O pinhão, semente da araucária e símbolo do Paraná, pode se tornar parte da alimentação escolar dos estudantes da rede estadual. A proposta, apresentada pela deputada estadual Cristina Silvestri (PP), visa incluir o alimento na merenda escolar, unindo tradição, nutrição e desenvolvimento econômico local.
O Projeto de Lei nº 2/2025, em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), determina que o governo estadual priorize a compra do pinhão de agricultores familiares, cooperativas da economia popular solidária e empreendimentos rurais.
A medida busca fortalecer a produção rural, incentivar a geração de renda no campo e oferecer uma opção alimentar rica e tradicional aos estudantes.
De acordo com Cristina Silvestri, o pinhão é muito mais do que um elemento da culinária paranaense. “Ele representa sustento para milhares de pequenos agricultores, especialmente em regiões como Guarapuava e União da Vitória.
Incluir o pinhão na merenda é fortalecer nossa cultura e promover uma alimentação mais nutritiva para nossos alunos”, destaca a parlamentar.
A comercialização do pinhão movimenta aproximadamente R$ 20,8 milhões por ano no Paraná, e sua produção tem impacto significativo na economia local. Além disso, a inclusão do alimento no cardápio escolar pode estimular uma demanda mais equilibrada ao longo do ano, beneficiando pequenos produtores.
Sustentabilidade e preservação da araucária
O projeto também apresenta um importante viés ambiental. A araucária é uma espécie ameaçada de extinção, e o aumento do consumo consciente do pinhão pode incentivar a conservação da árvore. “Esse é um projeto preservacionista, social e econômico”, afirma Cristina Silvestri. “Ao agregar valor à semente, ajudamos a manter a floresta de pé e beneficiamos toda a cadeia produtiva.”
Agora, a proposta segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e demais comissões da Alep. Caso seja aprovada, será votada em plenário e poderá transformar o pinhão em um dos protagonistas da merenda escolar paranaense.