Movimentação de cargas nos portos do Paraná cresce 3,7% no acumulado de janeiro a maio, impulsionada por exportações de soja e importações de fertilizantes.
Entre janeiro e maio de 2025, os portos do Paraná movimentaram 28.195.118 toneladas de cargas, o que representa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando o volume atingiu 27.197.565 toneladas.
Os dados são do Comex Stat, plataforma do governo federal que acompanha o comércio exterior brasileiro. No mesmo período, o valor FOB — que representa o preço do produto no ponto de embarque — superou US$ 19 bilhões.
De acordo com Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, o crescimento registrado está ligado a fatores como a oscilação do câmbio internacional e o contexto geopolítico global, que têm gerado aumento na procura por produtos escoados pelo estado.
As exportações seguem sendo fortemente impulsionadas pelas commodities agrícolas. A soja em grãos lidera a lista com 6.326.901 toneladas embarcadas. Em seguida aparece o farelo de soja, com 3.036.137 toneladas. Os principais destinos dessas cargas foram a China e os Países Baixos, que juntos somam 15% da participação nacional no setor, com um valor FOB total de US$ 3,4 bilhões.
A safra 2024/2025, com produtividade elevada, também contribuiu para o desempenho positivo no período. Apesar de uma leve desaceleração entre abril e maio, as exportações de soja e derivados voltaram a crescer em junho. A expectativa para o segundo semestre é iniciar o embarque de 2 a 3 milhões de toneladas de milho.
Nas importações, os fertilizantes lideram o volume de cargas recebidas, com 4.357.233 toneladas descarregadas nos portos paranaenses.
Essa operação corresponde a mais de 25% da movimentação nacional de fertilizantes e tem valor estimado em US$ 1,4 bilhão. Os principais estados atendidos por essas importações são Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Goiás.
A projeção para os próximos meses é positiva. Segundo Gabriel Vieira, diretor de Operações da Portos do Paraná, o segundo semestre de 2025 tende a ser mais favorável que o de 2024, que enfrentou queda na demanda, principalmente no último trimestre.
Ele afirma que muitos produtores postergaram vendas e exportações entre abril e maio, mas que houve uma retomada em junho. A tendência é de escoamento contínuo da chamada “supersafra” ao longo do segundo semestre.
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Estudante da área de saúde, Crysne Caroline Bresolin Basquera é especialista em produção de conteúdo local e regional, saúde, redes sociais e governos.