Rússia lança submarino nuclear Khabarovsk e intensifica corrida por armas estratégicas com os EUA

Rússia lança submarino nuclear Khabarovsk e intensifica corrida por armas estratégicas com os EUA

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A Rússia deu um novo passo na corrida militar com os Estados Unidos ao lançar seu mais novo submarino nuclear, o Khabarovsk, projetado para operar o temido torpedo Poseidon — frequentemente descrito por analistas como uma arma do “Juízo Final”. A apresentação ocorreu em Severodvinsk, no Ártico, em um evento acompanhado por autoridades de alto escalão, como o ministro da Defesa, Andrei Belousov, e o comandante da Marinha russa, Aleksandr Moiseev.

O Khabarovsk inaugura uma nova geração de submarinos estratégicos. Com cerca de 113 metros de comprimento e capacidade estimada para transportar até seis drones submarinos Poseidon, ele combina armamentos convencionais e nucleares com propulsão avançada a hidrojato, que reduz o ruído e aumenta a furtividade. Segundo a Marinha russa, o navio será baseado na península de Kamchatka para patrulhas no Pacífico.

O lançamento aconteceu poucos dias depois de o presidente Vladimir Putin anunciar novos testes bem-sucedidos do Poseidon, arma revelada em 2018 e que, segundo o Kremlin, pode carregar ogivas nucleares de potência variável, potencialmente devastadoras. Com autonomia praticamente ilimitada graças a um reator nuclear em miniatura, o Poseidon é considerado um dos sistemas mais inovadores e polêmicos do arsenal russo.

Esse movimento militar surge em meio às tensões com Washington, após o governo de Donald Trump não conseguir avanços diplomáticos na guerra da Ucrânia e aumentar sanções contra setores estratégicos russos. Como resposta simbólica, Putin reforça o poderio nuclear do país logo em um momento de incerteza global.

O Khabarovsk permanecerá em testes de mar por até três anos antes de entrar oficialmente em operação. A Marinha russa afirma que a nova unidade ocupa um espaço tático e estratégico intermediário entre submarinos de ataque e modelos lançadores de mísseis balísticos.

A reação norte-americana não demorou. Trump anunciou que os Estados Unidos podem retomar testes nucleares para manter equilíbrio militar com Moscou e a China — embora não tenha especificado se isso envolveria explosões subterrâneas, suspensas desde 1992. Alertas foram emitidos para possíveis testes com o míssil Minuteman-3 no Pacífico, medidas que especialistas veem com preocupação diante do risco de uma nova escalada nuclear mundial.

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