O Paraná alcançou a marca de 3,4 milhões de doses aplicadas da vacina contra a gripe em 2025. Entre os grupos prioritários, como gestantes, crianças e idosos, a cobertura chegou a 51,67%.
Com esse resultado, o Estado ocupa a segunda colocação no cenário nacional de vacinação, ficando atrás apenas do Piauí, que apresenta índice de 54,47%.
Essa ampla adesão à campanha já demonstra efeitos positivos na saúde pública, com redução dos casos, das internações e dos óbitos por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).
Dados comparativos das semanas epidemiológicas de número 28, entre os anos de 2023, 2024 e 2025 (período de 6 a 12 de julho), indicam uma redução expressiva dos casos confirmados de SRAG. Em 2023, foram 550 casos; em 2024, houve um leve aumento para 581. Já em 2025, o número caiu para 293, representando uma diminuição de aproximadamente 50% em relação ao ano anterior.
Em relação aos exames processados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) na última semana, entre as 924 amostras analisadas, a presença do vírus Influenza A continua em declínio, representando 18,38% das confirmações, ante os 21,24% da semana anterior. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) apresentou leve estabilidade, variando de 28,16% para 28,13%. Já o Rinovírus teve um leve aumento, passando de 18% para 20,03%.
Segundo informações da Central de Acesso à Regulação do Paraná (Care/PR), a taxa de ocupação hospitalar apresenta sinais de estabilização. Os leitos de enfermaria adulto registram 55% de ocupação, enquanto os de enfermaria pediátrica estão com 36,5%.
Já as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) apresentam 89% de ocupação para adultos e 78% para o público pediátrico. Destaca-se que apenas 5% dessas ocupações estão relacionadas a casos de SRAG.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, os dados indicam um possível controle do pico das síndromes gripais neste ano. Ele ressaltou que a intensificação da vacinação foi decisiva para esse cenário positivo, reforçando que o Paraná é o segundo Estado com maior número de imunizações entre os grupos prioritários.
No mês anterior, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou a Resolução nº 1.014/2025, declarando estado de alerta para os casos de SRAG. O objetivo foi orientar os municípios a adotar medidas de prevenção, como o atendimento prioritário a pacientes com sintomas respiratórios e o fortalecimento da vacinação.
Desde a emissão da resolução, 1 milhão de vacinas contra a gripe foram aplicadas, elevando a cobertura vacinal dos grupos prioritários de 42,11% para 51,67%. O secretário Beto Preto destacou a importância de utilizar todas as doses ainda disponíveis no estoque, reforçando a colaboração entre o Estado e os municípios na execução da campanha.
Para reforçar a capacidade de atendimento, o governo estadual ampliou a rede hospitalar, com a criação de 135 novos leitos voltados ao atendimento de SRAG. Esses leitos foram distribuídos em diferentes hospitais do Estado, incluindo unidades em Campo Largo, Ponta Grossa, São Miguel do Iguaçu, Toledo, Cascavel, Apucarana, Arapongas, Medianeira e novamente Toledo, em diferentes categorias, como enfermarias e UTIs, tanto adultas quanto pediátricas.
Os dados atualizados em 14 de julho indicam que, até o momento, o Paraná contabilizou 17.258 casos e 981 óbitos por SRAG em 2025. Entre esses registros, 2.743 casos e 305 mortes foram causados especificamente por infecção por Influenza.
A maioria dos casos confirmados ocorreu em crianças com menos de seis anos e em pessoas com mais de 60 anos, que juntos representam cerca de 74,5% do total. Crianças pequenas somam 6.735 casos (39%), enquanto idosos correspondem a 6.128 casos (35,5%). As demais faixas etárias tiveram as seguintes incidências: 914 casos entre 6 e 9 anos; 657 de 10 a 19 anos; 510 entre 20 e 29 anos; 576 de 30 a 39 anos; 683 de 40 a 49 anos; e 1.055 entre pessoas de 50 a 59 anos.
No que se refere aos óbitos, a maior concentração também foi entre idosos com mais de 60 anos, com 709 registros (72,27%). Em seguida, vêm os pacientes de 50 a 59 anos (104 óbitos) e crianças com menos de seis anos (52 óbitos). As demais faixas etárias apresentaram os seguintes números: 46 mortes entre 40 e 49 anos; 33 entre 30 e 39 anos; 20 entre 20 e 29 anos; 10 entre 10 e 19 anos; e sete entre 6 e 9 anos.
A campanha de vacinação e as medidas preventivas têm sido fundamentais para controlar a disseminação dos vírus respiratórios. A continuidade dessas ações será essencial para manter os índices em queda e preservar a capacidade da rede hospitalar.
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Estudante da área de saúde, Crysne Caroline Bresolin Basquera é especialista em produção de conteúdo local e regional, saúde, redes sociais e governos.