Projeto de lei propõe liberar coleta artesanal de pinhão em áreas de Reserva Legal no Paraná, com regras ambientais e manejo sustentável.

Projeto de lei propõe liberar coleta de pinhão em áreas protegidas do Paraná

Projeto de lei propõe liberar coleta artesanal de pinhão em áreas de Reserva Legal no Paraná, com regras ambientais e manejo sustentável.

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O deputado estadual Marcelo Rangel (PSD), vice-líder do governo Ratinho Júnior na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), apresentou um projeto de lei que altera a Lei Estadual nº 11.054/1995, conhecida como Lei Florestal do Paraná. A proposta tem como objetivo conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico sustentável, permitindo a coleta artesanal e a comercialização do pinhão em áreas de Reserva Legal, desde que respeitadas normas técnicas e critérios de sustentabilidade.

De acordo com o texto, a atividade só poderá ser realizada mediante autorização prévia do órgão ambiental competente e a apresentação de um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). A coleta, segundo o projeto, não deve comprometer a cobertura vegetal nem afetar a função ecológica das áreas protegidas.

Para o deputado, a proposta busca equilibrar a preservação da Araucária — símbolo dos biomas paranaenses — com o uso sustentável de seus frutos. “A Araucária é símbolo dos nossos biomas, uma árvore de valor inestimável para a cultura e para a economia de diversas comunidades do Paraná. Porém, ela está ameaçada de extinção. Nosso projeto busca equilibrar sua preservação com o uso sustentável de seus frutos, o que é possível com regras claras e manejo responsável”, afirmou Rangel.

O projeto também estabelece obrigações para os responsáveis pela coleta, como o plantio compensatório de mudas de Araucária, preferencialmente em Reservas Legais, Áreas de Preservação Permanente ou áreas de reflorestamento comunitário. Além disso, será exigida a apresentação de relatórios anuais sobre as coletas realizadas e as ações de compensação ambiental. As mudas utilizadas no plantio deverão ter origem comprovada e não poderão ser provenientes de exploração madeireira ilegal.

Segundo Rangel, a medida fortalece a proteção da Araucária e incentiva práticas sustentáveis que valorizam a tradição da coleta do pinhão — uma atividade essencial para pequenos produtores e comunidades tradicionais em diversas regiões do estado.

A justificativa da proposta ressalta que a iniciativa está em conformidade com a Constituição Federal e o Código Florestal Brasileiro (Lei Federal nº 12.651/2012), que permitem o manejo sustentável de produtos florestais não madeireiros, desde que observadas normas técnicas e científicas.

Caso seja aprovada, a nova lei será regulamentada pelo Poder Executivo, que deverá definir critérios adicionais para garantir a efetividade e a segurança ambiental da coleta e comercialização do pinhão. O texto segue agora para análise e votação na Assembleia Legislativa do Paraná.

Projeto de lei propõe liberar coleta artesanal de pinhão em áreas de Reserva Legal no Paraná, com regras ambientais e manejo sustentável.
Foto: Divulgação/Assessoria Parlamentar

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