Porto de Paranaguá amplia participação nas exportações nacionais de carnes e reforça papel estratégico na logística agroindustrial do Brasil
Nos primeiros cinco meses de 2025, o Porto de Paranaguá fortaleceu sua posição como o principal ponto de saída das carnes congeladas brasileiras para o exterior.
Com 35,1% de participação no total exportado pelo país nesse período, o terminal paranaense segue como referência no escoamento de proteína animal.
Entre janeiro e maio, foram transportadas 1.280.167 toneladas de carnes, destinadas a mercados internacionais como China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Esse volume representa um acréscimo de 9,9% em comparação com o mesmo intervalo de 2024, considerando frango, boi e porco.
O Brasil se mantém como o maior fornecedor mundial de carne de frango, e o Paraná desempenha papel central nesse cenário. O Porto de Paranaguá abriga o maior terminal do mundo para exportação de aves congeladas, responsável por 44,1% das remessas nacionais da proteína.
Esse percentual é mais que o dobro do verificado no Porto de Santos, que responde por 20,9%. Em 2024, Paranaguá já havia registrado liderança, com 48% das exportações brasileiras de frango.
Segundo a administração do terminal, os bons resultados são consequência de uma operação portuária eficiente e de investimentos contínuos em infraestrutura. Um exemplo citado pela equipe gestora é o aprofundamento do canal de navegação, que permite o carregamento de maiores quantidades por navio, reduzindo os custos para as empresas exportadoras.
Mesmo com barreiras comerciais pontuais motivadas por um caso isolado de gripe aviária no sul do país, os embarques de carne de frango mantiveram ritmo positivo.
Foram enviadas 923.477 toneladas entre janeiro e maio de 2025, o que representa alta de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o volume chegou a 900.909 toneladas.
No segmento bovino, Paranaguá também apresentou desempenho relevante. O volume exportado entre janeiro e maio saltou 50,9%, saindo de 183.570 toneladas em 2024 para 276.969 toneladas em 2025, posicionando o porto como o segundo maior do país nesse tipo de carga.
A diretoria operacional do porto destaca que a estrutura existente permite o atendimento de diversos tipos de produtos com eficiência e agilidade. O desempenho registrado demonstra a capacidade dos terminais paranaenses em responder à demanda crescente do setor agropecuário.
Esse movimento está diretamente ligado à força da produção estadual. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre de 2025, o Paraná liderou a produção de carne de frango no Brasil, com 34,6% do total nacional. Em relação à carne suína, ficou em segundo lugar, respondendo por 21,9%.
Na bovinocultura, embora com uma fatia menor do mercado, o estado também avançou. Entre janeiro e março, foram abatidas 354 mil cabeças, o que representa um crescimento de 14,2 mil animais em comparação ao mesmo período de 2024. Isso equivale a 3,6% da produção nacional.
Dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento mostram que, em 2024, o Paraná processou mais de 2,2 bilhões de frangos, 12,4 milhões de suínos, cerca de 629 mil bovinos e produziu mais de 180 mil toneladas de pescado.
Esse volume expressivo exige uma logística robusta e bem integrada. O Paraná reúne uma das maiores redes de processamento de carnes do país, com 557 empresas atuando no setor de abate e industrialização. Para dar suporte a essa estrutura, o sistema portuário precisa operar com precisão e eficiência, garantindo fluidez nas exportações e previsibilidade para os mercados internacionais.
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Estudante da área de saúde, Crysne Caroline Bresolin Basquera é especialista em produção de conteúdo local e regional, saúde, redes sociais e governos.