Rebeca andrade brilha com prata na final individual geral em paris

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a ginasta brasileira Rebeca Andrade brilhou novamente ao conquistar a medalha de prata na final individual geral feminina de ginástica artística. Em um embate histórico com a norte-americana Simone Biles, que ficou com o ouro, Rebeca repetiu seu feito de Tóquio 2020, consolidando-se como uma das maiores atletas do esporte.

A também norte-americana Sunisa Lee, ouro na Olimpíada de Tóquio, garantiu o bronze. Com essa conquista, Rebeca se tornou a brasileira com o maior número de medalhas olímpicas, totalizando quatro.

A competição na final individual geral feminina abrange quatro aparelhos: salto, paralelas assimétricas, trave e solo. As notas obtidas em cada um deles são somadas para determinar a pontuação final das ginastas. Simone Biles alcançou 59.131 pontos, seguida por Rebeca Andrade com 57.932, e Sunisa Lee com 56.465.

A disputa começou no aparelho de salto, onde Simone Biles obteve a maior pontuação, 15.766, mostrando toda a sua habilidade e precisão. Rebeca Andrade, em excelente forma, marcou 15.100 pontos, colocando-se em uma posição competitiva desde o início. Sunisa Lee, por sua vez, sofreu uma falha em um movimento de rotação, o que a deixou com 13.933 pontos. A argelina Kaylia Keymour, inicialmente atrás de Lee, teve sua pontuação revisada para 14.233, superando-a. Flávia Saraiva, outra brasileira na competição, marcou 13.633 pontos.

No segundo aparelho, as paralelas assimétricas, Rebeca Andrade brilhou ao cravar seu exercício e obter 14.666 pontos. Esse desempenho pressionou Simone Biles, que teve que ajustar um movimento, resultando em uma pontuação de 13.733. Esse deslize momentâneo colocou Rebeca temporariamente na liderança. Flávia Saraiva também teve um bom desempenho, alcançando 13.900 pontos.

O terceiro aparelho, a trave, foi crucial para definir a liderança. Simone Biles, pressionada e ocupando provisoriamente o terceiro lugar, executou uma série quase impecável, apesar de um leve desequilíbrio. Sua performance, incluindo uma saída com pirueta dupla, lhe rendeu 14.566 pontos, colocando-a na liderança. Rebeca Andrade precisava de 14.300 pontos para se manter à frente, mas um desequilíbrio maior e um pequeno pulo na saída lhe renderam 14.133 pontos.

Sunisa Lee, apesar de também se desequilibrar, conseguiu 14.000 pontos. Flávia Saraiva teve uma excelente performance com 14.266 pontos, enquanto as italianas Manila Esposito e Alice D’Amato marcaram 14.200 e 14.033 pontos, respectivamente.

Ao iniciar o quarto e último aparelho, o solo, Simone Biles liderava com 44.065 pontos, seguida de perto por Rebeca Andrade com 43.899 pontos. A italiana Alice D’Amato e a argelina Kaylia Keymour também estavam na disputa, mas com pontuações mais baixas. Flávia Saraiva estava na 11ª posição com 40.399 pontos.

Sunisa Lee, a campeã olímpica de Tóquio, obteve 13.666 pontos no solo, garantindo pelo menos a medalha de bronze. Rebeca Andrade precisava de uma pontuação mínima de 12.567 para assegurar a prata e, ao som de “Baile de Favela” de MC João, fez uma apresentação emocionante. Mesmo pisando fora da área em um movimento, sua nota de 14.033 pontos garantiu a medalha de prata.

Para Rebeca conquistar o ouro, Simone Biles precisava marcar menos de 13.868 pontos. No entanto, Biles realizou uma performance impecável, marcando 15.066 pontos e consolidando sua posição no topo do pódio.

Com a conquista da prata em Paris, Rebeca Andrade se tornou a brasileira com o maior número de medalhas olímpicas. Ela já havia conquistado o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio 2020, além do bronze por equipe em Paris 2024. Essa trajetória brilhante reflete sua dedicação, talento e a evolução da ginástica artística brasileira no cenário internacional.

Flávia Saraiva, em sua primeira final individual geral, teve um desempenho notável. Ficando em 9º lugar com 54.032 pontos, ela mostrou sua capacidade de competir entre as melhores do mundo. Sua participação marca um importante passo para sua carreira e para a ginástica artística brasileira.

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