Réplica do navio de Cristóvão Colombo afunda em Puerto Vallarta após falha no sistema de bombas. Ninguém ficou ferido, e o símbolo local está perdido

Réplica do navio de Colombo naufraga e encerra um dos maiores símbolos turísticos do México

Réplica do navio de Cristóvão Colombo afunda em Puerto Vallarta após falha no sistema de bombas. Ninguém ficou ferido, e o símbolo local está perdido

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Um navio réplica do utilizado por Cristóvão Colombo afundou nesta sexta-feira (10) em Puerto Vallarta, um dos principais destinos turísticos do México. A embarcação, chamada Marigalante, era uma reprodução fiel do galeão Santa Maria, usado pelo navegador genovês em sua expedição de 1492. O naufrágio ocorreu próximo ao Hotel Buenaventura, no estado de Jalisco, e deixou moradores e turistas profundamente abalados.

De acordo com informações divulgadas pelo New York Post e confirmadas pela empresa operadora Pirate Ship Vallarta, a embarcação retornava ao porto para passar por reparos quando começou a apresentar problemas. Testemunhas relataram que o navio de madeira começou a inclinar-se para o lado direito, enquanto a água invadia o porão. As suspeitas iniciais apontam para uma falha no sistema de bombas, possivelmente causada por problemas mecânicos ou elétricos.

Conforme a situação se agravava, a tripulação tentou controlar o alagamento, mas o volume de água aumentou rapidamente. Em poucos minutos, o convés principal foi tomado e o navio começou a afundar diante de dezenas de pessoas que acompanhavam a cena da praia e de outras embarcações. Equipes de resgate e bombeiros chegaram ao local e conseguiram retirar toda a tripulação em segurança, evitando vítimas. Após o naufrágio, barris, cordas e fragmentos de madeira ficaram boiando, compondo um cenário de tristeza e incredulidade.

A Marigalante foi construída em 1987 e lançada ao mar em 1992, durante as comemorações dos 500 anos da chegada de Cristóvão Colombo ao continente americano. Desde então, tornou-se um ícone de Puerto Vallarta, conhecido por seus passeios turísticos e espetáculos temáticos que misturavam história e entretenimento. Os visitantes eram transportados a uma experiência cênica com atores vestidos de piratas, fogos de artifício, jantar e música ao vivo — uma atração que se transformou em cartão-postal da cidade e ponto obrigatório para quem visitava a região.

Com o passar dos anos, a Marigalante deixou de ser apenas uma atração e passou a fazer parte da identidade local. Muitos moradores descreviam o navio como um símbolo de Vallarta, um elo entre o passado histórico das grandes navegações e o espírito acolhedor do litoral mexicano. “A Marigalante era um pedaço da alma de Vallarta”, lamentou a representante cultural Yussara Canales em uma publicação nas redes sociais. “Mais do que um barco, era uma memória viva, um cenário de infância, festas e histórias.”

Em nota oficial enviada ao New York Post, a empresa Pirate Ship Vallarta informou que está prestando apoio psicológico e financeiro aos funcionários que estavam a bordo no momento do incidente. A operadora também garantiu o reembolso integral aos turistas que tinham passeios agendados e anunciou que o navio-irmão da Marigalante será preparado para assumir as atividades nos próximos meses, mantendo viva a tradição dos cruzeiros temáticos na região.

Autoridades locais de Jalisco explicaram que a força das correntes marítimas e o peso da estrutura impediram a tentativa de resgate. Mergulhadores tentaram ancorar cabos para estabilizar a embarcação, mas as condições climáticas não permitiram sua recuperação. O navio agora descansa a poucos metros da costa, tornando-se, ironicamente, parte da história que antes representava — a era dos grandes descobrimentos.

O naufrágio da Marigalante encerra uma jornada de mais de três décadas que unia cultura, turismo e memória histórica. Para Puerto Vallarta, a perda significa muito mais do que o desaparecimento de um barco: representa o fim de um ícone, de uma era de romantismo marítimo e fantasia que encantou gerações. Mesmo submersa, a Marigalante permanecerá viva na lembrança dos que cruzaram suas velas, ouviram o som dos canhões cenográficos e se deixaram levar pela magia de navegar no tempo.

Réplica do navio de Cristóvão Colombo afunda em Puerto Vallarta após falha no sistema de bombas. Ninguém ficou ferido, e o símbolo local está perdido
Foto: Reprodução/Facebook

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