Mostrar a força e diversidade das mulheres catarinenses. Pessoas comuns, que têm inúmeros desafios em seu dia a dia, mas que tiveram sua história marcada pela superação e hoje inspiram outras pessoas. Esse será o objetivo do bate-papo promovido pela Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família para marcar o Dia Internacional da Mulher, celebrado na sexta-feira, 8.
A roda de conversa, que será transmitida ao vivo pelas redes sociais da SAS, contará com a presença da vice-governadora, Marilisa Boehm, e é uma oportunidade de divulgar trajetórias como a da mulher que morou nas ruas por três anos, mas deu a volta por cima e hoje virou empreendedora produzindo panificados para vender, da idosa que preserva há mais de 70 anos a tradição da renda de bilro e se transformou em referência internacional e a da filha de agricultores que virou jornalista e criou canal digital mais admirado do agronegócio com 2,2 milhões de seguidores.
Essas são apenas algumas das histórias que serão contadas de forma descontraída para enaltecer todas as mulheres catarinenses. Na conversa, as convidadas também conhecerão mais da trajetória da vice-governadora que tem uma história de lutas em defesa da mulher, combate à violência e busca pelo empoderamento das mulheres por meio do empreendedorismo.
“Teremos uma programação bastante extensa no mês de março voltada às mulheres, mas no dia 8 especialmente, queremos homenagear todas elas valorizando histórias reais de mulheres de Santa Catarina que hoje são uma inspiração pela sua luta, trabalho e que com certeza representam muito bem a força das catarinenses”, comenta a secretária da SAS, Maria Helena Zimmermann.
A vice-governadora reforça que a iniciativa mostra a força da mulher e também incentiva aquelas que ainda não se sentem seguras para lutar e correr atrás de seus sonhos. “Porque tudo é possível. A mulher tem sensibilidade, inteligência e perspicácia únicas. É forte e atua como empreendedora sempre, em todos os seus afazeres. O que muitas vezes precisa é acreditar em si, nas suas capacidades”, completa.
Conheça a história das convidadas para o bate-papo:
Aline Leonhardt: Filha de pequenos produtores rurais, de Aurora, no Alto Vale do Itajaí, ela tinha o sonho de mostrar a rotina da família e a vida no campo em um programa de televisão voltado ao meio rural, mas conseguiu ir muito além. Se formou em jornalismo e criou o Vale Agrícola, considerado um dos canais digitais mais admirados do agro no país. Hoje, com 33 anos e mais de 2,2 milhões de seguidores, mostra a rotina de produtores de todo o país e inspira outras pessoas com sua história.
Carla Weber Medeiros: Em 2014 a moradora de Petrolândia viu sua vida virar de cabeça para baixo quando perdeu os três filhos de 14, 6 e 4 anos num acidente. Apesar da dor com a partida precoce de Shaiane, Vinícius e Igor, a dona de casa decidiu ressignificar a sua dor. Criou forças e lançou o Projeto Girassol, que leva para as escolas palestras sobre a importância da família e dos laços que construímos com aqueles que amamos. O projeto foi transformado numa lei municipal e hoje aos 41 anos Carla ainda espalha uma mensagem de resiliência e de valorização do tempo enquanto ainda o temos.
Charlene Rosa Ferreira: A mulher de 42 anos tem uma história que renderia um verdadeiro livro. Por problemas familiares caiu no alcoolismo e acabou nas ruas, onde permaneceu por mais de três anos. Dormindo em marquises, sofreu preconceito e até foi vítima de agressão. Na fase mais crítica da vida recebeu uma palavra amiga e uma mão estendida da pastoral do Povo da Rua. Aceitou ir para uma clínica de recuperação e superou o vício. Aos poucos conseguiu reconstruir a vida e hoje é empreendedora. Com a ajuda de mais duas mulheres fabrica pães, bolos e salgados para venda. Também se dedica a ajudar quem está nas ruas e já passou pelo mesmo sofrimento que ela.
Glória Viana dos Santos: Conhecida carinhosamente como Glórinha, a idosa de 74 anos, moradora de Florianópolis, decidiu aprender a fazer renda de bilro aos sete anos de idade e nunca mais parou. Ao longo de toda a vida preservou a tradição das rendeiras e hoje é reconhecida internacionalmente. Já teve participações em feiras na Espanha, Portugal e hoje ensina voluntariamente outras mulheres a arte da fabricação das rendas.
Mariana Cardoso: Ela tinha uma carreira estável na comunicação, mas precisou abandonar o trabalho quando o filho foi diagnosticado com autismo. Passou a ter uma rotina intensa, mas dedicada exclusivamente a Pedro, hoje com sete anos. Nesse período precisou se adaptar como dona de casa, mulher e aprender a lidar também com os próprios sentimentos. Agora, por meio de vídeos e crônicas, também ajuda outras mães de autistas a entenderem melhor o espectro e a lutar contra o preconceito.