Com investimento de R$ 10 milhões, o programa Nascer Bem Paraná vai distribuir 10 mil kits para recém-nascidos e apoiar gestantes de famílias vulneráveis.
O prazo para que os municípios do Paraná confirmem participação no programa Nascer Bem Paraná termina nesta sexta-feira (17). A iniciativa, criada pelo Governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), tem como objetivo garantir cuidado integral a gestantes, puérperas, recém-nascidos e bebês de famílias em situação de vulnerabilidade social.
Dos 222 municípios selecionados com base em critérios técnicos, 140 já formalizaram a adesão. A principal ação do programa é a distribuição de 10 mil kits com itens essenciais para recém-nascidos, incluindo carrinho de bebê, roupas, produtos de higiene, acessórios de maternidade e materiais de bem-estar, voltados exclusivamente a famílias em situação de vulnerabilidade. O investimento total é de cerca de R$ 10 milhões.
Para participar, as prefeituras devem assinar um Termo de Adesão, indicar um responsável local pelo programa, organizar o armazenamento dos kits e manter atualizado o cadastro das famílias atendidas. Também é necessário alimentar os sistemas da Sedef com informações sobre o acompanhamento e a prestação de contas.
Segundo o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, os municípios foram selecionados com base em indicadores sociais, como o Índice de Vulnerabilidade das Famílias (IVF-PR), o Índice de Desempenho Municipal – Dimensão Renda (IPDM), a taxa de mortalidade infantil e o número de gestantes que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal. A implantação será gradual, priorizando as localidades com maior necessidade social.
Carboni destacou que o impacto do programa vai além da entrega dos kits. “O Nascer Bem Paraná busca reduzir desigualdades sociais e riscos infantis nos primeiros anos de vida, fortalecendo a política pública de atenção à infância e à maternidade. Para muitas famílias, um carrinho de bebê é um item que muda a rotina, garantindo conforto e segurança ao bebê e aliviando o esforço das mães em longos trajetos”, afirmou.
O programa também prevê acompanhamento das gestantes e das crianças até os mil primeiros dias de vida, considerados fundamentais para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. A execução ocorrerá em parceria com as secretarias municipais de Assistência Social e Saúde.
O atendimento é voltado a gestantes a partir da 28ª semana de gravidez e a puérperas até 30 dias após o parto, inscritas no CadÚnico e beneficiárias do Programa Bolsa Família, com renda per capita de até R$ 665 mensais. Casos de vulnerabilidade extrema, como famílias em situação de desabrigo, com crianças com deficiência ou vítimas de violência doméstica, também poderão ser incluídos mediante relatório social das equipes municipais.
A quantidade inicial de kits foi definida com base na média de nascimentos entre 2020 e 2023, considerando famílias dentro da linha da pobreza. A previsão é de que a entrega aos municípios credenciados ocorra até o fim deste ano.
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