O esporte mundial amanheceu de luto neste domingo (14). O ex-pugilista Ricky Hatton, um dos maiores nomes da história recente do boxe, foi encontrado morto em sua residência em Gee Cross, Hyde, na Inglaterra, aos 46 anos. A notícia, divulgada pelo Manchester Evening News, abalou fãs e colegas de profissão, já que o britânico havia surpreendido ao anunciar recentemente seu retorno aos ringues em um evento previsto para dezembro, em Dubai.
O que se sabe sobre a morte
De acordo com a polícia de Manchester, a casa do ex-campeão foi isolada e o corpo localizado por volta das 6h45 da manhã. As autoridades, no entanto, esclareceram que não há indícios de crime e que a morte não está sendo tratada como suspeita.
A confirmação da tragédia ocorre apenas alguns meses após Hatton declarar que faria uma luta de exibição contra Eisa Al Dah, marcada para 2 de dezembro nos Emirados Árabes Unidos. O anúncio havia gerado grande expectativa entre os fãs do esporte.
A carreira de “The Hitman”
Nascido em Stockport, Inglaterra, Ricky Hatton iniciou sua carreira profissional em 1997, aos 19 anos, e rapidamente conquistou espaço no cenário internacional. Conhecido pelos apelidos The Hitman, The Manchester Mexican e The Pride of Hyde, ele se destacou nas categorias meio-médio-ligeiro e meio-médio, onde conquistou diversos títulos mundiais.
Seu cartel impressiona: foram 48 lutas, com 45 vitórias (32 por nocaute) e apenas três derrotas. Hatton encerrou oficialmente a carreira em 2012, mas em 2022 realizou uma luta de despedida contra o mexicano Marco Antonio Barrera, em Manchester, sua cidade natal.
Vida fora dos ringues
Apesar do sucesso no esporte, a vida de Hatton foi marcada por desafios pessoais. O britânico enfrentou problemas com drogas e crises de saúde mental, chegando a admitir, em entrevistas, que sobreviveu a tentativas de suicídio. No entanto, conseguiu reconstruir sua trajetória com o apoio da família e encontrou novo propósito como promotor de lutas, transmitindo sua experiência para as novas gerações.
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