento dos estudantes.

Penalidades previstas

O projeto também estipula penalidades para professores que não participarem da formação obrigatória. A ausência por um semestre resultaria em advertência formal, registrada no histórico funcional do docente, podendo impactar sua progressão na carreira e participação em processos seletivos internos.

Já a reincidência, ou seja, a não participação em mais de um semestre consecutivo, poderia levar à abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), o que poderia acarretar sanções mais severas, incluindo a suspensão temporária de suas atividades ou até mesmo a exoneração, dependendo da avaliação do caso pela comissão responsável.

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Além disso, a proposta sugere que a recusa injustificada reiterada à participação na formação seja considerada uma infração grave, sujeita a medidas disciplinares mais rigorosas, o que tem gerado grande preocupação entre sindicatos e associações de professores.

Código de Ética Docente e suas diretrizes

O Código de Ética proposto no projeto busca delimitar a atuação dos professores, reforçando diretrizes como:

  • Proibição de propaganda político-partidária em sala de aula;
  • Apresentação de diferentes versões e perspectivas sobre temas sociopolíticos e econômicos;
  • Garantia da autonomia do aluno na busca pelo conhecimento;
  • Evitar a distorção ou supressão de conteúdos relevantes para o desenvolvimento do aluno.

Para a deputada Ana Campagnolo, o objetivo do código é reforçar a ética profissional, garantindo que os professores atuem sem influências ideológicas e partidárias.

“O desrespeito à neutralidade profissional esperada de agentes estatais reforça a necessidade de regras para fortalecer o compromisso dos professores com os alunos e com a educação”, justificou a parlamentar.

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O Projeto de Lei 0216/2024, que propõe a neutralidade política na educação de Santa Catarina, avança na Alesc e gera polêmica entre professores e parlamentares.

Reações e críticas ao projeto

O avanço do PL gerou forte oposição por parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC). O coordenador da entidade, Evandro Accadrolli, classificou o projeto como um ataque à liberdade de cátedra dos professores e afirmou que não há benefícios concretos à educação catarinense.

“Esse projeto cria uma falsa percepção sobre o papel do professor na sociedade. Na prática, não há essa suposta doutrinação política nas salas de aula. A educação catarinense tem desafios mais urgentes, como a melhoria da infraestrutura e a valorização dos docentes”, argumentou Accadrolli.

O sindicato também aponta que a proposta pode desviar o foco dos verdadeiros problemas enfrentados pela educação no estado. “Enquanto discutimos um suposto viés político no ensino, as escolas continuam com infraestrutura precária e falta de investimentos reais”, acrescentou o coordenador do Sinte/SC.

Próximos passos do projeto

O projeto já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sob relatoria do deputado Marcius Machado (PL), e da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, relatada por Sérgio Guimarães (União). Agora, a proposta segue para análise da Comissão de Educação, presidida por Luciane Carminatti (PT), antes de ser encaminhada para votação no plenário da Alesc.

Caso aprovado, o programa de ética profissional poderá se tornar obrigatório para todos os professores da rede estadual, estabelecendo um novo marco regulatório para a educação em Santa Catarina.

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