Paraná inicia 2025 com alta de 5% no PIB e se destaca frente ao Brasil e países desenvolvidos; dados reforçam crescimento nos setores agrícola, industrial e de serviços
O destaque ficou com o agronegócio, que apresentou crescimento de 13,08% no estado, superando a média brasileira de 10,17%.
O desempenho foi puxado pelas cooperativas locais, responsáveis por recordes na produção de carnes bovina, suína e de frango. Apesar de perdas causadas pelo clima, a safra de milho deve ser a maior da história.
A indústria do Paraná também se destacou, com alta de 5,92%, mais que o dobro da média nacional (2,4%). A expansão reflete a chegada de novas fábricas atraídas por um ambiente econômico favorável. Entre os segmentos que mais cresceram estão os de veículos, equipamentos, eletrônicos, farmacêuticos e a agroindústria.
Um dos investimentos mais relevantes foi o anúncio da instalação de uma fábrica da Linglong Tire, em parceria com a brasileira XBRI Pneus, que aportará cerca de R$ 6,7 bilhões na construção da unidade em Ponta Grossa.
No setor de serviços, o crescimento foi de 3,44%, acima da média nacional (2,09%). O aumento da renda média da população e a menor taxa de desemprego da série histórica (3,3%) explicam a expansão, especialmente nos serviços ligados à alimentação e hospedagem.
No mesmo período, a renda média dos trabalhadores cresceu 19,2%, a maior entre os estados das regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste.
De acordo com o Ipardes, esses resultados refletem o avanço consistente da economia paranaense, sustentado pelo crescimento nas áreas agrícola, industrial e de serviços. A tendência é de continuidade nesse ritmo de expansão ao longo de 2025.
Segundo o secretário de Planejamento do Paraná, Ulisses Maia, os resultados são fruto de políticas públicas voltadas ao fortalecimento do setor produtivo, controle fiscal e investimentos em infraestrutura. Essas medidas têm garantido competitividade ao estado e atraído novos negócios.
Em comparação internacional, o Paraná ficou à frente de países como Dinamarca (4,0%), Polônia (3,7%) e Espanha (2,6%), além de superar com folga economias como Alemanha (-0,2%), França (0,3%) e Suécia (0,6%). Esse desempenho destaca o estado entre os principais polos econômicos da América Latina.
Comparativo de crescimento no 1º trimestre de 2025:
- Paraná: 5,0%
- Dinamarca: 4,0%
- Polônia: 3,7%
- Brasil: 2,8%
- Bulgária: 2,8%
- Espanha: 2,6%
- Estados Unidos: 2,1%
- Holanda: 2,0%
- Suécia: 0,6%
- França: 0,3%
- Itália: 0,3%
- Alemanha: -0,2%
Leia também: