Stephen King, um dos maiores mestres do terror e do suspense, possui uma vasta bibliografia repleta de títulos icônicos. No entanto, um de seus livros tornou-se uma obra praticamente inacessível: Rage, publicado originalmente sob o pseudônimo de Richard Bachman. A história por trás dessa proibição é tão impactante quanto a própria trama do livro.
O enredo de Rage
Lançado em 1977, Rage acompanha a história de Charlie Decker, um estudante problemático que, após um ataque de fúria, assassina um professor e mantém sua turma refém em uma sala de aula. Durante o período do sequestro, Charlie inicia um jogo psicológico com seus colegas, expondo segredos e fragilidades em um intenso drama psicológico. A obra mergulha profundamente na mente perturbada do protagonista, explorando temas como bullying, transtornos mentais e violência escolar.
Por que Rage foi banido?
A proibição de Rage ocorreu devido à sua associação com episódios reais de violência escolar. Entre as décadas de 1980 e 1990, o livro foi encontrado entre os pertences de jovens envolvidos em atentados a escolas nos Estados Unidos. Em meio à crescente preocupação com a influência da literatura e da mídia na juventude, Stephen King tomou a decisão voluntária de retirar o livro de circulação, evitando novas conexões entre a obra e tragédias do mundo real.
O caso de Rage levanta discussões sobre liberdade de expressão e responsabilidade dos autores. King defendeu sua decisão argumentando que, embora a literatura não devesse ser culpada por atos violentos, certos conteúdos poderiam ter um impacto imprevisível em mentes vulneráveis.
Desde sua retirada de circulação, Rage tornou-se uma verdadeira raridade literária. Exemplar físico do livro pode alcançar preços altíssimos em sites de revenda, e cópias digitais ilegais circulam na internet. No entanto, King reiterou sua decisão de não permitir uma reedição oficial da obra, tornando-a um dos poucos títulos de sua autoria inacessível ao grande público.
LEIA MAIS: 50 livros de Stephen King para ler!
Conclusão
A história de Rage transcende a ficção, envolvendo questões éticas e sociais complexas. Embora seja um livro banido, sua relevância como objeto de estudo sobre violência e comportamento humano persiste. A decisão de King em retirá-lo do mercado continua sendo debatida, refletindo os desafios enfrentados por escritores cujas obras ressoam de maneiras inesperadas na sociedade.