Em 2024, o Paraná consolidou sua posição como um dos principais polos econômicos do Brasil ao registrar um superávit comercial de impressionantes US$ 3,7 bilhões. Este resultado não apenas reflete a robustez da economia paranaense no comércio internacional, mas também coloca o estado como o maior superávit da região Sul do Brasil.
Com uma receita total de exportações de US$ 23,3 bilhões, o Paraná se destaca pela diversidade de produtos que conquistaram mercados globais e pela sua crescente integração com economias de peso no cenário internacional. Além disso, o estado teve um aumento significativo nas exportações de automóveis e registrou bons números no setor de alimentos, especialmente produtos do agronegócio.
O superávit do Paraná é um reflexo da força de suas exportações, com a soja em grão, a carne de frango in natura, o farelo de soja e o açúcar bruto liderando o ranking de produtos mais vendidos para o exterior. Esses produtos representaram mais da metade das exportações do estado, gerando receitas bilionárias e mostrando a importância do agronegócio para a economia estadual.
O Paraná obteve um desempenho excepcional em suas exportações em 2024, com destaque para produtos agrícolas e alimentícios que continuam a ser os motores da economia local. Entre os principais itens exportados estão a soja em grão, que gerou US$ 5,3 bilhões, e a carne de frango in natura, com US$ 3,9 bilhões. Juntos, esses dois produtos representaram mais de 38% do total das exportações paranaenses no ano passado. O farelo de soja, com US$ 1,5 bilhão, e o açúcar bruto, com US$ 1,3 bilhão, também mostraram-se fundamentais para a geração de divisas.
Além dos alimentos, o Paraná se destacou na exportação de produtos do setor automotivo e madeireiro, com um crescimento expressivo no envio de automóveis, que aumentaram 22,3% em relação a 2023. As exportações de madeira compensada ou contraplacada também cresceram 20,7%. Esses números indicam não apenas a consolidação do Paraná como um grande fornecedor de alimentos para o mundo, mas também sua crescente capacidade de exportar produtos manufaturados e de valor agregado.
O principal destino das exportações paranaenses continua a ser a China, que em 2024 comprou US$ 5,8 bilhões em produtos paranaenses. O gigante asiático segue como o maior mercado consumidor das mercadorias do estado, especialmente soja, carne de frango e outros produtos do agronegócio. A China tem sido um parceiro estratégico para o Paraná, não apenas por sua capacidade de importação em massa, mas também pela sua demanda crescente por alimentos de alta qualidade.
Após a China, os Estados Unidos figuraram como o segundo maior parceiro comercial, com US$ 1,6 bilhão em exportações paranaenses. A Argentina, com US$ 1,2 bilhão, e o México, com US$ 1 bilhão, também se destacam entre os principais destinos dos produtos do estado. Outros países que compõem o top 10 dos destinos das exportações paranaenses incluem o Paraguai, Chile, Emirados Árabes Unidos, Peru, Holanda e Irã.
Se por um lado o Paraná se destaca nas exportações, por outro, também é relevante no processo de importação, especialmente quando se trata de insumos agrícolas. Em 2024, os adubos e fertilizantes representaram a maior parte das importações, com US$ 2,2 bilhões. Este número reflete a forte demanda do setor agropecuário paranaense, que depende desses insumos para sustentar a produtividade agrícola de ponta.
Além dos fertilizantes, outros produtos que foram significativamente importados pelo Paraná em 2024 incluem óleos e combustíveis (US$ 1,6 bilhão), produtos químicos orgânicos (US$ 1,2 bilhão) e autopeças (US$ 1,2 bilhão). A diversidade das importações paranaenses demonstra a interdependência do estado com o comércio global, não apenas como exportador, mas também como importador de produtos essenciais para sua indústria e agropecuária.
O superávit de US$ 3,7 bilhões não é o único indicador positivo da economia paranaense em 2024. O estado também alcançou um marco histórico ao atrair mais de R$ 300 bilhões em investimentos privados, consolidando-se como um dos destinos mais atrativos para o capital estrangeiro e nacional. Esse crescimento é um reflexo das políticas de incentivo ao desenvolvimento econômico e da infraestrutura de ponta que o Paraná oferece para as empresas.
As boas perspectivas para 2025 reforçam a importância de um modelo econômico diversificado e sustentável. A previsão é de que o Paraná continue a expandir suas exportações, especialmente no setor de alimentos e no mercado automotivo, além de se consolidar como um hub de investimentos privados. O agronegócio, que já representa uma grande fatia da economia do estado, deve seguir em expansão, impulsionado pela crescente demanda internacional por produtos de qualidade.
De acordo com o presidente do Ipardes, Jorge Callado, o Paraná tem desempenhado um papel fundamental na geração de reservas cambiais para o Brasil. Ao exportar mais do que importa, o estado contribui significativamente para a estabilidade econômica do país, ajudando a manter as reservas de dólares necessárias para equilibrar a balança comercial e controlar a desvalorização do real.
Com o aumento das exportações e o superávit comercial positivo, o Paraná tem se consolidado como uma peça chave para o Brasil nas relações comerciais internacionais. O impacto desse crescimento não se limita apenas ao estado, mas reflete-se na economia nacional, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento econômico e a atração de novos investimentos.
Embora o Paraná tenha apresentado resultados impressionantes em 2024, o estado ainda enfrenta desafios, como a dependência do agronegócio e a necessidade de diversificação ainda maior das exportações. Para 2025, as perspectivas são positivas, mas o estado precisará continuar investindo em infraestrutura, inovação e em novos mercados para garantir que seus produtos alcancem novos horizontes.
A continuidade da expansão das exportações de produtos de alto valor agregado, como automóveis, além da inovação no setor agrícola e industrial, são pontos-chave para que o Paraná mantenha sua trajetória de crescimento. Com um mercado interno e externo em constante transformação, o estado tem tudo para se consolidar como um dos maiores polos econômicos do Brasil no próximo ano.