Santa Catarina passará a contar com um novo reforço na saúde pública voltado ao atendimento de mulheres.
O estado será contemplado com um aporte de R$ 10,9 milhões do governo federal, destinado à expansão da Oferta de Cuidados Integrados (OCI) em ginecologia, por meio do programa Agora Tem Especialistas, uma iniciativa do Ministério da Saúde.
Esse recurso tem como finalidade ampliar o acesso a serviços especializados no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco em exames, consultas e procedimentos voltados à saúde ginecológica.
A medida pretende reduzir o tempo de espera por diagnósticos e facilitar o encaminhamento para tratamento de condições como endometriose e sangramentos uterinos não controlados, problemas que impactam significativamente a qualidade de vida de milhões de brasileiras.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil conta com cerca de 95 milhões de mulheres em idade fértil que podem ser beneficiadas por essa política pública. Em Santa Catarina, esse grupo corresponde a aproximadamente 3,4 milhões de pessoas.
A estratégia dos Cuidados Integrados prevê que as unidades de atenção básica encaminhem as pacientes para um conjunto de atendimentos estruturados.
Isso inclui consultas com especialistas, exames como biópsia de endométrio, ultrassonografias, histeroscopia com biópsia e sedação, além de ressonância magnética da pelve e do abdômen inferior. Também estão previstas teleconsultas de retorno ou acompanhamentos presenciais, conforme a necessidade de cada caso.
O foco é realizar exames preventivos e diagnósticos com maior agilidade, garantindo acesso a tratamentos de forma coordenada e eficiente dentro da rede pública.
Avanço na radioterapia do SUS
Além do investimento em ginecologia, o Ministério da Saúde também anunciou um plano de modernização da infraestrutura de tratamento oncológico no país.
Trata-se do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS – Persus II, que busca renovar e ampliar a oferta de serviços de radioterapia em unidades públicas e filantrópicas.
O projeto prevê a substituição de equipamentos antigos, chamados de aceleradores lineares, e a instalação de novos aparelhos em hospitais que possuem as chamadas “casamatas” — estruturas reforçadas que abrigam os equipamentos de radioterapia com segurança, isolando a radiação.
Para viabilizar a iniciativa, o governo federal lançará em 14 de julho um edital de seleção para definir quais unidades hospitalares receberão os novos aparelhos. O investimento previsto para essa etapa é de R$ 400 milhões.
A meta do plano é colocar em funcionamento 121 novos aceleradores lineares até o fim de 2026, aumentando a capacidade de atendimento e melhorando a precisão dos tratamentos contra o câncer. Estima-se que os novos equipamentos possam beneficiar mais de 72 mil pacientes todos os anos em todo o território nacional.
Segundo o Ministério da Saúde, essa ampliação faz parte do esforço contínuo para fortalecer a rede pública de diagnóstico, prevenção e combate ao câncer no país.
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Estudante da área de saúde, Crysne Caroline Bresolin Basquera é especialista em produção de conteúdo local e regional, saúde, redes sociais e governos.