Rag’n’Bone Man: A jornada de vida e sucesso do gigante da música britânica

Você já ouviu uma voz tão poderosa que parece te agarrar pela alma? Se sim, provavelmente já conhece Rag’n’Bone Man, o britânico grandalhão que explodiu no cenário musical com “Human” e transformou sua vida de cuidador em East Sussex numa carreira global de tirar o fôlego. Rory Charles Graham – esse é o nome por trás do palco – não é só um cantor de voz grave e marcante; ele é uma história viva de determinação, paixão e um talento que não cabe em rótulos.

Neste artigo, vamos mergulhar na vida e sucesso de Rag’n’Bone Man, desde os dias de adolescência rebelde até os palcos lotados e prêmios nas mãos. Quem é ele? Como chegou tão longe? E o que o torna tão especial? Vem com a gente nessa viagem sonora e humana que vai te fazer admirar ainda mais esse ícone da música!

Quem É Rag’n’Bone Man na Vida Real?

Rag’n’Bone Man é o nome artístico de Rory Graham, nascido em 29 de janeiro de 1985, em Uckfield, uma cidadezinha pacata em East Sussex, Inglaterra. Antes de virar estrela, ele era só um cara comum – barbudo, tatuado e com um vozeirão que ninguém imaginava que ia ecoar pelo mundo. Hoje, com mais de 2 bilhões de streams em “Human” e uma coleção de prêmios, ele é um dos maiores nomes da música britânica. Mas a pergunta que muita gente faz é: de onde veio esse talento? A resposta está na mistura única da sua história, cheia de altos e baixos, que a gente vai te contar agora.

Como Tudo Começou: Uma Infância Fora da Curva

Rory não teve uma infância convencional. Filho de um pai que consertava instrumentos musicais e tinha uma loja de discos, e de uma mãe apaixonada por jazz e soul, ele cresceu rodeado de vinis e guitarras. Desde pequeno, já cantava alto – bem alto – músicas de BB King e Muddy Waters. Mas a escola? Não era o forte dele.

Expulso do colégio aos 12 anos por motivos que ele nunca detalhou muito, Rory foi parar na Uckfield Community Technology College, mas confessa que passava mais tempo dormindo em lojas de CDs com amigos do que estudando. Aos 15, já estava mergulhado na música, fazendo mixtapes de drum and bass e sonhando com um futuro que ninguém ao redor dele conseguia enxergar.

Foi nessa época que ele adotou o apelido “Rag ‘N’ Bonez”, inspirado pela sitcom britânica Steptoe and Son, sobre um pai e filho que vivem de coletar sucata. O nome pegou, e anos depois virou o Rag’n’Bone Man que conhecemos hoje. Mas antes disso, ele ainda tinha um longo caminho pela frente.

Qual Foi o Primeiro Passo na Música?

O pontapé inicial veio na adolescência, quando Rory começou a fazer MCing com um grupo de drum and bass. Ele rimava sobre batidas pesadas em estações de rádio pirata perto de Brighton, pra onde a família se mudou. Mas o rap não era o limite. Aos 19, incentivado pelo pai, ele subiu num palco de um evento de microfone aberto de blues. Com aquele vozeirão grave, o público ficou em choque – e ele também. A reação foi tão forte que Rory percebeu: “É isso que eu quero fazer”. A partir daí, o blues e o hip-hop começaram a se misturar na sua vida, criando um som único que seria sua marca registrada.

De Cuidador a Cantor: Uma Virada Inesperada

Antes da fama, Rory tinha um emprego bem diferente: ele trabalhava como cuidador de pessoas com Síndrome de Down e autismo. Era um serviço que ele amava, influenciado pela irmã mais velha, que tem necessidades especiais. “Se a música não tivesse dado certo, eu teria voltado pra isso”, ele já disse em entrevistas. Durante o dia, cuidava de gente; à noite, se jogava na cena hip-hop de Brighton com o grupo Rum Committee, uma crew local que o ajudou a dar os primeiros passos no palco. Eles abriram shows pra artistas como Pharoahe Monch e KRS-One, e Rory começou a chamar atenção.

Em 2012, ainda sem nenhuma gravação solo oficial, ele foi convidado pra abrir um show da lendária Joan Armatrading no Brighton Dome. Sem material pra vender na noite, ele correu com os produtores do Rum Committee pra criar o EP Bluestown. Com 8 faixas, o projeto misturava hip-hop e blues e fez barulho nos pubs e clubes locais. Foi o primeiro gostinho de que algo grande estava por vir.

Como “Human” Mudou Tudo?

O grande turning point veio em 2016, quando Rory assinou com a Columbia Records e lançou “Human”. A música, com sua letra crua sobre vulnerabilidade (“I’m only human after all”) e uma produção que destaca sua voz de barítono, explodiu. Em poucas semanas, chegou ao topo das paradas em mais de 15 países, incluindo Alemanha, Bélgica e Áustria, e virou hino em séries como Oasis e Jack Ryan. No Reino Unido, ficou em segundo lugar na parada de singles no Natal de 2016, e nos EUA alcançou o topo da Billboard Alternative Songs. Até março de 2025, o clipe já soma 2 bilhões de views no YouTube. Dá pra acreditar?

O álbum Human, lançado em 2017, foi um sucesso instantâneo. Estreou em primeiro lugar no UK Albums Chart e vendeu mais de 750 mil cópias só no Reino Unido, tornando-se o álbum de estreia masculino mais vendido da década 2010. Rory levou pra casa o Brit Critics’ Choice Award em 2017 e o prêmio de Melhor Single Britânico em 2018 por “Human”. De repente, o cara que cantava em pubs estava fazendo shows lotados pelo mundo e colaborando com nomes como Calvin Harris e Gorillaz. Mas o sucesso não subiu à cabeça – ele continuou sendo o mesmo Rory humilde.

Qual o Segredo do Sucesso de Rag’n’Bone Man?

O que faz Rag’n’Bone Man tão especial? Aqui vão alguns pontos:

  • Voz única: Comparada a Tom Waits e Adele, é um misto de “mel e cascalho”, como ele já ouviu dizer.
  • Autenticidade: Rory nunca aprendeu a cantar formalmente – ele simplesmente canta o que sente, e isso ressoa.
  • Histórias reais: Suas letras falam de falhas, amor e vida, com uma honestidade que pega qualquer um.
  • Versatilidade: Ele transita entre blues, soul, hip-hop e pop sem perder a identidade.

Esse combo levou ele de um EP caseiro a discos de platina, mas nem tudo foi fácil.

Desafios Pessoais: Vida Além dos Palcos

Por trás do sucesso, Rory enfrentou seus perrengues. Ele já falou abertamente sobre a pressão da fama e os altos e baixos da vida pessoal. Em 2017, nasceu seu filho Reuben, fruto do relacionamento com Beth Rouy, com quem se casou em 2019. Mas o casamento não durou – eles se separaram pouco depois. “Life by Misadventure”, seu segundo álbum lançado em 2021, reflete essa fase. Com músicas como “Anywhere Away from Here”, ele abriu o coração sobre ser pai, crescer e lidar com um mundo caótico. O disco, que também foi número 1 no Reino Unido, mostrou um lado mais maduro e otimista, mesmo com as cicatrizes.

Rory também é engajado. Ele apoia a AudioActive, uma ONG que ajuda jovens criativos em Brighton, e já declarou apoio ao político Jeremy Corbyn em 2017, dizendo que via nele “um homem que fala com paixão”. Isso mostra que, além da música, ele quer fazer diferença.

O Que Vem Por Aí na Carreira de Rag’n’Bone Man?

Em 2024, Rory lançou seu terceiro álbum, What Do You Believe In?, inspirado numa conversa com o filho sobre a morte da avó. É um trabalho introspectivo, com singles como “Pocket” e colaborações que mantêm seu som fresco. Ele também anunciou uma turnê pelo Reino Unido em 2025, prometendo shows cheios de emoção. Aos 40 anos, Rag’n’Bone Man não mostra sinais de desacelerar – e os fãs agradecem.

Por Que Ele Inspira Tanta Gente?

Rory Graham não é só um cantor – ele é prova de que talento e persistência podem levar longe, mesmo sem um caminho certinho. De expulsão na escola a cuidar de pessoas com deficiência, de rimas em rádio pirata a hits globais, sua trajetória é um tapa na cara de quem acha que sucesso vem fácil. Ele transforma dor em arte e vulnerabilidade em força, e isso fala com milhões de pessoas mundo afora.

O Legado de Um Homem Comum que Virou Gigante

A história de Rag’n’Bone Man é daquelas que a gente ouve e pensa: “Se ele conseguiu, eu também posso”. De Uckfield pro topo das paradas, Rory Graham mostrou que uma voz potente e um coração verdadeiro são o bastante pra conquistar o mundo.

De “Human” a “What Do You Believe In?”, ele não para de evoluir, emocionar e inspirar. Sua vida e seu sucesso são um lembrete de que os melhores artistas não são os que seguem fórmulas, mas os que vivem suas verdades – e cantam elas pra gente. Qual música dele te marcou mais? Conta aí e mergulhe nesse som que é puro sentimento!