Iniciativas de deputados paranaenses buscam incluir teclados físicos e recursos sonoros em terminais eletrônicos para consumidores cegos.

Paraná pode garantir acessibilidade em maquininhas para pessoas com deficiência visual

Iniciativas de deputados paranaenses buscam incluir teclados físicos e recursos sonoros em terminais eletrônicos para consumidores cegos.

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Cerca de 15% da população adulta mundial vive com algum tipo de deficiência, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o IBGE aponta que 14,4 milhões de pessoas possuem deficiência, sendo 7,9 milhões com dificuldade de enxergar. Diante desse cenário e dos avanços tecnológicos que transformam o cotidiano, dois projetos de lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) propõem medidas para ampliar a inclusão e a acessibilidade de pessoas com deficiência visual.

As iniciativas, de autoria dos deputados Evandro Araújo (PSD) e Soldado Adriano José (PP), buscam garantir mais autonomia e segurança para consumidores cegos ou com baixa visão ao utilizarem terminais eletrônicos de pagamento.

O projeto de lei 901/2025, apresentado por Evandro Araújo, altera o Código Paranaense de Defesa do Consumidor e determina que estabelecimentos comerciais, prestadores de serviço e instituições financeiras ofereçam terminais de pagamento com recursos de acessibilidade. A proposta inclui opções como teclados físicos, comandos sonoros, películas táteis, entrada para fones de ouvido ou outras tecnologias assistivas que assegurem o uso independente por parte das pessoas com deficiência visual.

Segundo o parlamentar, a medida busca corrigir uma barreira imposta pela digitalização das operações financeiras. “Os avanços tecnológicos trouxeram conforto e eficiência, mas também criaram um obstáculo para pessoas cegas. As telas sensíveis ao toque, amplamente utilizadas, não oferecem retorno tátil ou sonoro, prejudicando a autonomia e a dignidade desses consumidores”, afirmou Araújo.

Já o projeto 723/2025, do deputado Soldado Adriano José, prevê que os terminais de pagamento eletrônico disponibilizem teclados físicos avulsos para pessoas com deficiência visual. O parlamentar argumenta que as máquinas de cartão mais modernas, com teclados digitais ou telas touch screen, dificultam o uso por quem depende do tato para digitar senhas e realizar transações.

“Para muitos, é uma situação simples, mas para quem tem deficiência visual, representa mais um desafio cotidiano. Trata-se de respeito, dignidade e igualdade de oportunidades. A inclusão deve ser uma prática constante”, destacou Adriano José.

A proposta visa reduzir o risco de fraudes e constrangimentos, evitando que o usuário precise revelar sua senha a terceiros. “O Paraná tem sido exemplo em políticas de inclusão, e este é mais um passo importante para garantir que ninguém fique para trás”, completou.

Ambas as propostas seguem agora para análise das comissões temáticas da Assembleia Legislativa do Paraná.

Iniciativas de deputados paranaenses buscam incluir teclados físicos e recursos sonoros em terminais eletrônicos para consumidores cegos.
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

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