O ano de 2024 trouxe grandes expectativas para o cinema, com lançamentos aguardados por fãs e críticos. No entanto, nem todos os filmes conseguiram cumprir o que prometeram. Seja por roteiros mal elaborados, atuações questionáveis ou direções confusas, alguns títulos se destacaram — infelizmente, de forma negativa. A seguir, analisamos os piores filmes de 2024 segundo as avaliações da crítica e do público, revelando onde cada produção falhou.
Os piore filmes de 2024
1. “Coringa 2“
“Coringa 2” era um dos filmes mais aguardados do ano, prometendo expandir a complexidade do icônico vilão da DC. No entanto, o que se viu foi uma narrativa arrastada e uma tentativa forçada de replicar o impacto do primeiro filme. O enredo perdeu o tom sombrio e perturbador que definiu o original, optando por um estilo mais experimental que não agradou a todos.
A química entre os protagonistas também foi alvo de críticas. Apesar da performance intensa de Joaquin Phoenix, o roteiro inconsistente e as decisões criativas controversas enfraqueceram o impacto emocional da história. O excesso de simbolismos e metáforas visuais cansou o público, tornando o filme mais confuso do que provocador.
Além disso, a trilha sonora e a direção de arte, que foram pontos altos do primeiro filme, pareciam deslocadas e sem coesão. “Coringa 2” se transformou em um exemplo de como a pressão por uma sequência pode comprometer a essência de uma obra original.
2. “Os Observadores”
“Os Observadores” prometia ser um thriller psicológico intrigante, mas acabou se perdendo em um roteiro previsível e personagens mal desenvolvidos. A premissa era interessante, envolvendo mistério e elementos de ficção científica, mas a execução deixou a desejar.
O filme falha ao tentar construir uma atmosfera de tensão. As reviravoltas, que deveriam surpreender, são facilmente antecipadas, o que diminui o impacto das cenas-chave. A direção parece hesitar entre criar um suspense genuíno ou apostar em sustos fáceis, resultando em uma experiência cinematográfica inconsistente.
Além disso, a atuação do elenco principal foi considerada apática, sem transmitir a carga emocional necessária para envolver o público. O final, abrupto e sem explicações satisfatórias, deixou a sensação de que o filme poderia ter explorado melhor seu potencial.
3. “O Poço 2”
Após o sucesso surpreendente de “O Poço”, a sequência era inevitável. No entanto, “O Poço 2” provou que nem sempre continuar uma história é uma boa ideia. O filme tenta expandir o universo distópico do original, mas falha em apresentar uma narrativa tão impactante quanto a primeira.
O principal problema está na falta de originalidade. As críticas sociais, que eram o ponto forte do primeiro filme, são recicladas de forma superficial, sem a profundidade necessária para causar reflexão. O roteiro parece mais preocupado em chocar do que em contar uma boa história.
Além disso, o design de produção e os efeitos visuais, que deveriam complementar a atmosfera opressiva, não evoluíram, deixando o filme visualmente repetitivo. O resultado é uma sequência desnecessária que apenas diminui o impacto do original.
4. “Madame Teia”
“Madame Teia” foi mais uma tentativa da Sony de expandir o universo do Homem-Aranha, mas o filme acabou se tornando um dos maiores fracassos do ano. A trama, confusa e cheia de furos, não conseguiu cativar o público, mesmo com um elenco estrelado.
O roteiro é um dos pontos mais criticados, com diálogos expositivos e uma construção de personagens rasa. As cenas de ação, que deveriam ser o ponto alto de um filme da Marvel, foram consideradas genéricas e sem criatividade, deixando a sensação de “mais do mesmo”.
A direção também foi alvo de críticas, com escolhas estéticas questionáveis e uma falta de coesão narrativa. “Madame Teia” é um exemplo claro de como o excesso de produções do gênero pode saturar o público e enfraquecer a qualidade das histórias.
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5. “Silvio Santos”
O filme “Silvio Santos” gerou muita expectativa, especialmente no Brasil, mas acabou decepcionando tanto fãs quanto críticos. A produção prometia um retrato fiel da vida do icônico apresentador, mas o resultado foi um drama superficial e pouco envolvente.
O principal problema está na abordagem da narrativa, que tenta abarcar muitos eventos da vida de Silvio, mas sem profundidade suficiente em nenhum deles. O roteiro falha em capturar a complexidade do empresário e apresentador, resultando em uma história linear e previsível.
A atuação do protagonista também não conseguiu transmitir o carisma e a presença marcante de Silvio Santos. Além disso, a direção optou por um tom melodramático que não condiz com a trajetória vibrante do homenageado, deixando o filme aquém das expectativas.
6. “Rebel Moon”
Após um primeiro filme que dividiu opiniões, “Rebel Moon 2” chegou tentando corrigir os erros do passado, mas acabou amplificando-os. A continuação é um épico espacial visualmente impressionante, mas com um enredo raso e personagens estereotipados.
O ritmo do filme é um dos seus maiores problemas. Com cenas longas e diálogos arrastados, a trama se torna cansativa rapidamente. O excesso de efeitos visuais, embora tecnicamente bem feitos, não consegue compensar a falta de substância da história.
A tentativa de criar um universo expansivo e complexo falha devido à falta de coesão narrativa. “Rebel Moon 2” é um exemplo de como o foco excessivo em estética pode prejudicar o desenvolvimento de um enredo cativante.
O ano de 2024 nos mostrou que nem sempre grandes expectativas resultam em grandes filmes. Muitas das produções que falharam compartilham problemas comuns, como roteiros fracos, direções inconsistentes e a busca excessiva por impacto visual em detrimento de uma boa narrativa. Esses filmes servem de lição para a indústria cinematográfica sobre a importância de equilibrar criatividade, originalidade e qualidade de execução. Para o público, fica o lembrete de que nem todo blockbuster é sinônimo de sucesso garantido, e que o verdadeiro valor do cinema está na capacidade de contar histórias que nos toquem e inspirem.