Os riscos das águas-vivas para a saúde humana

De dores abdominais, desmaios e até mesmo ataques cardíacos: encontrar com esses seres marinhos pode ser altamente perigoso para a saúde humana. As águas-vivas são um grupo de animais marinhos invertebrados que estão presentes em quase todos os oceanos. São reconhecidas por seu corpo gelatinoso, geralmente em forma de sino, com tentáculos e um tronco tubular, como explica um artigo da National Geographic Espanha dedicado a esses animais.

Apesar de serem compostas basicamente de água, como conta outra reportagem de National Geographic intitulada “Como as águas-vivas dominam os mares mesmo não tendo cérebro”, esses pequenos seres vivos guardam veneno em seus tentáculos, os quais podem infringir bastante dano quando em contato com a pele humana, causando lesões e queimaduras.

De acordo com um artigo intitulado “Jellyfish stings” (“Ferimentos por águas-vivas” em português) presente no site MedlinePlus, os sintomas e efeitos de uma queimadura causada pelo contato com esse animal variam de acordo com o tipo de água-viva com a qual uma pessoa se choca. Os tipos mais conhecidos de águas-vivas têm sintomas distintos:

  • Cyanea capillata: Também chamada de água-viva-cabeluda ou água-viva-juba-de-leão, pode causar dificuldade para respirar, cãibras musculares, queimação e formação de bolhas na pele.
  • Caravela-portuguesa (Physalia physalis no Atlântico e Physalia utriculus no Pacífico): Sintomas incluem dores abdominais e no peito, alterações na pulsação, tremores, desmaio (choque), dor de cabeça, dores musculares e espasmos, entre outros.
  • Sea nettle (Chrysaora quinquecirrha): Comuns ao longo das costas do Golfo e do Atlântico, causam erupções cutâneas leves, cãibras musculares e dificuldade para respirar.
  • Cubomedusa (Cubozoa): Reconhecida por seu corpo em forma de caixa ou “sino” e por possuir tentáculos que se estendem por cada canto dele. Os sintomas comuns incluem dor abdominal, falta de ar, alterações no pulso, dor no peito, desmaio (choque), dor de cabeça, dor e cãibras musculares.

Ao se deparar com uma picada de água-viva, a principal recomendação é procurar atendimento médico imediatamente, em especial se a dor aumentar ou se ocorrerem sinais de falta de ar ou dores no peito.

O MedlinePlus acrescenta que, assim que possível, a área afetada deve ser lavada com quantidades generosas de vinagre doméstico por pelo menos 30 segundos. “O vinagre é uma opção segura e eficaz para todos os tipos de queimaduras de águas-vivas, pois interrompe rapidamente milhares de minúsculas células dormentes que permanecem na superfície da pele após o contato com o tentáculo”, explica o serviço de informações de saúde dos Estados Unidos.

Se não houver vinagre disponível, a área lesionada pode ser enxaguada com água do mar. Evite esfregar essa parte da pele atingida com nenhum material ou mesmo com areia, e não se deve aplicar pressão sobre ela a fim de tentar parar a sensação de dor local.

Encontrar-se com águas-vivas no oceano pode ser uma experiência perigosa, mesmo para os mais experientes nadadores. Seus efeitos podem variar desde desconforto leve até ameaças graves à vida. Conhecer os sintomas e estar ciente das medidas de primeiros socorros adequadas é essencial para lidar com essas situações de forma eficaz e proteger a saúde e o bem-estar no ambiente marinho.