Paraná intensifica ações em energia renovável com expansão do biogás, energia solar, PCHs e novo complexo eólico, consolidando liderança na transição energética.
O Paraná se consolida como um dos principais estados brasileiros na transição energética, alcançando resultados significativos na ampliação de fontes renováveis e na redução de emissões. Enquanto diversos países ainda discutem medidas para enfrentar as mudanças climáticas, o Estado apresenta avanços sólidos baseados em programas estruturados, investimentos contínuos e adoção de novas tecnologias no campo, nas cidades e na indústria.
Com 98% da energia consumida proveniente de fontes renováveis, o Estado reforça seu protagonismo nacional e se destaca como referência em políticas públicas voltadas à sustentabilidade. O governo estadual afirma que o objetivo é manter um modelo energético que una competitividade econômica, preservação ambiental e segurança energética de longo prazo. De acordo com a administração, a estratégia busca demonstrar que ações locais podem gerar impactos globais positivos.
A ampliação da matriz de geração envolve diferentes setores, como energia solar, biogás, pequenas centrais hidrelétricas e novos complexos eólicos. Os investimentos se alinham às discussões da COP30, que enfatizam a necessidade de acelerar a transição energética mundial e ampliar o uso de fontes limpas na matriz global.
Expansão das fontes renováveis no campo
Lançado em 2021, o programa RenovaPR tornou-se um dos principais responsáveis pela expansão da energia limpa na zona rural do Estado. Mais de R$ 5,8 bilhões foram mobilizados para a instalação de 38 mil usinas de geração distribuída, resultando em mais de 1 gigawatt de potência instalada. O programa conta com apoio técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná e com linhas de crédito subsidiadas pela Fomento Paraná.
Além da geração solar, o RenovaPR incentiva o uso de resíduos agropecuários para produção de biogás e biometano, contribuindo para a redução de impactos ambientais, o aproveitamento de dejetos e a geração de novas receitas para produtores rurais. A administração estadual afirma que o projeto melhora a eficiência energética no campo e fortalece a competitividade da agroindústria.
Avanço das Pequenas Centrais Hidrelétricas
O Estado também registra expansão na geração hidrelétrica por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, o Paraná possui 114 estruturas em operação, cinco em construção e dezenas de projetos em análise. Investimentos privados previstos para os próximos anos devem somar R$ 1,1 bilhão na construção de 11 novas PCHs distribuídas em 15 municípios.
Além de fornecimento contínuo de energia, as PCHs contribuem para a preservação de matas ciliares, melhoria da qualidade da água e ampliação da proteção de nascentes. A administração também avalia a criação de um fundo específico para financiar projetos de energia renovável, buscando atrair novos investidores ao setor.
Energia eólica e expansão urbana da energia solar
Outro marco no avanço da matriz limpa é o Complexo Eólico Palmas II, autorizado pelo Instituto Água e Terra. O empreendimento receberá R$ 3,5 bilhões em investimentos e contará com 72 aerogeradores, totalizando 504 megawatts de potência instalada. O licenciamento ambiental prevê instalação das turbinas em áreas já abertas, sem supressão de vegetação nativa.
Nas cidades, sistemas fotovoltaicos vêm sendo adotados por diversos municípios em prédios públicos, escolas, unidades de saúde e sistemas de tratamento de água. Em São Miguel do Iguaçu, a economia gerada pela implantação de painéis solares chega a 95% da conta de energia, com impacto direto no orçamento municipal. O governo também iniciou projetos para instalação de oito usinas solares destinadas ao IDR-Paraná e à Secretaria da Educação, com potência total de 20 megawatts.
Com iniciativas integradas, investimentos públicos e privados e ampliação de programas de incentivo, o Paraná reforça sua posição de liderança nacional na produção de energia renovável e mantém uma trajetória consolidada na transição energética.




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