Os livros da literatura universal que foram proibidos ao longo dos séculos

A censura literária é uma prática antiga que remonta a séculos de história. Ao longo do tempo, várias obras consideradas controversas, subversivas ou ameaçadoras ao status quo foram proibidas em diferentes partes do mundo.

Até mesmo nos dias atuais, percebemos atentados a liberdade de expressão e a manifestação contrárias a ideais e idealismos políticos. Por mais que o mundo atual tenha evoluído demais, uma raiz de totalitarismo sempre parece existir no contexto da sociedade. Não podemos ignorar o fato que, governo mais radicais, como muitos que podemos citar com facilidade, em algum momento insurjam regimes radicais como os que a história nos apresenta, que agem com todos os tentáculos possíveis para proibir que as pessoas tenham acesso ao conhecimento.

Vamos explorar alguns desses livros icônicos que foram alvo de proibições ao longo dos séculos:

1. “A Divina Comédia” por Dante Alighieri

Uma das obras mais importantes da literatura mundial, “A Divina Comédia” foi considerada herética e perigosa por algumas autoridades religiosas. Sua visão do inferno, purgatório e paraíso desafiava algumas das ideias estabelecidas pela Igreja Católica, resultando em sua inclusão no Index Librorum Prohibitorum (Índice de Livros Proibidos) da Igreja.

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2. “O Príncipe” por Nicolau Maquiavel

Publicado pela primeira vez em 1532, “O Príncipe” provocou controvérsias devido ao seu realismo político e abordagem pragmática do governo. Muitos governantes e instituições religiosas viram o livro como uma ameaça ao poder estabelecido, resultando em várias proibições e censuras ao longo dos séculos.

3. “Cândido” por Voltaire

Este romance satírico, escrito por Voltaire em 1759, foi proibido em vários países europeus devido ao seu conteúdo considerado subversivo e blasfemo. “Cândido” criticava abertamente o otimismo irracional e questionava os valores da sociedade da época, o que levou a muitas tentativas de suprimir sua distribuição.

4. “Madame Bovary” por Gustave Flaubert

Publicado em 1857, “Madame Bovary” causou escândalo devido à sua representação franca da vida sexual e à crítica social implícita. Flaubert foi processado por obscenidade, e o livro foi proibido em várias partes da Europa por sua suposta imoralidade.

5. “1984” por George Orwell

Este clássico da distopia, publicado em 1949, foi proibido em vários países totalitários devido à sua crítica ao autoritarismo e à vigilância estatal. A visão sombria de Orwell sobre um futuro distópico e a supressão da liberdade individual tornaram o livro uma ameaça para regimes opressivos em todo o mundo.

Esses exemplos representam apenas uma pequena amostra dos muitos livros que foram proibidos ao longo dos séculos. A censura literária continua sendo uma questão relevante nos dias de hoje, destacando a importância da liberdade de expressão e do acesso à informação na sociedade contemporânea. Enquanto algumas obras são proibidas em certos contextos, sua proibição muitas vezes serve apenas para aumentar sua importância e influência cultural.