Assembleia do Paraná discute o papel da inteligência artificial na administração pública, com foco em ética, segurança e modernização dos serviços.
A Assembleia Legislativa do Paraná realizou, nesta terça-feira (4), um encontro dedicado a discutir como a inteligência artificial pode ser incorporada à gestão pública com segurança, ética e eficiência. O evento foi organizado pela Escola do Legislativo e reuniu autoridades, especialistas e estudantes interessados no tema.
O palestrante convidado foi o desembargador Diogo Rais Rodrigues Moreira, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), nome reconhecido na área de Direito Digital. Ele apresentou um panorama sobre o avanço da IA e explicou que a tecnologia não deve ser vista como substituta do trabalho humano, mas sim como instrumento de apoio qualificado. “A máquina depende das escolhas e critérios do operador. Quando tecnologia e ser humano atuam juntos, os resultados tendem a ser melhores”, observou.
Também discutiu pontos essenciais, como proteção de dados, riscos de discriminação algorítmica e os desafios de adequação às normas legais, especialmente em setores que lidam com informações sensíveis da população.
A visão foi compartilhada por José Rodrigo Sabe, desembargador do TRE-PR, que destacou o potencial da IA para agilizar rotinas administrativas, desde que haja fiscalização e transparência. Segundo ele, a tecnologia pode liberar servidores para atividades estratégicas, voltadas ao atendimento direto à sociedade.
O diretor da Escola do Legislativo, Jeulliano Pedroso, ressaltou que a capacitação dos profissionais é parte fundamental da modernização dos serviços públicos. O objetivo, segundo ele, é incentivar o uso de ferramentas digitais para tornar a gestão mais eficiente e reduzir custos do Estado. Ele lembrou ainda que o tema desperta interesse de órgãos municipais e universidades que buscam aprimoramento contínuo.
Representando a Diretoria-Geral da Assembleia, a assessora jurídica Renata Chabowski Desplanches reforçou que o debate é urgente devido à rápida evolução das tecnologias digitais. Para ela, o domínio responsável da IA deve acompanhar a expansão do uso da ferramenta no cotidiano dos órgãos governamentais.
O evento contou ainda com a participação de representantes da OAB-PR e de estudantes, que avaliaram a discussão como incentivo à qualificação profissional e à adoção de práticas inovadoras no serviço público.

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