O Paraná encerrou a colheita da segunda safra de feijão com uma produção de 526,6 mil toneladas. Ao somar esse volume à colheita da primeira safra, que alcançou 338 mil toneladas, o estado atingiu um total de aproximadamente 865 mil toneladas em 2025.

Produção de feijão no Paraná atinge novo pico e ultrapassa 860 mil toneladas

O Paraná encerrou a colheita da segunda safra de feijão com uma produção de 526,6 mil toneladas. Ao somar esse volume à colheita da primeira safra, que alcançou 338 mil toneladas, o estado atingiu um total de aproximadamente 865 mil toneladas em 2025.

Esse resultado consolida a liderança do Paraná na produção nacional da leguminosa, representando cerca de 25% do volume colhido no Brasil. Os dados constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado entre os dias 11 e 17 de julho.

A segunda safra foi semeada quase integralmente nos meses de janeiro e fevereiro, ocupando 328 mil hectares – uma redução de 25% em relação ao ano anterior, quando a área plantada foi de 437 mil hectares. Como consequência, houve queda proporcional na produção: em 2024, foram colhidas 681 mil toneladas nessa mesma etapa.

Apesar dessa diminuição na segunda safra, o bom desempenho da primeira compensou parte da perda. A colheita realizada no início do ano apresentou um crescimento de 102% em relação ao volume do mesmo período de 2024, que foi de 112 mil toneladas.

De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Departamento de Economia Rural (Deral), essas duas safras são determinantes para o abastecimento do estado, já que a terceira tem peso mínimo. A previsão para ela é de 600 toneladas.

O aumento da oferta refletiu diretamente nos preços de mercado. A saca de feijão preto, por exemplo, está atualmente cotada em cerca de R$ 121,00, o que representa uma queda de 44% em comparação com julho do ano passado, quando o valor era de R$ 228,38. Segundo Godinho, essa retração pode levar à redução da área plantada a partir de agosto, impactando a safra 2025/26.

O boletim também aborda outros temas relevantes para o setor agropecuário. A colheita da segunda safra de milho 2024/25 atingiu 29% da área cultivada, que totaliza 2,7 milhões de hectares. O ritmo está um pouco acima da média registrada nas cinco últimas safras para o mesmo período, que era de aproximadamente 20%.

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No entanto, as condições das lavouras apresentaram piora, com a proporção de áreas em boas condições caindo de 68% para 64%. As lavouras classificadas como medianas subiram de 18% para 20%, enquanto as áreas consideradas ruins passaram de 14% para 15%. A queda na qualidade está associada às geadas do final de junho.

Outro ponto de atenção está nas exportações de mel. Os Estados Unidos, principais compradores do produto brasileiro, anunciaram uma tarifa adicional de 50% sobre a importação. Como os EUA absorvem 84,1% do mel exportado pelo Brasil, a medida afeta diretamente estados como o Paraná, que é o terceiro maior exportador nacional.

No primeiro semestre de 2025, o Paraná enviou 3,8 mil toneladas de mel para o exterior, gerando uma receita de US$ 12,3 milhões. Desse total, 2,9 mil toneladas foram destinadas aos Estados Unidos, com retorno financeiro de US$ 9,6 milhões.

Na horticultura, o levantamento do Valor Bruto de Produção (VBP) referente a 2024 aponta que o segmento movimentou R$ 6,2 bilhões no estado. A batata lidera entre as hortaliças, com R$ 1,4 bilhão, seguida pelo tomate, com R$ 1,1 bilhão. No setor de frutas, a laranja aparece em primeiro lugar, com R$ 1,2 bilhão. O morango (R$ 705,3 milhões), a uva (R$ 323 milhões) e a banana (R$ 256,5 milhões) também tiveram destaque. Já a floricultura registrou R$ 271,7 milhões em valor bruto.

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Mesmo com participação modesta no total da economia agrícola paranaense, a horticultura tem importância regional significativa. De acordo com o agrônomo Paulo Andrade, também do Deral, o setor gera empregos e renda tanto em áreas rurais quanto urbanas, contribuindo para o fortalecimento das cadeias produtivas locais.

No segmento de proteína animal, o Paraná se destacou como principal exportador brasileiro de suínos reprodutores de raça pura no primeiro semestre de 2025. O estado arrecadou US$ 352 mil com essas exportações, representando 48,8% da receita nacional, que somou US$ 720 mil. Minas Gerais (US$ 315 mil) e São Paulo (US$ 53 mil) completam o ranking. O principal destino dos animais foi o Paraguai.

Por outro lado, o Brasil também realizou importações de suínos reprodutores, com investimento total de US$ 1,4 milhão. Minas Gerais liderou entre os compradores, com US$ 625 mil, seguido por São Paulo (US$ 173 mil) e Paraná (US$ 164 mil).

No setor bovino, as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos nas exportações de carne brasileira também geram preocupação. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os próximos embarques estão sob avaliação, já que os EUA foram o segundo maior destino da carne brasileira em 2024. Em julho, os preços da arroba bovina acumularam queda de 5,29%, sendo negociada a R$ 300,65.

O cenário analisado pelo boletim do Deral revela tanto conquistas importantes na produção agrícola do estado quanto desafios decorrentes de fatores climáticos e barreiras comerciais. O acompanhamento desses indicadores é essencial para orientar políticas públicas e estratégias do setor privado.

O Paraná encerrou a colheita da segunda safra de feijão com uma produção de 526,6 mil toneladas. Ao somar esse volume à colheita da primeira safra, que alcançou 338 mil toneladas, o estado atingiu um total de aproximadamente 865 mil toneladas em 2025.
Foto: Ari Dias/AEN

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