A safra 2024/25 de milho no Paraná deve atingir um volume recorde, estimado em 16,15 milhões de toneladas na segunda safra.
Mesmo com perdas previstas devido ao clima, o total das duas safras deve superar as 18,1 milhões de toneladas registradas em 2016/17.
Os dados fazem parte da Previsão Subjetiva de Safra divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
A área plantada da segunda safra de milho alcançou 2,72 milhões de hectares, 7,4% maior que no ciclo anterior. Já a primeira safra teve a colheita finalizada na semana passada, registrando a maior produtividade por hectare da história, com cerca de 10,8 mil quilos. Apesar de a área ter sido 8% menor do que a de 2024, a produção chegou a quase 3 milhões de toneladas.
Na cultura da cevada, 31% da área estimada de 94,3 mil hectares já está plantada, 17% acima do último ciclo. A expectativa é de produzir 411,5 mil toneladas, 39% a mais que o ano anterior, com destaque para a região de Guarapuava, principal produtora do Estado.
Para o café, o Deral estima uma produção de 42,8 mil toneladas, alta de 6% em comparação ao ciclo anterior, recuperando perdas causadas pela seca em 2023. A produção de trigo deve alcançar 2,73 milhões de toneladas, 19% a mais que a safra passada. A área plantada, no entanto, é 25% menor, somando 849,8 mil hectares. As condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento da cultura, com 96% das lavouras em boas condições, e produtividade prevista de 3,2 mil quilos por hectare.
No caso do feijão, a segunda safra enfrenta desafios devido à seca e à presença de moscas brancas. Com a área totalmente plantada e mais da metade já colhida, a produção deve ser de 534 mil toneladas, 22% menor do que no ano passado. Além disso, a área plantada foi reduzida em 25%, ficando em 328,5 mil hectares.
O Deral também divulgou o Boletim de Conjuntura Agropecuária, com dados sobre banana, laranja, grãos e proteína animal. No setor avícola, a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa apontou que o custo de produção do frango vivo no Paraná, em abril de 2025, chegou a R$ 4,88/kg em aviários climatizados com pressão positiva.
O valor é 0,4% superior ao de março e 14% acima de abril de 2024. Os aumentos são atribuídos ao custo da ração, que subiu 15,2% em um ano, e ao preço dos pintinhos de um dia, que aumentou quase 20% no mesmo período.
O preço médio pago ao produtor em abril foi de R$ 5,07/kg, um acréscimo de 8,6% em relação a março e 13,7% a mais que no mesmo mês de 2024.
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