Santa Catarina alcançou um novo marco histórico na exportação de carne suína. Em outubro de 2024, o estado registrou o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica de exportações de carne suína, atrás apenas do recorde registrado em julho deste mesmo ano.
Ao todo, foram exportadas 68 mil toneladas de carne suína, gerando uma receita de US$ 169,4 milhões. Esse desempenho expressivo, com aumento significativo tanto em quantidade quanto em receita, reforça o papel do estado como principal fornecedor brasileiro de carne suína para o mercado global.
Este crescimento acentuado nas exportações, que abrange carne suína in natura, industrializada e miúdos, reflete o trabalho dedicado dos produtores locais, as políticas estaduais de incentivo e a vigilância sanitária rigorosa, fatores que mantêm a carne catarinense altamente competitiva e valorizada no mercado internacional.
Em outubro, a quantidade de carne suína exportada por Santa Catarina aumentou 10,6% em relação ao mês anterior, enquanto a receita cresceu 12,7% no mesmo período. Em comparação a outubro de 2023, o crescimento é ainda mais expressivo: a quantidade exportada subiu 44,8%, e a receita gerada saltou 61,5%. Estes dados, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), indicam que Santa Catarina está se consolidando como líder absoluto nas exportações de carne suína no Brasil.
Entre os principais destinos que impulsionaram esse aumento estão o Japão e as Filipinas. Em comparação a outubro de 2023, as exportações para o Japão aumentaram impressionantes 265,4% em quantidade e 295,2% em receita. Já para as Filipinas, o crescimento foi de 82,3% em quantidade e 78,5% em receita. Esses resultados demonstram o sucesso das estratégias de expansão de mercado e a demanda crescente por carne suína de qualidade proveniente de Santa Catarina.
A excelência da carne suína catarinense é resultado de um sistema de produção que valoriza a qualidade e a sanidade dos animais. O governador Jorginho Mello destacou que o crescimento das exportações é fruto de uma cadeia produtiva sólida e comprometida. “Os números comprovam o empenho de nossos produtores em manter a carne suína catarinense como referência internacional. Esse resultado é o reflexo de uma dedicação constante, das práticas rigorosas de sanidade animal e dos incentivos estaduais que garantem segurança e qualidade,” afirmou Mello.
Para manter os altos padrões exigidos pelo mercado internacional, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, em parceria com empresas como a Cidasc e a Epagri, realiza ações integradas de fiscalização, controle sanitário e apoio técnico aos produtores. Essas práticas asseguram que os plantéis de suínos catarinenses estejam livres de doenças e atendam aos requisitos sanitários rigorosos exigidos pelos países importadores, o que contribui diretamente para o sucesso nas exportações.
Santa Catarina é o estado responsável pela maior parte das exportações brasileiras de carne suína. Nos nove primeiros meses deste ano, o estado foi responsável por 55% da quantidade e 56,7% das receitas totais do Brasil nesse setor. Essa liderança consolidada é resultado de um trabalho constante em toda a cadeia produtiva, que vai desde o aprimoramento das práticas de criação até o desenvolvimento de estratégias de marketing para fortalecer a marca catarinense no exterior.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, o desempenho positivo reflete o comprometimento do setor com a sanidade e qualidade dos produtos. “Santa Catarina exporta carne suína para 73 países, um feito que só é possível devido ao compromisso de todos os envolvidos na cadeia de produção,” destacou Colatto. Essa expansão global reforça o estado como um dos principais produtores de carne suína de alta qualidade e sustentabilidade, atributos que têm sido essenciais para garantir sua competitividade no mercado internacional.
Segundo Alexandre Giehl, analista da Epagri/Cepa, a expectativa é de que o bom desempenho das exportações de carne suína em Santa Catarina continue no último bimestre de 2024. Ele acredita que o estado possa alcançar um novo recorde anual, dado o aumento contínuo da demanda internacional e as cotações elevadas do suíno vivo, que beneficiam os produtores locais. “Com os bons resultados acumulados até agora, a perspectiva é bastante positiva para fechar o ano com uma nova marca histórica nas exportações,” avaliou Giehl.
De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em termos de receita, o total acumulado foi de US$ 1,39 bilhão, representando uma alta de 6,3%. Esses números indicam que 2024 poderá ser um ano de conquistas inéditas para o setor suinocultor catarinense, com potencial para superar os recordes de anos anteriores.
O desempenho de Santa Catarina no setor de exportação não se limita à carne suína. Em outubro, o estado exportou um total de 182,2 mil toneladas de carnes, que incluem, além de suínos, frangos, perus, patos, marrecos e bovinos. Esse montante representa um aumento de 4,9% em relação ao mês anterior e de 33,2% em comparação a outubro de 2023. A receita gerada por essas exportações foi de US$ 399,5 milhões, 3,4% acima do registrado em setembro e 45,1% maior que a receita obtida em outubro de 2023.
No acumulado do ano, entre janeiro e outubro, Santa Catarina exportou 1,63 milhão de toneladas de carnes, um crescimento de 7,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita total gerada foi de US$ 3,40 bilhões, um aumento de 1,6%. Esses resultados refletem a força do setor de proteína animal em Santa Catarina e sua capacidade de adaptação às demandas internacionais, posicionando o estado como um dos maiores exportadores brasileiros.
Para manter o sucesso no mercado internacional, o setor suinocultor de Santa Catarina investe em inovação e sustentabilidade. A utilização de tecnologias avançadas para o controle sanitário e a busca constante por práticas de produção sustentáveis são estratégias que ajudam a diferenciar a carne suína catarinense no mercado global. Essas inovações incluem sistemas de monitoramento da saúde animal, manejo sustentável e práticas que minimizam o impacto ambiental da produção.
A sustentabilidade é uma das prioridades da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, que incentiva os produtores a adotar práticas que preservem os recursos naturais. Além disso, os avanços em sanidade animal, como o controle de doenças, têm sido essenciais para garantir a qualidade da carne catarinense e abrir portas para novos mercados, como os asiáticos, que têm padrões rigorosos de importação.