Em cada geração, há livros que não apenas conquistam leitores, mas constroem universos capazes de transportar multidões para mundos inteiramente novos. Poucas obras alcançaram isso com tanta força quanto O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, um marco da literatura fantástica que moldou não apenas um gênero, mas a forma como encaramos a fantasia em sua grandeza. Publicada entre 1954 e 1955, a trilogia de Tolkien não se limitou a narrar a jornada de Frodo e seus companheiros: ela estabeleceu parâmetros para narrativas épicas, detalhando línguas inventadas, povos com histórias próprias e um mundo coerente e vasto.
As Crônicas de Gelo e Fogo – George R. R. Martin
Se Tolkien foi o pai da fantasia moderna, George R. R. Martin pode ser considerado o responsável por levar o gênero a um patamar de brutalidade realista que conquistou o século XXI. Lançada em 1996 com A Guerra dos Tronos, a série As Crônicas de Gelo e Fogo logo chamou atenção por sua abordagem política, violenta e imprevisível. Westeros, o continente onde se passa grande parte da trama, é um lugar de intrigas palacianas, batalhas épicas e personagens moralmente ambíguos, que se distanciam dos arquétipos clássicos de heróis e vilões.
Enquanto Tolkien nos apresentou o bem e o mal em oposição quase mítica, Martin mergulha nas zonas cinzentas do comportamento humano. Personagens amados podem morrer em uma página, traições acontecem de forma inesperada e o poder é tratado como um jogo cruel, sem espaço para ingenuidade. Apesar de sua dureza, a saga mantém elementos fantásticos poderosos: dragões, magia ancestral e profecias místicas, que se entrelaçam com a luta pelo Trono de Ferro.

Harry Potter – J. K. Rowling
Enquanto Tolkien criou um épico grandioso e Martin apostou na dureza política, J. K. Rowling trouxe a magia para o cotidiano em Harry Potter. Publicada a partir de 1997, a saga conquistou não apenas o público jovem, mas também adultos que viram nas aventuras do bruxinho um retorno à imaginação infantil. Hogwarts tornou-se sinônimo de fantasia, um local onde amizade, coragem e aprendizado se misturam a batalhas contra forças sombrias.
A ligação com Tolkien está na construção de um mundo repleto de mitologia própria. Assim como a Terra-média, o universo de Harry Potter é vasto, com criaturas mágicas, feitiços, objetos encantados e uma narrativa que cresce em intensidade a cada volume. O sucesso da saga foi tamanho que se tornou um fenômeno cultural, com mais de 500 milhões de cópias vendidas no mundo, filmes de bilheteria estrondosa e um legado que se estende até hoje, com peças teatrais, parques temáticos e spin-offs.

A Roda do Tempo – Robert Jordan e Brandon Sanderson
Menos conhecida pelo grande público brasileiro, mas cultuada mundialmente, A Roda do Tempo é uma das sagas mais extensas e detalhadas da literatura fantástica. Escrita originalmente por Robert Jordan a partir de 1990, a série se estende por 14 volumes e um prólogo, sendo finalizada por Brandon Sanderson após a morte de Jordan em 2007.

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Assim como Tolkien, Jordan criou um universo vasto, com povos distintos, culturas detalhadas e uma mitologia que envolve a luta eterna entre a Luz e a Sombra. Os personagens centrais, Rand al’Thor e seus companheiros, vivem uma jornada de amadurecimento e enfrentamento do destino que ecoa o épico de Frodo e Aragorn. O ciclo narrativo da Roda do Tempo se apoia em conceitos de reencarnação, profecias e uma visão cíclica da existência, o que confere à saga uma profundidade filosófica singular.

Conclusão
O que todas essas obras têm em comum é a capacidade de nos transportar, de nos fazer esquecer por algumas horas o mundo real e acreditar em universos que parecem palpáveis. Ler essas sagas é, em essência, um exercício de imaginação coletiva, um mergulho no que há de mais humano: a necessidade de contar e ouvir histórias.
Assim como a Sociedade do Anel se uniu em torno de uma missão, leitores ao redor do mundo encontram nessas sagas um ponto de encontro, um território comum onde a imaginação é livre.
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