A doação de órgãos é um gesto que transforma a dor em esperança. Palestra foi realizada por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com a Organização de Procura de Órgãos
Na quarta-feira, 17 de setembro, Bom Jesus do Sul viveu um momento de reflexão e conscientização sobre a doação de órgãos. A Administração Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Cascavel, realizou uma palestra na Câmara de Vereadores que reuniu estudantes, profissionais da educação, servidores públicos e equipes de saúde.
O objetivo foi alertar a comunidade sobre a importância desse gesto que transforma vidas e oferece esperança mesmo diante da perda.
A enfermeira Gabriela Barreto Coelho contribuiu com o encontro, explicando como funciona o processo de doação, as situações em que ela é possível e, principalmente, a importância de conversar com a família sobre a vontade de ser doador.
Os números apresentados chamam a atenção: quase 5 mil paranaenses aguardam por órgãos ou tecidos, enquanto em todo o Brasil esse número ultrapassa 80 mil. Cada número representa uma família e uma história que espera por uma nova chance. Apesar dos avanços, cerca de 31% das famílias da região sudoeste do Paraná recusam a doação, o que torna ainda mais necessária a conscientização.
Marcelo Furtado explicou como funciona o trabalho de captura de órgãos e ressaltou que um doador pode salvar até oito vidas, dependendo de quais órgãos estejam preservados.
“Quando há suspeita de morte encefálica em pacientes internados em UTI, somos notificados e acompanhamos todo o processo hospitalar. Após a confirmação por exames, conversamos com a família para apresentar a possibilidade de doação. Se houver consentimento, organizamos a logística para que os órgãos sejam captados e encaminhados para transplante, sendo que apenas um doador pode salvar até 8 vidas”, disse Marcelo.

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Na região da 8ª Regional de Saúde, responsável por 28 municípios, os hospitais que realizam a notificação e coleta de órgãos são o Hospital Regional do Sudoeste, o Hospital São Francisco e a Policlínica de São Vicente, todos localizados em Francisco Beltrão.
O coordenador também explicou como funciona a distribuição dos órgãos: “A prioridade é dada aos pacientes do Estado do Paraná, mas caso não haja compatibilidade, os órgãos podem ser destinados a outros estados, sempre seguindo critérios técnicos para garantir o sucesso dos transplantes.”
Quanto à autorização para doação, a legislação brasileira determina que a família tem o poder de decidir. Por isso, é fundamental que uma pessoa manifeste seu desejo de ser doadora na vida e converse sobre isso com parentes, para que no momento delicado essa decisão possa ser respeitada e facilitada.
O encontro emocionou a todos, especialmente com o depoimento de Andressa da Silva Cizerza, residente em Bom Jesus do Sul, que destacou a experiência da família. Após a perda do pai, Pedro da Silva Cizerza, eles decidiram pela doação de seus órgãos.

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“Foi um momento de muita dor, mas também de esperança. Contamos com todo o apoio da equipe médica e psicológica, que nos explicou cada etapa do processo com respeito e cuidado. Essa decisão trouxe conforto saber que, mesmo com a perda, pudemos ajudar outras famílias. Transformar a dor em esperança fez toda a diferença para nós”, disse Andressa.
Outro testemunho inspirador veio de Dieyson Bugança, de Barracão, cuja mãe recebeu um transplante de coração no dia 11 de setembro. Ele destacou a importância da doação.
“Este mês, dedicado à conscientização, tem um significado especial para a nossa família. O transplante salvou a vida da minha mãe e trouxe nova esperança para todos nós. Por isso, reforço o convite a todos: sejam doadores, pois esse gesto pode salvar muitas vidas”, frisou Dieyson.
A palestra reforça que a doação de órgãos é um ato de amor e solidariedade, capaz de transformar lágrimas de tristeza em sorrisos de gratidão.
Conversar em família sobre essa decisão e manifestar o desejo de ser doador são passos fundamentais para ampliar o número de pessoas que recebem essa chance de recomeçar.
Setembro, mês verde de conscientização sobre a Doação de Órgãos, convida toda a população a refletir sobre a vida, o cuidado com o próximo e o poder que cada um tem de deixar um legado de esperança.


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