O fascínio mundial pelo Titanic segue produzindo histórias que atravessam gerações. Mais de um século após o naufrágio, um relógio de bolso que pertenceu ao empresário Isidor Straus, passageiro de primeira classe que morreu ao lado da esposa, Ida, voltou ao centro das atenções ao ser arrematado por cerca de R$ 12,6 milhões em um leilão no Reino Unido. A peça de ouro, guardada pela família por décadas, tornou-se oficialmente o item mais caro já leiloado entre os artefatos ligados ao navio.
O relógio, fabricado pela prestigiada marca Jules Jurgensen, acompanhava Isidor Straus na noite de 14 de abril de 1912, quando o Titanic colidiu com um iceberg. Assim como registrado nos relatos históricos e eternizado no cinema, Isidor recusou embarcar em um bote salva-vidas antes de mulheres e crianças, enquanto Ida, sua esposa, decidiu permanecer ao lado dele. Nenhum dos dois sobreviveu ao desastre.
A peça que sobreviveu ao naufrágio
O relógio foi recuperado do corpo de Isidor e devolvido à família junto de outros pertences. A joia havia sido presente de aniversário em 1888, ano em que ele se tornou sócio da loja de departamentos Macy’s, em Nova York. Desde então, o objeto permaneceu guardado entre descendentes, preservado como símbolo da história da família e da tragédia que marcou o século XX.
A venda foi conduzida pela casa Henry Aldridge & Son, especializada em objetos ligados ao Titanic. Além do valor expressivo alcançado pelo relógio, o leilão também incluiu uma carta escrita por Ida Straus, comprada por cerca de R$ 707 mil. Até então, o recorde de venda em artefatos relacionados ao navio pertencia a outro relógio de bolso, entregue ao capitão de um navio que resgatou mais de 700 sobreviventes.
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