Uma nova onda de violência atingiu o sistema prisional do Equador neste fim de semana. Pelo menos 31 detentos morreram e 34 pessoas ficaram feridas, incluindo um policial, durante uma rebelião na penitenciária de Machala, no sudoeste do país. O confronto, que começou na noite de sábado (8) e se estendeu até a madrugada de domingo (9), envolveu facções rivais ligadas ao tráfico de drogas.
Segundo o Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI), o motim teria sido provocado pela resistência de presos à transferência para um novo presídio de segurança máxima em Santa Elena, construído pelo governo do presidente Daniel Noboa. As forças de segurança conseguiram retomar o controle do complexo horas depois, prendendo sete envolvidos.
Moradores próximos ao presídio relataram ter ouvido tiros, explosões e gritos de socorro durante a madrugada. As autoridades informaram que parte das vítimas morreu por asfixia, indicando casos de estrangulamento e enforcamento dentro das celas.
O episódio reacende o alerta sobre o colapso no sistema penitenciário equatoriano, marcado por disputas entre gangues rivais desde 2021, quando mais de 500 detentos foram mortos em massacres dentro de presídios. Mesmo com o estado de conflito armado interno decretado em 2024 e a presença militar nas unidades, a violência segue em alta.
A prisão de Machala já havia sido palco de outro massacre em setembro, com 14 mortos, entre eles um agente penitenciário. Especialistas alertam que o país enfrenta uma escalada de poder do crime organizado, ligado a cartéis internacionais, e que as prisões se tornaram centros de comando do narcotráfico.
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