Reajuste de medicamentos eleva inflação ao consumidor em abril, aponta FGV

Alta nos preços de medicamentos e produtos de saúde puxou a inflação ao consumidor em abril, segundo dados da FGV

O aumento nos preços de medicamentos foi o principal fator de alta da inflação ao consumidor em abril, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) por meio do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou variação de 1,41%, representando a maior pressão inflacionária no varejo durante o mês.

No conjunto de itens com maior impacto individual sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) de abril destacaram-se o tomate, com elevação de 16,14%, a batata-inglesa, com 16,18%, a tarifa de eletricidade residencial, que subiu 1,10%, o café em pó, com 6,50%, e medicamentos vasodilatadores para pressão arterial, que tiveram alta de 4,46%.

A inflação ao consumidor, medida pelo IPC-DI, passou de 0,44% em março para 0,52% em abril. Segundo o economista Matheus Dias, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), o reajuste autorizado nos medicamentos em abril foi determinante para esse avanço, superando até mesmo os efeitos da alimentação, que tradicionalmente impactam o índice.

Entre as oito categorias analisadas, quatro apresentaram aumento nas taxas de variação: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,56% para 1,41%), Educação, Leitura e Recreação (de -1,21% para -0,36%), Despesas Diversas (de 0,32% para 0,88%) e Vestuário (de -0,01% para 0,36%).

Outras categorias mostraram desaceleração no período, como Alimentação (de 1,19% para 0,72%), Transportes (de 0,41% para 0,10%), Comunicação (de 0,32% para 0,03%) e Habitação (de 0,52% para 0,48%).

O núcleo do IPC-DI, que exclui itens com variações extremas ou sazonais, teve alta de 0,48% em abril, levemente acima dos 0,46% registrados em março. Do total de 85 itens monitorados, 46 foram excluídos da composição do núcleo.

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Já o índice de difusão, que indica a proporção de itens com aumento de preços, subiu de 62,58% para 66,13% no período, demonstrando que a alta foi mais espalhada entre os produtos e serviços avaliados.

Alta nos preços de medicamentos e produtos de saúde puxou a inflação ao consumidor em abril, segundo dados da FGV

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