Papa visita observatório e contempla a Lua no aniversário da missão Apollo 11

No último domingo, 20 de julho, o Papa Leão XIV realizou uma visita simbólica e significativa ao Observatório do Vaticano, localizado nas cúpulas de Castel Gandolfo, para celebrar o aniversário do primeiro pouso humano na Lua.

Durante a visita, o Papa teve a oportunidade de observar o céu noturno por meio de dois instrumentos históricos: o Astrógrafo Duplo Carte du Ciel e o Telescópio Refrator Visual Zeiss. Esses equipamentos, cuidadosamente preservados pelo Observatório do Vaticano, fazem parte de um acervo que remonta ao século XVI e são considerados peças-chave para o estudo da astronomia moderna.

O astrógrafo é particularmente notável por sua participação no projeto internacional Carte du Ciel, iniciativa do século XIX que buscava mapear todo o céu visível. Já o refrator Zeiss, conhecido pela sua precisão óptica, proporciona imagens claras de corpos celestes e foi utilizado por diversos astrônomos ao longo das décadas.

Fundado oficialmente em 1582, ano da adoção do calendário gregoriano, o Observatório do Vaticano é uma das instituições científicas mais antigas em funcionamento contínuo no mundo. Sua missão, ao longo dos séculos, tem sido demonstrar que a fé e a razão não são rivais, mas aliadas. A presença do Papa nas cúpulas de Castel Gandolfo reafirma esse compromisso e celebra o diálogo entre espiritualidade e ciência — especialmente em datas marcantes como o aniversário da missão Apollo 11.

20 de julho de 1969

O evento que motivou a visita papal é um marco incontestável da história moderna. Em 20 de julho de 1969, os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin tocaram pela primeira vez o solo lunar, enquanto Michael Collins orbitava a Lua a bordo do módulo de comando. A missão Apollo 11, conduzida pela NASA, não apenas concretizou um feito técnico monumental, como também redefiniu a forma como a humanidade enxerga seu lugar no universo.

O momento em que Armstrong pronunciou a frase “um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade” ecoa até hoje como símbolo de ambição, coragem e capacidade coletiva. Ao reviver esse episódio por meio da observação da Lua, o Papa oferece uma reflexão sobre os caminhos que conectam a busca científica com a espiritualidade.

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