O mundo está em alerta máximo. Segundo o Acordo de Paris, o grau de aquecimento do planeta superou um nível extremamente perigoso para o planeta. O ano de 2023 foi marcado como o mais quente em 125 anos, mas o verdadeiro alarme soou em 17 de novembro, quando o termômetro global atingiu um patamar alarmante, ultrapassando pela primeira vez o limiar crítico de 2°C de aquecimento.
Antes de adentrarmos nas implicações desse aquecimento sem precedentes, é crucial compreendermos os fundamentos do Acordo de Paris. Firmado em 2015, este pacto histórico reuniu representantes de 195 nações, todos comprometidos com uma missão urgente: reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O objetivo principal era manter o aquecimento global “bem abaixo” de 2°C acima dos níveis pré-industriais, buscando, se possível, limitá-lo a 1,5°C.
Diante do cenário recente, surge a inquietante indagação: falhamos no cumprimento do acordo? A resposta, embora complexa, aponta para um “ainda não”. Os recordes de temperatura registrados em 2023, ultrapassando os 1,5°C e 2°C, referem-se a dados de anomalia diária. Ou seja, são momentos pontuais, embora alarmantes. No entanto, se essa tendência persistir por períodos prolongados, estaremos diante de uma violação direta dos compromissos estabelecidos em Paris.
As projeções científicas pintam um quadro sombrio das consequências de ultrapassar o limiar crítico de 2°C. Os impactos seriam devastadores e irreversíveis. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, muitos recifes de coral perecerão com um aquecimento acima de 1,5°C, geleiras e mantos de gelo entrarão em colapso, nações insulares desaparecerão sob as águas e ecossistemas inteiros serão transformados de forma irreconhecível.
No Brasil, o Nordeste enfrenta o risco iminente de desertificação, enquanto uma série de outras catástrofes ambientais ameaçam a biodiversidade e a segurança alimentar em todo o mundo. Desde a extinção de espécies até a diminuição da produção agrícola, as ramificações de um planeta aquecido são vastas e terríveis.
Diante da urgência climática que nos assola, é imperativo agir com determinação e rapidez. O momento de enfrentar as mudanças climáticas é agora. Devemos fortalecer os compromissos estabelecidos no Acordo de Paris, adotar medidas concretas para reduzir as emissões de carbono e promover a sustentabilidade em todas as esferas da sociedade.
O futuro do nosso planeta está em jogo, e cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção de um mundo mais seguro e sustentável para as gerações futuras. O tempo para ação é agora. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir que o nosso lar, a Terra, permaneça habitável para todos os seres vivos.