Casos de VSR e Influenza A aumentam no Paraná, com destaque para infecções em crianças e idosos, segundo monitoramento do Lacen e Rede Sentinela
Com a chegada do período mais propício à circulação de vírus respiratórios, os dados laboratoriais indicam um aumento significativo nos casos positivos de vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza A no Paraná.
Segundo análises do Laboratório Central do Estado (Lacen), entre todas as amostras com resultado positivo para infecções respiratórias, 28,51% foram causadas pelo VSR, também conhecido como o vírus da bronquiolite, que afeta principalmente crianças com menos de dois anos.
Esse percentual representa uma elevação relevante em comparação aos meses anteriores: em março, os casos representavam 6,43%, e em abril, 18,78%. Embora esperado para esta época do ano, o crescimento chama a atenção da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que reforça a importância de medidas preventivas, principalmente voltadas à proteção das crianças.
Entre as ações recomendadas estão a higienização frequente das mãos, ventilação dos ambientes, redução da exposição a locais com aglomeração e atualização da carteira vacinal. A vacina contra a gripe está liberada para toda a população acima de seis meses de idade desde o dia 10 de maio, sendo uma forma efetiva de reduzir o impacto da Influenza.
A presença do vírus Influenza A também apresentou aumento expressivo, com um crescimento de 177,52%. O índice de positividade passou de 6,45% em abril para 17,90% nos primeiros 12 dias de maio. Os subtipos mais identificados são o H1N1pdm09 e o H3 sazonal, que afetam principalmente a população idosa.
Esses resultados são obtidos por meio da Rede Sentinela, que atua com 34 unidades de saúde distribuídas em 22 regionais e 28 municípios.
Essas unidades coletam amostras de pacientes com sintomas respiratórios ou internados com síndrome respiratória aguda grave, além de casos investigados em surtos. O monitoramento é integrado ao sistema nacional GAL (Gerenciador de Ambiente Laboratorial) e forma a base dos relatórios epidemiológicos estaduais.
Além do VSR e da Influenza A, também foram analisados outros agentes virais, como o SARS-CoV-2, Influenza B, rinovírus, metapneumovírus e adenovírus. Para esses vírus, os dados indicaram estabilidade ou redução nos índices de circulação.
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